Thiago se afasta, Paulinho lidera e David consola: os pênaltis do Brasil

Thiago Silva ausente
Thiago Silva
“Eu pedi pra ser o último, depois até do Júlio César. Quando você não tá com confiança não tem de pedir para bater”, disse o capitão do time, após a classificação traumática, na saída do Mineirão.
Thiago Silva fez mais do que não pedir para bater. Quando a prorrogação acabou, o camisa 3 da seleção se afastou dos companheiros, sentou em cima de uma bola na área técnica próxima ao banco de reservas e levou as mãos ao rosto. A imagem chamou atenção dos câmeras de TV, que mostraram o capitão com os olhos marejados.

Enquanto a seleção ouvia as orientações de Luiz Felipe Scolari, Thiago Silva permaneceu isolado. Quando o grupo se reuniu em formato de roda para uma última palavra, o zagueiro teve de ser conduzido ao grupo por um membro da comissão técnica.

Quem fala na rodinha?
Rodinha Brasil
Uma vez entre os seus, Thiago Silva permaneceu calado. O primeiro a falar, de forma rápida, foi Neymar, seguido por Fred e o goleiro Júlio César. Quem tomou a palavra de verdade, porém, foi o volante Paulinho, normalmente calado e discreto.
“Passei uma pequena mensagem para todos. Acho que de alguma forma você tem de contribuir, ajudar. Muito se falava de um questionamento meu sobre não estar jogando. Eu sou muito grato de ter sido convocado, tive a chance de jogar três jogos”, disse Paulinho.

Discurso de Paulinho
Paulinho
O discurso não foi simples como o volante tenta fazer parecer. Ao contrário dos companheiros que o antecederam, Paulinho foi para o centro da roda e falou firme. Com o dedo em riste, bateu no peito dos companheiros e encerrou a conversa antes das penalidades. O que ele falou?
“Na final, se deus quiser chegar, eu conto pra vocês”, disse Paulinho, com tom misterioso. Não adiantou nada. Willian, um dos que receberam a mensagem, quebrou o silêncio.

“Ele falou para a gente pensar na nossa família, em quem tivesse filho. Pensar na família porque é uma hora importante”, disse o meia.

Apoio aos que erraram
Apoio
Willian ouviu a mensagem, se encheu de coragem e foi bater. Segundo ele mesmo, viu o goleiro cair para o lado esquerdo, bateu no lado direito e, cheio de confiança, errou. O olho embargou na mesma hora, como mostrou a televisão, mas Willian recebeu o apoio coletivo dos colegas.
David Luiz foi o primeiro a sair em busca do companheiro, seguido de perto por Luiz Gustavo. O abraço, um tapa na cabeça e a mensagem de que o jogo segue. “Nós somos um grupo, isso foi dito desde o começo. Todo mundo está aqui só para ajudar. Todo mundo sabe como é delicado perder pênalti na Copa, então todo apoio é bem-vindo”, disse Luiz Gustavo.

David Luiz no sacrifício
David Luiz
O zagueiro foi um caso à parte na hora dos pênaltis. David Luiz quase não jogou neste sábado por conta de uma contratura nas costas, perto do diafragma. Segundo ele, uma dor lancinante que não o permitia nem sequer “pegar uma água”. Mesmo assim ele foi bater.
“Quando eu bati o pênalti foi a hora que eu mais senti dor”, disse o zagueiro, que ainda assim converteu, e bem, sua cobrança. Quando passou ao papel de motivador, levou uma bronca. Depois do chute errado de Hulk, quando foi “recepcionar” o atacante, David Luiz ouviu um chamado do bandeirinha, que pediu que ele permanecesse com os companheiros no meio do campo.

Conselhos de Victor
Victor

Com as palavras de Paulinho, o apoio de David Luiz e apesar da ausência de Thiago Silva, Júlio César salvou o Brasil, defendendo duas das cinco cobranças do Chile – a última parou na trave. Victor deu uma força, entregando ao titular do time o terço que usou para abençoar o gol do Mineirão na campanha do título do Atlético-MG na Libertadores do ano passado.
Foi só o momento de maior destaque de um terceiro goleiro ativo, que passou a preleção toda jogando água na nuca dos companheiros para tentar relaxá-los. Antes, no começo da prorrogação, Victor chegou a dar conselhos a Felipão.

“A gente estava um pouco espaçado, jogando um pouco longe dos setores e a segunda bola estava comprometida por isso. Fiz a observação, mas o treinador é ele, ele também está observando”, disse Victor.

Reportagem de: 29.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/29/thiago-se-afasta-paulinho-lidera-e-david-consola-os-penaltis-do-brasil.htm

Rei do Camarote da Copa gasta R$ 25 mil para levar ‘Marquezine’ a jogos

Marquezine e playboy
Em dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo, Roberto Kataoka é a atração por onde passa. No caminho para os estádios que recebem jogos da seleção brasileira, ele não consegue dar cinco passos sem ser assediado. Sorridente, posa para fotos, conta histórias e vira a atração entre os torcedores. Tudo por conta de uma “mulher” de 1,70m que carrega ao seu lado para cima e para baixo: a sua Bruna Marquezine.

Com uma imagem da atriz global impressa em tamanho real numa placa de PVC, o empresário de 23 anos já levou sua Marquezine a dois jogos e promete marcar presença na semifinal e na decisão da Copa.

E, ao contrário da Bruna “original”, a dupla não quer saber de ficar na arquibancada misturado com torcedores comuns. O assediado torcedor só gosta de levar sua companheira para o camarote.

Com ingressos que custaram R$ 5.500 por jogo, ele é atração nas chamadas áreas de hospitalidade dos estádios – locais com entrada especial, buffet e bebidas (nacionais e importadas) liberados, além de uma localização privilegiada.

Foi assim no último sábado, no jogo que garantiu ao Brasil a vaga nas quartas de finais – vitória sobre o Chile por 3 a 2 nos pênaltis. Kataoka e sua Marquezine desfilaram pelos arredores do Mineirão e nos corredores mais vips do estádio.

No total, o empresário paraense gastou R$ 22 mil em ingressos. Além de cerca de mais três mil reais com passagens e hospedagens. A confecção de sua Bruna Marquezine acabou pesando pouco no orçamento: R$ 200.

“Não acho tão caro. A festa vale isso. Copa é um momento importante e posso usar esse dinheiro tranquilamente”, disse o empresário, explicando ainda de onde vem sua renda.

“Sou o magnata do aço de Belém. É mais fácil falar assim, todos me conhecem. Tenho uma empresa lá no Pará e minha família trabalha com isso há quase 30 anos”, completou.

Sem pudor para falar de dinheiro, rendimentos e gastos, Kataoka também não diminui o tom ao brincar com o verdadeiro dono de Bruna Marquezine.

“Já que o Neymar não cuida da menina, eu vou ajudar nesse período da Copa do Mundo. É melhor para ela não ficar abandonada. Todo mundo quer pegar, tirar foto, mas eu cuido bem”, provocou.

“E ele pode ficar tranquilo que é tudo no maior respeito. Só quero amizade, nada além disso. E levo ela aos jogos para dar uma ajuda a ele. Sempre que me olhar na arquibancada, terá uma motivação ali”, minimizou.

E Roberto Kataoka terá que torcer por Neymar se quiser repetir o sucesso no Mineirão. Sem ingresso para o jogo contra a Colômbia em Fortaleza, no próximo dia 4, ele só voltará à cena na semifinal de Belo Horizonte (dia 8).

“Já comprei as entradas para os dois últimos jogos. Estaremos todos lá: eu, Neymar em campo e a Marquezine comigo”.

Reportagem de: 29.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/29/rei-do-camarote-da-copa-gasta-r-25-mil-para-levar-marquezine-a-jogos.htm

A um passo de fazer história, costarriquenho diz que time joga pelo país

Michael Barrantes
A esperança vinda da Costa Rica em busca de uma classificação histórica às quartas de final da Copa deverá ser um combustível à parte para os jogadores que enfrentam a Grécia, às 17h deste domingo, na Arena Pernambuco, pelas oitavas de final.

Para o meia Michael Barrantes, o time está ciente que está a um passo de conseguir o maior feito do futebol costarriquenho, o que trará motivação extra aos jogadores

“Uma classificação irá significar muito. Estamos fazendo um grande trabalho para o nosso país, queremos chegar longe. Sabemos que estão torcendo ao máximo na Costa Rica. Estamos concentrados em nosso trabalho, fazendo as coisas bem feitas”, disse.

Apesar da importância do jogo, o meia avaliou que o grupo está tranquilo para o confronto. “Acredito que o grupo está muito seguro e confiante no trabalho. Acredito que a equipe está relaxada. Queremos chegar o mais longe possível. Estamos concentrados para seguir adiante”, afirmou.

Mesmo depois de bater Uruguai e Itália e empatar com a Inglaterra, Barrantes prega o discurso do respeito contra o time grego e acredita que será a partida mais difícil do time costarriquenho até agora.

“A Grécia é um jogo complicado. A equipe deles teve méritos para chegar até aqui. A verdade é que sabemos que será um jogo muito difícil, com uma grande seleção, pontuou.

Reportagem de: 29.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/29/a-um-passo-de-fazer-historia-costarriquenho-diz-que-time-joga-pelo-pais.htm

Fifa investiga briga entre assessor da CBF e jogador chileno no vestiário

Chile
A Fifa vai investigar a confusão entre a comissão técnica da CBF e um jogador do Chile, durante o intervalo no jogo entre os dois países pelas oitavas de final. Houve uma suposta briga entre o assessor da confederação, Rodrigo Paiva, e o atacante Pinilla.

“Houve incidente ontem. O Comitê Disciplinar vai analisar o caso”, afirmou porta-voz da Fifa, Delia Fischer.

A confusão começou ainda no gramado. Gary Medel, que estava na marcação de Fred, se estranhou com o atacante e levou um tapa no pescoço. Imediatamente os demais jogadores se juntaram em torno da confusão, que prosseguiu para o vestiário.

A delegação do Chile acusou o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, de ter acertado um soco no atacante Mauricio Pinilla, fato engado por paixa.

“Rolou uma discussão e um empurra-empurra. Foi entre as comissões técnicas, não teve jogador envolvido. O auxiliar do [Jorge, técnico do Chile] Sampaoli, um cabeludo [Sebastian Beccacece] começou a xingar. Teve trocas de empurrões. A arbitragem viu e apartou. Não houve agressões, mas teve empurrões”, disse Rodrigo Paiva.

“Teve uma discussão normal, me parece que o importante é falar de futebol. O árbitro esteve um pouco assim e deu peso às circunstâncias. Que a gente possa falar só de futebol, que é o que queremos”, disse Beccacece.

A confusão já estava sendo relatada por jornalistas chilenos desde o meio do segundo tempo. Embora não tenham visto o ocorrido, os repórteres conseguiram as informações com membros da comissão técnica. Segundo a comunicação da Federação Chilena, as câmeras da Fifa flagraram as agressões, embora a transmissão oficial não tenha exibido nada.

Reportagem de: 29.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/29/fifa-investiga-briga-entre-assessor-da-cbf-e-jogador-chileno-no-vestiario.htm

Vandalismo em estádio saiu caro para um alemão e um grego curtirem a Copa

Torcedor alemao vandalo
Dois torcedores estrangeiros, um alemão e um grego, foram detidos na cidade de Fortaleza por vandalismo no estádio Castelão durante jogos da Copa do Mundo de 2014 e só conseguiram deixar o país depois de desembolsarem um valor considerável para uma viagem internacional. Ambos tiveram que ressarcir o valor das cadeiras que quebraram e pagaram multa para instituições sociais.

O alemão Robert Richard Rexhaus foi detido depois de quebrar uma cadeira no jogo entre Alemanha e Gana, pela fase de grupos. Ele foi penalizado pelo Juizado do Torcedor e de Grandes Eventos de Fortaleza a pagar R$ 375 pela cadeira e mais R$ 2.172 (equivalente a três salários mínimos) para uma instituição social local.

Só depois que mostrou o comprovante de que pagou pelo menos metade da dívida dos salários mínimos é que deixou a capital cearense, na quinta-feira. A brincadeira de quebrar cadeira acabou saindo R$ 2.547 reais pra ele.

Já o grego George Tratseles danificou duas cadeiras do estádio na partida de seu país contra a Costa do Marfim, na última terça-feira. O torcedor foi detido durante a partida que seu time venceu a equipe africana por 2 a 1.

Ele teve que desembolsar R$ 750 por elas e mais R$ 1.448 (dois salários mínimos) pela atitude de vandalismo, um total de R$ 2.198. O dinheiro será destinado a uma instituição de caridade e ele só poderia deixar o país depois que comprovasse ter pago na íntegra os dois valores.

“Eles pagaram e já saíram depois que aceitaram a pena por crimes de dano contra o patrimônio público. Na quinta-feira eles foram para o aeroporto e o delegado me ligou pedindo autorização, e eles já tinham pago. Foram flagrados, mas liberados porque pagaram a fiança”, falou a juíza Maria José Bentes Pinto, titular do Juizado do Torcedor e de Grandes eventos em estádio.

O alemão quebrou uma cadeira em uma briga com a torcida brasileira depois de um dos gols da seleção da Alemanha contra Gana, no empate por 2 a 2. Com a torcida local empurrando o time africano, houve guerra de cervejas e até uma faixa alemã retirada por brasileiros. Após bate boca, o alemão quebrou uma cadeira. Segundo o juizado, sua justificativa foi a de dar um chute sem a intenção de quebrar.

Já o grego quebrou as duas cadeiras depois que a Grécia converteu um pênalti nos acréscimos contra a Costa do Marfim e se classificou para a segunda fase. Ele alegou que foi empurrado por outros torcedores e caiu em cima dos assentos, e isso ocorreu a quebra.

Ambos tiveram o processo suspenso ao se comprometerem pagar a dívida e não cometer novos delitos no Brasil. “Se tiverem mais algum tipo de problema, eles perdem o benefício da despenalização e podem sofrer com um processo”, explicou a juíza.

Reportagem de: 29.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/29/vandalismo-em-estadio-ficou-caro-para-alemao-e-grego-curtirem-sua-copa.htm

São Paulo abre sambódromo para abrigar torcedores argentinos

Torcedor Sambodromo
A cidade de São Paulo está abrindo as portas de seu sambódromo para abrigar uma enxurrada de torcedores argentinos, estimada em mais de 70 mil pessoas, neste fim de semana para acompanhar a partida de terça-feira (01).

Ao revelar, nesta sexta-feira, o planejamento para a invasão argentina, as autoridades de São Paulo pediram aos visitantes que acampem nas áreas designadas e fiquem longe do estádio caso não tenham ingressos.

Caravanas de carros, caminhões e trailers argentinos percorreram milhares de quilômetros até a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, há duas semanas, e a multidão só faz crescer com o avanço do torneio que dura um mês.

Dezenas de milhares de argentinos também atravessaram a fronteira brasileira em direção a Porto Alegre esta semana. Algumas dezenas deles foram presos roubando ingressos antes da partida de quarta-feira e um torcedor argentino foi baleado em uma briga de bar, levantando preocupações sobre possíveis confrontos se a Argentina jogar contra o Brasil no torneio.

O Brasil já impediu mais de 30 argentinos de entrarem no país por envolvimento em violência no campeonato argentino.

Para o jogo de terça-feira entre Argentina e Suíça, as autoridades paulistas minimizaram as preocupações de segurança, tendo como base o histórico de quatro partidas do Mundial já conduzidas sem maiores problemas.

“A principal dúvida no caso da Argentina é a quantidade de torcedores, muitos dos quais não tem ingressos para o jogo”, disse o porta-voz da prefeitura Leonardo Barchini. Ele sugeriu que os visitantes assistam ao jogo em bares. Uma festa oficial montada pela Fifa com telões no centro da cidade tem sofrido com a superlotação durante alguns jogos.

O autódromo Interlagos, na região sul de São Paulo, também vai servir como área de acampamento para os argentinos durante o fim de semana.

Reportagem de: 27.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/27/sao-paulo-abre-sambodromo-para-abrigar-torcedores-argentinos.htm

Temores que não se confirmaram na Copa. E os medos que viraram verdade

Jerome-Valcke
A Fifa e o COL (Comitê Organizador Local) viviam um clima de expectativa e tensão antes da Copa de 2014: temiam os tamanhos dos protestos, os problemas de transporte dentro e fora das cidades, o funcionamento de estádios recém-acabados. Mas boa parte desses medos não se confirmou concluída a primeira fase do Mundial. Não que a organização tenha sido perfeita: houve, sim, problemas esperados e inesperados nesta fase inicial.

Desde os primeiros dias do Mundial, Fifa e governo federal têm manifestado o alívio pelas manifestações diminutas durante a Copa, bem menor do que os públicos em estádios, Fan Fests ou até treinos de times. No total, o público em jogos foi de 2,4 milhões de pessoas. “O público está no jogo, e não em protestos”, afirmou o presidente da federação internacional, Joseph Blatter.

Aliado a esse fato, houve um aumento significativo na média de gols e uma festa nas ruas. Isso levou o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, a dizer que o Brasil está no caminho de realizar uma das maiores Copas da história.

Os aeroportos brasileiros, ao contrário do que se temia, aguentaram bem o fluxo de turistas. Hotéis também forneceram número suficiente de acomodações para os turistas no país. As maiores reclamações foram em relação aos preços.

Dentro da cidade, a maior parte do sistema de transporte funcionou. Mas houve problemas sérios em Recife quando uma chuva forte atingiu à cidade e causou alagamentos e congestionamento.

Em relação aos estádios, o governo federal fez uma avaliação positiva. A verdade é que houve pontos bastante positivos no seu funcionamento, assim como itens que não estiveram abaixo do padrão de Mundiais. As acomodações, a atmosfera, e a estrutura de transmissões de TV foram pontos altos.

Mas, como itens negativos, houve problemas nos acessos, na alimentação e na internet dentro das arenas. Pior de tudo foi a questão da segurança. O Maracanã foi invadido, duas vezes, uma delas com seriedade por mais de 100 chilenos. Já o Itaquerão teve um episódio que quase acabou em morte por falta de comunicação de policiais presentes. E houve seguidos objetos proibidos que entraram em todas as arenas.

“Existem coisas que precisam ser corrigidas. Não houve erros estruturais que afetassem o evento. As medidas para sanar os problemas foram tomadas. Não houve uma falha operacional que botasse a Copa em risco”, afirmou o secretário do Ministério do Esporte, Luis Fernandes.

Ele admitiu que a entrega atrasada dos estádios provocou um desafio de operação. “Sobrecarregou a parte da organização. Coisas que faríamos em sequência, tiveram que ser feito em paralelo. Teve um custo.”

Temores que não se confirmaram na Copa

.Caos aéreo não aconteceu
Os seguidos atrasos em obras em aeroportos de cidades-sede da Copa do Mundo pôs em xeque a capacidade do país de receber seleções e turistas durante o Mundial. A estrutura dos terminais pode até não ser a planejada. Entretanto, até agora, não houve o temido ?caos aéreo? no Brasil. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a quantidade de atrasos de voos está abaixo da média mundial.
Protestos? Onde?
A onda de protestos durante a Copa das Confederações criou um temor: será que as manifestações podem comprometer a Copa do Mundo? Hoje é possível dizer que não. A quantidade de pessoas que foi às ruas durante o Mundial é muito menor do que há um ano atrás. Durante a Copa das Confederações, um protesto no Rio chegou a reunir 300 mil pessoas. No Mundial, nenhum chegou a ter 5 mil manifestantes.

.Estádios atrasados, mas funcionais
A onda de protestos durante a Copa das Confederações criou um temor: será que as manifestações poderiam comprometer a Copa do Mundo? Hoje é possível dizer que não. A quantidade de pessoas que foi às ruas durante o Mundial é muito menor do que há um ano. Durante a Copa das Confederações, um protesto no Rio chegou a reunir 300 mil pessoas. No Mundial, nenhum chegou a ter 5 mil manifestantes.

.Greves iriam parar o país. Mas ele não parou
Dias antes do início da Copa do Mundo de 2014, uma série de categorias ameaçou entrar em greve e até chegaram cruzar os braços: policiais, aeroviários, metroviários, etc. Com todos esses trabalhadores insatisfeitos, criou-se um risco: e se tudo parar? Porém não parou. O governo cedeu, trabalhadores cederam e os serviços essências para a Copa do Mundo têm funcionado.

.Trânsito fluindo, na medida do possível
A tão prometida melhoria na mobilidade urbana das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 não aconteceu. As obras não ficaram prontas para o Mundial e chegou a se pensar que torcedores teriam dificuldade para chegar os estádios e se locomover. Contudo, esquemas especiais de transporte foram montados, feriados decretados e ?caos no trânsito? não comprometeu o Mundial.

.Brasil tem hotéis? Tem!
Chegou-se a pensar que o Brasil não teria hotéis suficientes para receber turistas e seleções durante a Copa do Mundo de 2014. Está provado: tem. No Rio de Janeiro, cidade que atrai o maior número de turistas durante o Mundial, a rede hoteleira tem 90%de ocupação, na média. Essa taxa é semelhante a de outros grandes eventos que acontecem na cidade como Carnaval e Réveillon.

.Apagão não aconteceu
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) apontou algumas vezes atrasos em obras para reforço do sistema elétrico brasileiro para o Mundial. Reforçado ou não, o sistema até agora funcionou bem. Não foram registradas quedas de energias em cidades-sede da Copa do Mundo. Em estádio, aliás, sequer houve qualquer falha no abastecimento de energia.
O que não deu certo até agora na Copa

.Segurança teve problemas
A segurança dos estádios da Copa do Mundo de 2014 teve problemas. Só no Rio de Janeiro, o Maracanã foi invadido por torcedores sem ingressos por duas vezes. Na segunda, mais de 87 pessoas entraram correndo no estádio pela sala de imprensa. Em Cuiabá, torcedores chegaram acessar o estádio com rojões, o que é proibido.

.Gramados tiveram que ser preservados
Os gramados dos estádios da Copa não suportaram a rotina de jogos e treinamentos do torneio. Tanto é assim que a Fifa foi obrigada a passar a preserva-los depois das primeiras rodadas do Mundial. No Maracanã, treinos de reconhecimento de gramado foram cancelados. O mesmo foi feito para preservar o Mineirão.

.Cadê a internet nos estádios?
A falta de acesso aos serviços de internet e telefonia móvel em estádios da Copa do Mundo de 2014 é uma reclamação recorrente. Apesar de o governo ter prometido providenciar redes móveis nos locais de jogos, torcedores não conseguiram enviar fotos, telefonar ou usar redes sociais com seus celulares.

Reportagem de: 28.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/28/temores-que-nao-se-confirmaram-na-copa-e-os-medos-que-viraram-verdade.htm

Cresce furto de ingresso em metrô para Maracanã; estrangeiros são suspeitos

Metro furtos
Os casos são quase sempre os mesmos: um torcedor compra um ingresso da Copa do Mundo de 2014 e decide ir ao estádio de metrô. Entra no vagão com seu bilhete no bolso. O trem está lotado. O torcedor sai do vagão e caminha rumo ao estádio. Quando se dá conta, já teve sua entrada roubada.

Assim, sem que ele perceba, dezenas de torcedores estão perdendo seus ingressos da Copa já no caminho para o jogo. Queixas sobre esse tipo de furtos têm se tornado cada vez mais comuns na delegacia móvel instalada ao lado do Maracanã e já chamaram a atenção da Polícia Civil.

Oficialmente, o órgão não informa quantos já perderam suas entradas do Mundial dentro do metrô do Rio de Janeiro. Só nos dois últimos jogos da Copa realizados na capital fluminense, entretanto, mais de 40 registraram queixas. Nos dois jogos anteriores, furtos de bilhetes no metrô não eram tão comuns.

Segundo policiais, o furto dos ingressos nos trens é sorrateiro. Atinge geralmente torcedores os desatentos e que acabam descuidando-se depois que cruzam a roleta do metrô.

No Rio, portadores de ingressos da Copa têm direito a passe livre no transporte metroviário. Torcedores só têm que apresentar sua entrada para o jogo ao segurança da estação em que embarca. Criminosos veem onde o torcedor guarda seu ingresso após apresenta-lo e o segue sem que ele perceba. No empurra-empurra do vagão ou na saída dele, furta o bilhete.

“Perdi quatro ingressos dentro do vagão”, contou Matheus Santiago, 20 anos, enquanto França e Equador jogavam no Maracanã quarta-feira.

Matheus tinha comprado as entradas para ele seus amigos. Após o furto, registrou a ocorrência na delegacia móvel do Maracanã e tentou reimprimir seus bilhetes no centro de distribuição de entradas da Fifa. A entidade não reimprime ingressos em dias de jogos. Matheus ficou fora do estádio.

“Junto comigo, foram muitos outros”, afirmou. “Só na delegacia móvel, vi um grupo de franceses, dois suecos e mais gente.”

Julien Bertipaglia é francês e perdeu dois ingressos no metrô. “Nem vi. Estava checando meu bolso a toda hora. De repente, havia perdido”, após registrar queixa na mesma delegacia.

Estrangeiros suspeitos

Policiais militares encarregados da segurança do Maracanã e seu entorno suspeitam que boa parte dos furtos de ingressos no metrô é de autoria de estrangeiros. Segundo os policiais, os próprios torcedores de países sul-americanos já alertaram os PMs sobre esse tipo de furto, que seria comum na Argentina e Chile.

A concessionária que administra o metrô foi alertada ainda antes da Copa do Mundo sobre o risco de aumento de furtos dentro de estações e vagões. Segundo o UOL Esporte apurou, a concessionária chegou a ser avisada, inclusive, que estrangeiros poderiam furtar turistas no metrô.

Procurada na quinta-feira para comentar os casos de furto, a empresa não se posicionou. O subsecretário de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Alzir, disse que a polícia esta atenta a esses casos e preparada para agir.

Alzir afirmou que 60% das ocorrências registradas em grandes eventos que o Rio de Janeiro recebe são furtos. Para ele, o visitante deve colaborar e para minimizar as chances de roubo. “Não se deve andar com seu bilhete à mostra”, recomendou.

Neste sábado, às 17h, o Maracanã recebe Uruguai e Colômbia.

Reportagem de: 28.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/28/cresce-furto-de-ingresso-em-metro-para-maracana-estrangeiros-sao-suspeitos.htm

Porto Alegre espera 12 mil alemães para se apresentar com destino turístico

Alemanha Turistas
A ligação histórica entre o Rio Grande do Sul e a Alemanha, colonizadora de várias cidades do interior do Estado, é forte apenas por um lado. Enquanto os locais apreciam o país, os europeus pouco conhecem a capital gaúcha. Para o duelo das oitavas de final da Copa do Mundo, nesta segunda-feira, às 17h, entre Alemanha e Argélia, a cidade espera receber 12 mil alemães e quer deixar uma boa impressão.

“Trabalhamos com uma estimativa entre 10 e 12 mil alemães. É o número que o consulado também espera. Temos 7 mil ingressos vendidos para eles, e sempre o fluxo é um pouco maior. Será um processo parecido com os holandeses. Nós temos uma ligação forte com eles, mas a recíproca não é verdadeira. Essa partida constitui uma chance de descoberta, a oportunidade para que eles também sintam esta ligação”, afirmou o secretário de turismo de Porto Alegre, Luis Fernando Moraes, ao UOL Esporte.

Porto Alegre vai na contramão do turismo brasileiro. O país é famoso internacionalmente por praias, calor, Carnaval. Desta trinca de atrações, a capital gaúcha tem muito calor no verão, mas sem alternativas para aproveitar isso, e o Carnaval está longe de ser comparado ao de outras partes do Brasil.

Mesmo assim, a cidade é a 4ª capital com maior fluxo de turismo de eventos. Mas a ideia é mudar o quadro com a Copa e conquistar o chamado turismo de lazer. E para garantir retorno dos alemães, os descendentes serão muito importantes.

“Esperamos que venham muitas pessoas das cidades de colonização alemã a Porto Alegre. Isso vai contribuir na conquista, na identificação cultural deles. Porto Alegre, e o Rio Grande do Sul todo, são pouco conhecidos dos turistas internacionais. Será um impulso para mostrar que temos um produto diferente. O Brasil não é só praia”, acrescentou o secretário.

A seleção alemã chega a Porto Alegre na noite deste sábado. No domingo ocorrerá o treinamento de reconhecimento do gramado do estádio Beira-Rio, e na segunda-feira a partida diante da Argélia. Quem avançar deste duelo terá pela frente nas quartas de final o vencedor do jogo entre França e Nigéria.

Reportagem de: 28.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/28/porto-alegre-espera-12-mil-alemaes-para-se-apresentar-com-destino-turistico.htm

México é recebido por 600 pessoas em Fortaleza, e torcida provoca Holanda

Jogadores Mexicanos
A seleção mexicana foi recebida com muita festa nesta sexta-feira (27) no hotel Luzeiros, em Fortaleza, por cerca de 600 torcedores.

Todos eles muito empolgados e cantando sem parar. Entre os coros puxados, um provocava a seleção da Holanda, adversária de domingo.

“Holanda vai provar a pimenta nacional”, gritavam os mexicanos, conhecidos pelo forte tempero na culinária.

Desde a quinta-feira (26), começarem a chegar muitos mexicanos na cidade. No jogo da primeira fase, contra o Brasil, houve uma invasão com cerca de 14 mil torcedores.

México e Holanda decidem uma vaga para as quartas de final no domingo, as 13h (de Brasília), no Castelão.

Reportagem de: 27.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/27/mexico-e-recebido-por-600-pessoas-em-fortaleza-e-torcida-provoca-holanda.htm