Laudo pericial aponta erro de cálculo na obra de viaduto que caiu na Copa

Viaduto desaba

Nesta sexta-feira, 29 de agosto, o Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais divulgou o laudo oficial referente à queda do viaduto na Avenida Pedro I, na região da Pampulha, em Belo Horizonte durante a Copa do Mundo, dois meses atrás, e que resultou em duas mortes e 23 pessoas feridas.
Segundo o laudo oficial do Instituto, um erro de cálculo teria levado à redução da quantidade de materiais usados na construção do viaduto. O documento revela também que não há relação entre a situação do solo ao redor do pilar que cedeu e a queda do viaduto.
Segundo a prefeitura de Belo Horizonte, a alça que ficou de pé deverá ser implodida no dia 14 de setembro. Para isso, as famílias que moram próximo ao local do acidente devem deixar suas casas aproximadamente uma hora antes da implosão. O cadastro dessas famílias junto aos representantes da prefeitura deve começar a ser feito no próximo sábado.

Reportagem de: 29.08.2014

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http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2014/08/laudo-pericial-aponta-erro-de-calculo-na-obra-de-viaduto-que-caiu-na-copa.html

Copa 2014: acusados de calote, alemães começam a quitar dívidas

Alemaes na Boa
Acusada de calote por credores, a Acquamarina Santo André Empreendimentos Imobiliários começou a quitar suas dívidas. A companhia contratada pela Federação Alemã (DFB) para construir e administrar a concentração e o CT dos campeões mundiais na Vila Santo André, um povoado com cerca de 800 habitantes em Santa Cruz Cabrália – cidade próxima a Porto Seguro, na Bahia – está em débito com fornecedores, empresas, artistas plásticos e devia até mesmo a conta de luz da instalação.

Os credores ameaçaram entrar na Justiça para cobrar quase R$ 500 mil. A dívida, porém, pode ultrapassar R$ 1 milhão. A empresa pertence a três sócios alemães residentes no Brasil e foi criada especialmente para tocar o empreendimento imobiliário financiado pela DFB visando a Copa do Mundo. O sócio e gestor Tobias Junge culpou o Banco Central pelos atrasos nos pagamentos.

– Gostaria muito que isso fosse esclarecido. Admito o atraso, mas tivemos problemas com o fluxo de caixa e a liberação do dinheiro pelo Banco Central. Houve um problema de câmbio. Posso garantir aos credores que tudo será pago. Já pagamos cerca de meio milhão na última semana. O dinheiro já está no Brasil – garantiu o empresário alemão.

Em contato com o GloboEsporte.com, o Banco Central alegou não comentar casos específicos. No entanto, a assessoria do órgão ressaltou que o Banco Central não tem nenhum papel em “liberar” pagamentos em operações de cambio ou qualquer outra operação.

Em relação aos sete artistas plásticos contratados para ajudar nas instalações do Campo Bahia, CT construído e utilizado pelos alemães, três deles receberam o pagamento na semana passada. Houve um acordo com o grupo, que ameaçava entrar na Justiça. No total, a dívida com os artistas ultrapassou o valor de € 100 mil (aproximadamente R$ 300 mil). A promessa é que os demais profissionais recebam nos próximos dias.

Outro credor, a Greenleaf, empresa responsável pelo gramado do Campo Bahia, recebeu desde a última semana duas das três parcelas que tem a receber pela instalação e manutenção do único campo do centro de treinamento. O valor total do serviço se aproxima dos R$ 170 mil. A empresa, que também pensou em acionar a Justiça, cogitou retirar os equipamentos de irrigação para minimizar o prejuízo.
Tobias Junge lamentou a repercussão da notícia da dívida, uma vez que ela mancha, segundo ele, um trabalho positivo para a Alemanha e para a comunidade de Santa Cruz Cabrália.

– Fiquei muito chateado com a notícia, pois o balanço social do projeto é positivo. A coleta de lixo da comunidade, por exemplo, vem sendo paga por nós e em dia.

O empresário ainda falou sobre o campo que deveria ser construído na cidade com recursos da Federação Alemã. Prometida como legado, a obra, que deveria ser entregue até o final de julho, ficou paralisada. Tobias prometeu a conclusão para os próximos dias.

Reportagem de:30.08.2014

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http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/08/copa-acusados-de-calote-alemaes-comecam-quitar-dividas.html

Cheques sem fundos, conta de luz e dívidas: credores acusam alemães

Divida Alemaes
A Alemanha esbanjou simpatia, bom futebol e deixou fãs e admiradores durante a passagem de mais de um mês pelo Brasil. A boa impressão, no entanto, não é compartilhada por todos. Um mês após o título da Copa do Mundo, fornecedores, empresas, artistas e até a comunidade local acusam de ter levado um calote da empresa contratada pela Federação Alemã (DFB) para construir e administrar a concentração e o CT dos campeões mundiais na Bahia. Até mesmo a conta de luz da concentração da equipe de Joachim Löw não foi paga na Vila Santo André, um povoado com cerca de 800 habitantes em Santa Cruz Cabrália – cidade próxima a Porto Seguro. Os credores planejam ingressar na Justiça na próxima semana para exigir o valor de quase R$ 500 mil.
A empresa acusada chama-se Acquamarina Santo André Empreendimentos Imobiliários, pertence a três sócios alemães residentes no Brasil e foi criada especialmente para tocar o empreendimento imobiliário financiado pela DFB visando a Copa do Mundo.
Dividas
A maior parte da dívida seria com artistas plásticos contratados para participar das instalações das casas da concentração em Santa Cruz Cabrália. Cassio Loredano, João Modet, Maria Nepomuceno, Rodrigo Braga, Tatiana Blass e Afonso Tostes e Marcone Moreira receberam apenas pela primeira parte do serviço. De acordo com o advogado que defende o grupo que se diz lesado, Álvaro Piquet, a dívida ultrapassa o valor de € 100 mil (aproximadamente R$ 300 mil).
– Fiz uma notificação extrajudicial. Eles prometeram pagar. Disseram que não haveria problema. O prazo final, de 20 dias, se encerra na sexta-feira. Caso não ocorra o pagamento, vamos ingressar na Justiça no início da próxima semana – revelou Piquet.
O grupo, no entanto, não é o único credor. A Greenleaf, empresa responsável pelo gramado do Campo Bahia, CT construído e utilizado pelos alemães, tem a receber R$ 166 mil pela instalação e manutenção do único campo do centro de treinamento, também cogita acionar a Justiça e pensa em retirar os equipamentos de irrigação para minimizar o prejuízo. Há ainda cinco cheques sem fundos em nome da Acquamarina na relação do Serasa.

Sócios da Greenleaf foram nesta semana ao Sul da Bahia negociar a dívida, mas não encontram Tobias Junge, sócio e gestor da Acquamarina Santo André.
Entre os credores também aparece a Companhia Elétrica do Estado da Bahia (Coelba). A conta de luz do centro de treinamentos não teria sido paga: o valor é de R$ 6.343,95.
Em relação à comunidade, a federação alemã forneceu recursos aos administradores do Campo Bahia para a reforma de um campo como legado para a cidade. A promessa, porém, vem gerando mal-estar. A reforma foi iniciada, mas deixada de lado após a seleção voltar à Alemanha. A previsão inicial era que o gramado fosse concluído até o fim de julho. No entanto, as obras estão paradas e, com a chuva, o local está repleto de lama. A DFB, porém, tinha o compromisso de entregar o campo.
Durante os últimos dois dias, o GloboEsporte.com tentou localizar Tobias Junge, sócio e gestor da Acquamarina Santo André, mas ele não atendeu as ligações e não foi encontrado no escritório da empresa. A Federação Alemã (DFB) também não respondeu as ligações e mensagens da reportagem.

CT E PROJETO SOCIAL

A DFB optou por ficar na Bahia após o sorteio da Copa do Mundo, quando ficou definido que a seleção alemã jogaria apenas no Nordeste (Salvador, Fortaleza e Recife) na primeira fase do torneio. O projeto de construir o empreendimento já existia, inclusive com obras iniciadas há alguns anos, mas só ganhou forma quando a seleção entrou em ação, principalmente depois de pouco se empolgar com as estruturas e hotéis visitados (veja no vídeo abaixo como é o Campo Bahia).
O complexo, chamado Campo Bahia, foi construído com recursos da DFB, que conta com o apoio financeiro de patrocinadores – houve também reformas em estruturas preexistentes durante os cinco meses que duraram as obras. O condomínio fechado foi transformado em centro de treinamento. São 14 casas, 65 quartos, um campo de futebol e um centro de imprensa cercados de verde e com direito a uma praia particular.
Durante a estada no Brasil, os alemães financiaram e idealizaram um projeto social chamado “Sonhos de Crianças”, voltado obviamente para os menores no Brasil – são 15 ao todo, com € 500 mil investidos (cerca de R$ 1,5 milhão). Em Santo André, ficará o maior legado: será estabelecido até a Copa da Rússia um fundo de reserva permanente para ajudar no desenvolvimento dos jovens. A única escola municipal da vila de cerca de 800 moradores deverá receber cerca de € 20 mil anuais (R$ 60 mil), para, entre outros pontos, reformular a grade educacional. Bicicletas também foram doadas para que se arrecade ainda mais.

Reportagem de: 14.08.2014

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http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/08/cheques-sem-fundos-e-dividas-credores-acusam-alemaes.html

Acusado de integrar máfia de ingressos, inglês é solto no Rio

Raymond Whelan
O executivo inglês Raymond Whelan, apontado pela polícia civil do Rio como integrante de uma máfia de cambistas que age em Copas do Mundo, deixou às 14h40 o complexo penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira. Ele estava preso desde o dia 14 de julho.

A saída de Whelan ocorre menos de 24 horas depois da liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. O ministro argumentou que o inglês não deveria ser preso antes do julgamento. Ele escreveu que a regra é apurar para, selada a culpa, prender.

O executivo é responsável pela Match Services, empresa licenciada pela Fifa para a venda de ingressos. Na mesma investigação, o argelino Mohamed Lamine Fofana e outras nove pessoas também foram denunciadas e permanecem presas.

Esta é a segunda vez que o inglês consegue um habeas corpus. Na primeira vez que foi detido, em 7 de julho, ele passou menos de doze horas na prisão.

Depois de ter a prisão preventiva decretada, passou a ser considerado foragido da Justiça ao deixar o Hotel Copacabana Palace, onde estava hospedado. O executivo saiu por uma portaria destinada a funcionários, acompanhado do advogado, Fernando Fernandes.

No dia 14 de julho, ele se apresentou ao Tribunal de Justiça do Rio e foi levado para Bangu.

Defesa

O advogado de Raymond Whelan, Fernando Fernandes, disse em nota que o habeas corpus prova que a prisão de Whelan é ilegal e portanto a saída dele do hotel não pode ser considerada fuga. Fernandes afirmou ainda que vai pedir o arquivamento das denúncias contra o executivo.

Para o Ministério Público, o entendimento é que mesmo com o habeas corpus a prisão do inglês foi legal e que nada impede o andamento das investigações.

– As investigações continuam, independente da soltura do Whelan. Nós iremos provar judicialmente todas as acusações que foram formuladas com a competente ação penal -, afirmou o promotor Marcos Kac.

Reportagem de: 07.08.2014

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http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/08/acusado-de-integrar-mafia-de-ingressos-ingles-e-solto-no-rio.html

Ministro do STF concede liminar que liberta o executivo Raymond Whelan

Whelan
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, concedeu uma liminar na tarde desta terça-feira que liberta o executivo Raymond Whelan. Ele estava preso desde 14 de julho no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio, suspeito de integrar máfia internacional de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo.
Após Raymond Whelan ser solto, a defesa disse que irá se dedicar agora ao arquivamento das acusações e disse entender que, com a decisão, o STF reconheceu seus argumentos contra a prisão de Raymond Whelan.
– O ministro demonstrou que, mais do que a capacidade de organizar uma Copa do Mundo, temos uma Constituição, que deve ser respeitada e cumprida – diz o advogado Fernando Fernandes.

O inglês Raymond Whelan, de 64 anos, foi detido durante a Operação Jules Rimet, que resultou na prisão de 12 pessoas ao todo. Ele é consultor executivo da Match Services, empresa que tem contrato com a Fifa para comercialização de bilhetes do Mundial até 2023.
Segundo a investigação, o esquema funcionava há quatro Copas. Lotes de ingressos eram vendidos por valores que variavam entre R$ 500 mil e R$ 700 mil – com uma margem de lucro de até 1000%.

Reportagem de: 07.08.2014

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http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/08/stf-concede-liminar-que-liberta-o-executivo-raymond-whelan.html

Levantamento constata trabalho infantil em Salvador durante a Copa do Mundo

Realidade Social Brasil
A Copa do Mundo colocou em campo o time do trabalho infantil em Salvador, uma das cidades-sede do evento. Durante o torneio, centenas de crianças e adolescentes foram flagrados vendendo alimentos ou catando latas, práticas listadas entre as piores formas da trabalho infantil.
A constatação é do levantamento preliminar do governo do estado da Bahia e do Ministério do Trabalho e Emprego que avalia cerca de 1 mil abordagens feitas durante o Mundial. Do total, cerca de 400 atendimentos foram relativos a jovens trabalhando.
De acordo com os dados do Observatório de Violações de Direitos de Crianças e Adolescentes (OVDCA) do governo do estado da Bahia, responsável por consolidar as estatísticas entre o primeiro e o último jogo, das ocorrências de abordagens de trabalho infantil, cerca de 500 estavam ligadas diretamente à Copa e ocorreram dentro ou no entorno da Arena Fonte Nova ou da Fan Fest, explicou a coordenadora do observatório, Sandla Wilma de Barrros Santos.
A maioria dos casos era de venda de alimentos, de coleta de latas de alumínio e venda de queijo na brasa em praias.
O levantamento, que compila dados de atendimentos feitos por uma rede composta por dez instituições, também identificou dois casos de exploração sexual e um de tráfico de pessoas. Porém, segundo a coordenadora do observatório, foram episódios desvinculados da Copa.
Em todo o Brasil, as denúncias de violações aos direitos de crianças e adolescentes aumentaram 15,6% durante a Copa do Mundo (12 de junho a 13 de julho deste ano) na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Disque 100 e foram divulgados ontem (31) pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República.
Durante a Copa do Mundo, foram feitas 11.251 denúncias de abusos contra crianças e adolescentes e, durante da Copa das Confederações, em 2013, 9.730.
Segundo Sandla, o trabalho infantil pode trazer risco à saúde e à integridade física das crianças. “Dependendo da atividade, esses meninos desenvolvem problemas físicos. Catando latinha, por exemplo, pegam peso acima de suas capacidades e isso vai trazer futuros problemas de saúde. Quando chegam na fase adulta, estão com problemas crônicos de coluna que, provavelmente, não desenvolveriam”, disse. “Há também a perda da infância porque estão trabalhando em vez de fazer atividades apropriadas a idade e que muitas crianças de classe média, com mais oportunidade, têm”, reforça.
Na Fifa Fan Fest, tradicional ponto de encontro de torcedores e de retransmissão de jogos, no Farol da Barra, o Ministério do Trabalho e Emprego flagrou duas meninas e dois jovens trabalhando na preparação de acarajé, churrasquinho, fazendo carga e descarga de material e emitiu Termo de Afastamento do Trabalho. No entanto, segundo a coordenadora do projeto de Combate ao Trabalho Infantil do MTE em Salvador, Maria Teresa Calabrich, a maior parte dos casos de trabalho infantil durante a Copa, eram de crianças acompanhadas dos pais.
“Dos cerca de 386 casos, mais de 98% são de crianças trabalhando como ambulantes, sozinhas ou com parentes, catando latinha ou outro material reciclável, por exemplo. Trabalhando em uma relação de emprego, com a figura do empregador [patrão] que não é parente, nem pai, nem mãe, nem nada, neste tipo de relação, só detectamos sete casos”, esclareceu a auditora-fiscal. Segundo ela, as abordagens do MTE foram realizadas em parceria com a rede de assistência social que orientou as famílias e atendeu as crianças que estavam sozinhas.
Para a coordenadora do projeto de combate ao trabalho infantil, a decisão do Poder Público de fechar as escolas e creches durante o Mundial foi um erro. “Se as escolas estivessem abertas, essas crianças teriam um compromisso. Poderíamos, também, por exemplo, no âmbito da escola, fazer a exibição do jogo, tratar a Copa como atividade lúdica e conseguir diminuir o número de crianças em situação de trabalho nas ruas”, acrescentou.
O Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan integrou a rede de proteção à infância na Copa. Na avaliação do coordenador-geral da organização, Waldemar de Oliveira, os grandes eventos não são a causa do trabalho infantil. Para ele, a prática apenas se intensifica nessas circunstâncias.
“Evidentemente que esses meninos que estão vendendo cerveja, queijo e churrasco na rua, na praia, hoje, são os mesmos que vendem no jogo de Bahia e Vitória, no Fonte Nova”, disse. “O correto é fazer a abordagem dessas famílias e insistir nisso [prevenção] e não ter que abordar de novo, no carnaval de 2015. Em vez de ação pontual, tem que ser sistemática”, reforçou. Oliveira acredita que ações na mídia em todas as épocas do ano têm grande impacto no público.
Procurada pela Agência Brasil, a prefeitura de Salvador disse que as ações de prevenção são rotina, mas reconheceu que são insuficientes. “É difícil, a gente combate incessantemente, mas não tem alternativa além de campanhas e abrigamento [para os jovens que estão trabalhando sozinhos]”, disse o secretário municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza, Henrique Gonçalves Trindade. “Os pais insistem em deixar as crianças na rua na expectativa do aumento de renda, seja catando latinha ou como ambulante”, completou.
Segundo o Promenino Fundação Telefônica, organização que atua no combate ao trabalho infantil, nos últimos cinco anos, cerca de 12 mil acidentes de trabalho foram registrados com crianças e adolescentes. Foram contabilizadas 110 mortes. Quem identificar crianças trabalhando deve procurar imediatamente o Conselho Tutelar mais próximo ou ligar para o Disque 100. A ligação é gratuita.

Reportagem de: 01.08.2014

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http://www.tribunadabahia.com.br/2014/08/01/levantamento-constata-trabalho-infantil-em-salvador-durante-copa-do-mundo

Presidente da Match defende Whelan e explica venda de ingressos da Copa

Whelan
Enquanto a bola rolava na Copa do Mundo no Brasil, a Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalhava para desarticular uma quadrilha internacional de venda de ingressos para o Mundial. O evento passou, mas a investigação segue após a Operação Jules Rimet, que resultou na prisão de 12 pessoas, entre elas o inglês Raymond Whelan, de 64 anos, consultor executivo da Match Services, empresa que tem contrato com a Fifa para comercialização de bilhetes do Mundial até 2023. O presidente da Match e cunhado de Whelan, Jaime Byrom, continua no Brasil para tentar provar a inocência do consultor e comentou o caso em entrevista exclusiva ao “SporTV News”.
Byron defende Raymond Whelan, preso desde o dia 14, e afirma que não há nada de ilegal nas conversas do consultor da Match com o empresário Mohamadou Lamina Fofana, argelino que, segundo a polícia, é o chefe do esquema de venda ilegal de ingressos.

O Supremo Tribunal Federal decide na semana que vem se libera o britânico. Ele e outros nove acusados estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista da repórter Marina Izidro com o presidente da Match.
SporTV News – Na opinião da Match, Raymond Whelam fez algo ilegal?
Jaime Byrom – Baseado nas evidências que foram mostradas até o momento, não.
News – Naquele telefonema em que Raymond Whelan aparece negociando 24 pacotes de hospitalidade com Fofana, de onde vêm esses pacotes?
Byrom – Os pacotes que Ray propôs ao senhor Fofana são o que chamamos de “Rio de Janeiro venue series”, na categoria Match Business Seat e que tinha o preço de U$ 24.750 (cerca de R$ 55 mil) cada. A ideia é que 42 pacotes seriam disponibilizados para um dos nossos hotéis parceiros no Rio de Janeiro. No dia 3 de junho, fomos informados que o plano original de compra dos 42 pacotes, o hotel queria apenas 12. Isso significa que a Match Services ficou com 30 pacotes para usar ou para si, seus próprios convidados, ou achar clientes para comprá-los.

News – Uma investigação interna da Match descobriu que Fofana tentou revender outros pacotes comprados da Match, vocês até tentaram bloqueá-los. Por que então Raymond Whelan continuou a fazer negócios com Fofana depois disso?
Byrom – A Match Services é responsável por acomodação, ingressos e TI. Ray é diretor-executivo do setor de acomodações da Match Services. O comunicado que eu enviei sobre esse assunto foi apenas para quem tinha a ver com isso: o chefe de operações da Match Hospitaity, o gerente de contas responsável pela venda à Atlanta Sportif (empresa de Fofana) e o gerente responsável pela entrega dos pacotes de hospitalidade. Não teria sido normal na estrutura da nossa empresa anunciar essa decisão para toda a equipe. Ray não sabia da investigação à Atlanta Sportif (empresa de Fofana) e ao senhor Fofana.
News – O senhor explicou que a Match tentou bloquear os ingressos da Atlanta Sportif, vocês não pensaram em avisar a polícia?
Byrom – Honestamente, é preciso diferenciar vendas não-autorizadas de ingressos, que é algo ilegal, quando se tenta vender um ingresso acima do preço de face, da venda não-autorizada dos pacotes de hospitalidade. Essa é uma proibição comercial entre a Match Hospitality e seus clientes. Por isso, não havia necessidade de avisar ninguém além dos três membros da minha equipe para quem eu disse para não fazer negócios com a Atlanta Sportif.

News – Então é apenas comercialmente errado, não ilegal?
Byrom – Exatamente.
News – Mesmo que ele não soubesse da investigação interna, por que alguém como Raymond Whelan, com longa experiência nesse ramo, faria negócio com um homem como Fofana?
Byrom – O senhor Fofana é muito conhecido no mundo do futebol. Eu nunca tinha ouvido falar nele até o dia 15 de maio mas, aparentemente, ele é uma pessoa conhecida por ser agente de jogadores e a empresa dele faz negócios no futebol. Para ser honesto, não acho que há como presumir que Ray ou outros sabiam que ele estaria envolvido em atividades ilegais.
News – As 900 ligações encontradas pela polícia não significam que eles têm uma ligação mais próxima?
Byrom – Ouvimos das autoridades que houve 900 ligações entre Fofana e Whelan, mas nos só ouvimos uma ligação, que foi exibida pela TV Globo no dia 8 de julho.
News – Por que o senhor acredita que Ray não fez nada de errado?
Byrom – A evidência mostrada para a imprensa nos mostra claramente que não há nada impróprio ou ilegal, com relação às conversas com o senhor Fofana. Não achamos certo ele estar preso em Bangu há três semanas sem poder ter acesso às evidências. Queremos começar logo o processo que eventualmente levará à soltura de Ray.

Reportagem de: 26.07.2014

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http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2014/07/presidente-da-match-defende-whelan-e-explica-venda-de-ingressos-da-copa.html

Árbitro de Brasil x Croácia revela ter se disfarçado para fugir de agressões

Yuichi Nishimura
Após marcar um polêmico pênalti sobre Fred no jogo de abertura da Copa do Mundo entre Brasil e Croácia, o árbitro Yuichi Nishimura precisou se disfarçar para fugir de agressões de torcedores croatas no aeroporto, logo depois da partida. Em entrevista à agência AFP, o japonês revelou que foi descoberto depois de um voluntário ter acenado para ele, precisando ser protegido por seguranças para que conseguisse embarcar sem problemas.
– A segurança me escoltou. Foram alguns incidentes, mas nada sério – explicou.

Nishimura se mostrou tranquilo sobre a má fama que acabou ganhando após o episódio em campo, uma vez que o lance acabou sendo decisivo para o resultado – o Brasil venceu de virada, por 3 a 1. O árbitro disse que “estava preparado para as críticas” antes do jogo, mas achou que foi alvo de muita dureza de alguns veículos.
– Algumas críticas foram muito severas, mas muitas opiniões me ajudaram a melhorar. Arbitrar é duro. Tudo isso faz parte do trabalho – opinou.
O árbitro japonês ainda tentou explicar porque assinalou a penalidade no lance envolvendo Fred, que originou o segundo gol brasileiro na partida e encaminhou a vitória na Arena Corinthians.
– Se você observar como aconteceu, o atacante estava tentando chutar com um movimento. O zagueiro coloca as mãos sobre ele. Foi um erro dele.

Reportagem de: 25.07.2014

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http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2014/07/arbitro-de-brasil-x-croacia-revela-ter-se-disfarcado-para-fugir-de-agressoes.html

Mulher de jornalista argentino morto na Copa acusa PM: “mentiram em tudo”

Jorge Lopez
Revolta. Este é o sentimendo da esposa do jornalista argentino Jorge Luiz ‘Topo’ López, de 38 anos, que morreu na madrugada do último dia 9 em Guarulhos enquanto cobria a Copa do Mundo. Veronica Brunati – que é correspondente do Marca em Buenos Aires – usou seu Facebook para desabafar sobre o caso.

“Por que eu não quero morar na Argentina ou na América Latina? Por isso: ontem recebi o atestado de óbito do meu marido, e o médico legista mente em tudo. Desde a data em que ocorreu a sua morte, até o lugar e as causas”, acusa Brunati, que complemente apontando incongruências no laudo.

“Topo foi morto por três criminosos em uma perseguição policial no centro de Guarulhos, que colidiu com o táxi em que viajava, em 9 de julho às 1 am. Ele não morreu em um acidente em uma rodovia em São Paulo às 21h30 do dia 8 de julho, conforme indicado pelo seu atestado de óbito. Este é o Brasil e a corrupção”, argumenta.

Por fim, Veronica Brunati também especula quais seriam os motivos para tais erros cometidos pelo médico legista.

“O que me faz pensar que a polícia também entrou com a queixa errada… de propósito. Esta é a corrupção na América Latina, no Brasil. E me diga que se sente Brasil ao distorcer a certidão de óbito do meu marido para determinar responsabilidades”, reclamou.

O jornalista argentino de 38 anos cobria a Copa do Mundo pela rádio “La Red” e pelo diário “Olé” e morreu após se envolver em um acidente de trânsito provocado por uma perseguição policial.

A Polícia Militar informou que o jornalista estava em um táxi com destino ao hotel Bristol, onde estava hospedado, quando foi atingido por um veículo roubado. Os bandidos, que tentavam fugir, perderam o controle do carro. Com o impacto da batida, o táxi girou e se chocou com um poste.

Reportagem de: 20.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/19/mulher-de-jornalista-argentino-morto-na-copa-acusa-pm-mentiram-em-tudo.htm

Pai de Zuñiga teme pela segurança da família após ameaças ao jogador

Zuniga
O colombiano Zuñiga continua como vilão para a torcida brasileira após tirar Neymar da Copa do Mundo com uma forte entrada nas costas do atacante durante o jogo de quartas de final da Copa.

Zuñiga recebeu inúmeras ameaças de morte por internet e telefone, além de conviver diretamente com mensagens racistas das pessoas que o condenaram pelo episódio. E tudo isso preocupa o pai do jogador, Camilo Zuñiga, que teme inclusive pela integridade de sua família.

Durante a folga na Colômbia, o lateral-direito teve proteção policial. Mesmo assim, a família não encontra tranquilidade. “Já falamos com as autoridades. É normal, como pai, ficar preocupado. Foram mensagens malucas, grosseiras. Temo não só pelo meu filho, como também por sua filha e sua esposa”, disse Camilo em entrevista ao jornal Lance!.

O pai do jogador disse ainda que o filho não teve a intenção de lesionar o atacante do Barcelona e que espera retomar o dia a dia em breve. “Neymar já o absolveu. Meu menino não teve culpa. É totalmente contra a violência e não tem histórico de jogadas maldosas. Quem o ofende não entende nada de futebol. As lesões fazem parte do futebol. Meu filho já pediu desculpas publicamente e já se explicou. Penso que a poeira vai baixar e poderemos retomar nossa vida com tranquilidade”, completou.

Um dia após a partida, Zuñiga publicou uma mensagem de apoio a Neymar, mas negou maldade na disputa de bola, que fraturou uma vértebra do brasileiro. “Sinto pesar por essa situação, resultado de uma ação normal de jogo, na qual eu não tive má intenção, maldade ou imprudência. Admiro, respeito e considero você um dos melhores jogadores do mundo”, escreveu.

Neymar evitou crucificar o adversário, mas deixou claro que não concordou com o lance. “Não vou falar que foi maldade porque não estou na cabeça dele para saber. Mas todo mundo que entende de futebol sabe que é uma entrada não é normal. “Eu desculparia sim, não sinto ódio, não sinto nada. Ele até me ligou, pediu desculpas, Desejo que Deus abençoe, que ele tenha sucesso na carreira dele”, finalizou.

Reportagem de: 20.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/20/pai-de-zuniga-teme-pela-seguranca-da-familia-apos-ameacas-ao-jogador.htm