Federação dos EUA: “Caso Rússia não possa sediar Copa, nós a queremos”

USSF Presidente
Os norte-americanos garantem, se a Copa se realizar novamente no país, será um “evento quebrador de recordes, uma experiência inacreditável para todo o planeta”. Porém, isto não acontecerá se reformas não forem feitas no processo de escolha dos países sede atuais. A palavra é do recém-reeleito presidente da Federação dos EUA, Sunit Gulati:

– Queremos sediar a Copa novamente em algum ponto do futuro. A década de 2020 me parece ideal, mas quero ser bem claro que queremos ver mudanças no processo de escolha sendo feitas para isso – disse Gulati, falando sobre a polêmica escolha dos Mundias de 2018 e 2022, em respectivamente, Rússia e Catar.

Os Estados Unidos foram preteridos ao país arábico, que além de muito menos tradicional para o esporte, precisará construir toda uma nova estrutura de estádios e acomodações para a disputa do torneio:

– Nas próximas semanas teremos uma indicação sobre a investigação que está sendo feita no comitê ético da Fifa. Seja lá o que sair disso, acho que veremos evoluções que vai ajudar no processo de escolha de futuros eventos. A IOC (Comitê Olímpico Internacional) passou por isso, agora é hora da Fifa.

Em abril, dois senadores dos Estados Unidos tentaram tirar a Rússia do torneio realizado este ano no Brasil, devido aos acontecimentos na Ucrânia. Em contra-ataque, políticos russos pediram a exclusão dos norte-americanos da Copa, devido ao seu papel nos conflitos de Iraque, Líbia e Síria. A rusga criada no período segue aberta, e o presidente da Federação norte-americana garante: se os russos não puderem, os Estados Unidos assumem já o Mundial de 2018:

– Temos o necessário para isso, sem dúvida. As nossas instalações são provavelmente as melhores do mundo. Temos cidades por todo o país capazes de ligar o botão e sediar a Copa.

Por fim, Gulati descartou a possibilidade dos EUA quererem dividir a Copa com o Canadá, parceiros na MLS:

– As regras da entidade são muito claras quanto a este ponto. Só existem candidaturas conjuntas no caso de países que não tinham infraestrutura suficiente para sediar o torneio sozinhos.

Reportagem de: 05.09.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/09/federacao-dos-eua-caso-russia-nao-possa-sediar-copa-nos-queremos.html

EUA usam Copa para fazer futebol ir além de mulheres, jovens e hispânicos

EUA Turista
Uma quantidade incontável de estudos, pesquisas e colunas jornalísticas vêm tentando, há quase 40 anos, explicar por qual razão o futebol não enlouquece os americanos. Por outro lado, nenhum trabalho acadêmico também consegue decifrar por que a cada jogo da seleção dos Estados Unidos nesta Copa pipocam na TV e na internet vídeos e fotos que retratam torcedores pulando, jogando cerveja para o alto e vibrando com o desempenho da equipe dirigida pelo alemão Jürgen Klinsmann.

Bares, refeitórios de empresas e, principalmente, parques estão sendo tomados por quem parece ter descoberto que o que eles chamam de “soccer” não é só um esporte para ser praticado por mulheres, jovens e hispânicos, os nichos onde a modalidade, estatisticamente, encontra mais adeptos pelo país.

O sucesso da seleção feminina acaba sendo, para especialistas, uma espécie de concorrente para o futebol masculino. Com dois títulos mundiais e quatro medalhas no currículo, a equipe que fez jogadoras como a goleira Hope Solo e a ex-atacante Mia Hamm se tornarem celebridades além dos gramados é exemplo de vitória – um conceito tão valioso para o americano.

“Toda garota que joga futebol quer ser a Mia (Hamm). Ela provoca no estádio algo como os Beatles causavam”, compara Anson Dorrance, treinador da jogadora na época em que ela defendia a Universidade da Califórnia, na adolescência, e na Copa do Mundo de 1991, a primeira vencida pelos Estados Unidos (a segunda conquista ocorreu em 1999).

Pelas beiradas

E é na soma do interesse de mulheres e adolescentes que o futebol foi crescendo nos últimos anos, mas às margens do grande público, dos anunciantes e, principalmente, da mídia. Segundo dados da associação das empresas que investem em esporte nos Estados Unidos, o número de praticantes do futebol no país vem patinando desde 1994 (ano em que os americanos organizaram a Copa do Mundo, vencida pelo Brasil). O que segue mais ou menos estável, porém, é o maciço número de jovens que joga bola de forma não oficial.

Dos cerca de, estimados, 12,4 milhões de jogadores de futebol nos Estados Unidos, um terço é de pessoas entre os 12 e os 24 anos, o que torna o futebol o segundo esporte mais popular do país nesta faixa etária, atrás apenas do basquete, motor de uma indústria monstruosa que faz a liga universitária mobilizar o país e a NBA se espalhar pelo mundo.

O terceiro pilar do tabu que faz o futebol parecer ser algo apenas para alguns nos Estados Unidos é a influência que este esporte desperta nos hispânicos, que representam 13% da população do país, de mais de 320 milhões de pessoas.

Para se ter uma ideia, um terço da audiência local da transmissão da final da Copa do Mundo de 2010, entre Espanha e Holanda, se deveu aos espectadores que assistiram ao jogo pela Univision, a emissora em língua espanhol que transmite para os Estados Unidos.

A revolução está na TV

O intervalo de quatro anos entre as duas edições do Mundial, entretanto, parece ter feito uma diferença substancial. No dia em que os Estados Unidos enfrentou Portugal, pela segunda rodada da fase de grupos, 18,2 milhões de espectadores assistiram ao jogo pela ESPN americana, superando os 17,9 milhões de pessoas que haviam assistido à final da Copa do Mundo feminina, em 1999.

A audiência do “soccer” neste dia, quem diria, superou a registrada pelos playoffs da NBA nesta temporada (15,5 milhões de espectadores) e da World Series de 2013, o playoff do campeonato de beisebol (14,9 milhões).

Números que ajudam a explicar um pouco reações como as adotadas na semana passada. O presidente dos Estados Unidos Barack Obama gravou um vídeo de incentivo à seleção. O técnico do time, Jürgen Klinsmann escreveu uma carta às grandes empresas americanas pedindo que liberassem seus funcionários mais cedo para que pudessem a assistir ao jogo contra a Alemanha. E comediante Will Farrell, conhecido por seus filmes escrachados, apareceu em um bar em Recife para inflamar os torcedores americanos na véspera da partida contra os alemães.

Uma vitória nesta terça, contra a Bélgica, pode ser mais um passo importante para que o futebol saia das estatísticas. E caia no gosto de quem vive para vencer.

Reportagem de: 01.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/01/eua-usam-copa-para-fazer-futebol-ir-alem-de-mulheres-jovens-e-hispanicos.htm

Portugal faz gol no último minuto e se mantém vivo na Copa

Cristiano Ronaldo
Um gol no último minuto manteve Portugal vivo na Copa. Cristiano Ronaldo, o melhor jogador do mundo, por pouco não ficou fora do Mundial. Mas, no último lance da partida, Ronaldo cruzou e Varela cabeceou para as redes e para salvar a equipe. O empate (2 a 2) com os EUA em Manaus foi sofrido. O time saiu na frente, tomou a virada e teve garra para buscar a salvação.

Com apenas um ponto, os lusitanos ainda têm chances de classificação, embora a situação seja muito difícil, principalmente por causa do 4 a 0 sofrido para a Alemanha no primeiro jogo. Eles vão jogar contra Gana na próxima rodada e precisam de uma goleada. Já os americanos, que estiveram muito perto de garantir o acesso, ainda jogarão contra a Alemanha para saber se avançarão às oitavas.

Fases do jogo: Portugal foi presenteado com um gol logo aos 5min, fruto de um erro inacreditável de um zagueiro americano. Mas, depois disso, o jogo ficou todo favorável aos EUA, que criavam suas jogadas principalmente pela direita, com Jonhson, e pelo meio, com Bradley. Apostando apenas em contra-ataques, os europeus por pouco não aumentam o placar no fim da primeira etapa, mas uma defesa incrível de Howard impediu o segundo gol de Nani.

Os americanos voltaram do intervalo ainda mais dispostos a empatar e conseguiram após um belo chute de Jones, indefensável para o arqueiro português. Como a igualdade era muito ruim para Portugal, eles se atiraram ao ataque, mas falharam muito nas finalizações. Em um contra-ataque mortal, os americanos chegaram à virada com Dempsey e um gol de barriga. Depois que o árbitro deu cinco minutos de acréscimo, Varela, que entrara no segundo tempo, acertou uma bela cabeçada para empatar.

O melhor: Johnson. O lateral foi a melhor opção ofensiva dos EUA e explorou muito bem a avenida na direita do ataque americano. Com muita velocidade e um passe qualificado, Johnson deixou seus companheiros algumas vezes na cara do gol.

O pior: Cameron. Uma falha bisonha transformou um chutão em assistência para o primeiro gol português. Outra falha quase faz os europeus aumentarem o placar no começo do segundo tempo. Com o pé torto, o zagueiro americano teve uma atuação para esquecer.

Chave do jogo: a avenida no lado esquerdo português. O lateral Johnson deitou e rolou nas costas de Ricardo Costa e criou as melhores oportunidades por ali. O técnico americano percebeu que havia uma avenida naquele setor e pediu para Yedlin cair por aquele lado. Os portugueses não conseguiram corrigir essa falha tática e tomaram a virada por lá.

Toque dos técnicos: Paulo Bento precisou bater cabeça para montar o time para essa partida. Ele tinha três desfalques, incluindo o do zagueiro Pepe, expulso na estreia. No decorrer da partida, Bento ainda perderia dois outros atletas lesionados. Sem um banco qualificado, Portugal sofreu e viu os americanos dominarem o jogo. Klinsmann, do outro lado, pôs suas fichas da velocidade de seus laterais.

Para lembrar:

Os americanos, enfim, invadiram a Amazônia. Estimados 30 mil americanos foram a Manaus apoiar sua seleção e puxaram o grito de USA em alguns momentos da partida. Outras dezenas de milhares torceram em telões espalhados pelas principais cidades dos EUA em uma demonstração de que o futebol jogado com os pés tem atraído bastante atenção no país.

Ronaldo entre tapas e beijos. No começo do jogo, o melhor jogador do mundo arrancava gritos histéricos do público. Mas sua atuação apagada o fez virar alvo de algumas vaias ainda no primeiro tempo. Recuperando-se de lesão, ele claramente ainda não está 100% fisicamente.

Bruxa solta em Portugal. A seleção portuguesa já tinha perdido na estreia o lateral Fabio Coentrão e o atacante Hugo Almeida, ambos por lesões musculares. Mais dois atletas saíram machucados contra os EUA: Helder Postiga e André Almeida.

Parada técnica. Pela primeira vez nessa Copa, houve uma pausa no jogo para os jogadores e a arbitragem se hidratarem. O Ministério Público do Trabalho havia obrigado a Fifa a fazer essas paradas quando a temperatura durante partida fosse maior que 32 graus.

ESTADOS UNIDOS 2 X 2 PORTUGAL

Estados Unidos: Howard; Johnson, Cameron, Besler e Beasley; Beckerman, Jones, Bedoya (Yedlin), Bradley e Zusi (Gonzalez); Dempsey (Wondolowski)
Técnico: Jurgen Klinsmann

Portugal: Beto; Bruno Alves, João Pereira, André Almeida (William Carvalho) e Ricardo Costa; Miguel Veloso, Raul Meireles (Varela) e João Moutinho; Nani, Cristiano Ronaldo e Helder Postiga (Eder).
Técnico: Paulo Bento

Data: 22/06/2014 – 19h
Local: Arena da Amazônia (Manaus)
Árbitro: Nestor Pitana (Argentina)
Auxiliares: Hernan Maidana (Argentina) e Juan Pablo Belatti (Argentina)
Cartões amarelos: Jones (EUA)
Gols: Nani aos 5min do 1º tempo (Portugal), Jones aos 19min, Dempsey aos 36min (EUA) e Varela (Portugal) aos 49min do 2º tempo
Público: 40.123 pessoas

Reportagem de: 22.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/22/portugal-faz-gol-no-nultimo-minuto-e-se-mantem-vivo-na-copa.htm

Justiça nega pedido dos EUA para enviar agentes armados para a Copa

Os Estados Unidos pediram ao governo brasileiro para enviar agentes de segurança armados para acompanhar a seleção treinada por Jurgen Klinsmann na Copa do Mundo. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça,que acrescentounão ter atendido a solicitação. A justificativa americana era que as ações contra o terrorismo tornam o time alvo preferido de atentados. A intenção era ter agentes com armas curtas,como pistolas.

Brasília não autorizou e comunicou que o pedido desrespeita a lei brasileira. De acordo com o Ministério da Justiça, somente chefes de estado têm o direito de serem acompanhados por agentes armados. A assessoria de imprensa informou que a segurança da delegação americana ficará sob responsabilidade da Polícia Federal e contará com apoio das polícias de cada estado que tem cidade-sede.

Esta não foi a única solicitação dos Estados Unidos negada pelo governo brasileiro. Eles também queriam assento nos Centros Integrados de Controle e Comando, que são o quartel gerenal de segurança em cada cidade-sede. Neste caso a razão para recusar o pedido foi a natureza das informações que circulam nestes locais.

USA Police
Não são apenas dados referentes à Copa que passam pelos Centro Integrados. Os funcionários têm acesso a informações de Defesa Nacional, o que permitiria aos americanos saber detalhes sobre a tríplice fronteira ou a Amazônia, por exemplo. O último motivo para a negativa foi o fato de todos os relatórios das polícias Civil e Militar poderem ser obtidos nos centros.

O Ministério da Justiça ressaltou que os EUA não foram o único país a querer uma cadeira nestes quarteis generais. Todos que pediram receberam convite para enviar agentes ao Centro de Cooperação Policial Internacional, que funciona em Brasília sob comando da Polícia Federal. Neste espaço, podem trabalhar em conjunto com o governo brasileiro oferecendo informações sobre ocorrências envolvendo pessoas de seus países.

Estados Unidos enfrentam Portugal neste domingo, às 19h (horário de Brasília), em Manaus.

Reportagem de: 21.06.2014

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EUA esquecem promessa de integração e se rendem à paranoia da segurança

Gerrard
Em janeiro, a delegação dos Estados Unidos veio ao Brasil conhecer o CT do São Paulo e o treinador Jurgen Klinsmann foi claro ao dizer que aquele era o local ideal para sua seleção porque estava num local central, perto de shoppings. Permitiria o contato com torcedores brasileiros e apaixonados pelo esporte. Queria contato humano, impossível em um bunker.

Mas faltou combinar com o governo dos Estados Unidos, que exigiu, conforme confidenciaram assessores da deleção, alta segurança. E foram atendidos. Nesta terça-feira, havia 30 soldados da Polícia Militar e mais 12 soldados da Infantaria. Revezavam-se dentro e fora do Centro de Treinamentos, com apoio de um caminhão e de uma base comunitária móvel. Havia ainda helicópteros.

Os jornalistas tiveram suas mochilas revistadas. O procedimento é comum em todos os jogos, mas dificilmente ocorre em sessões de treinamento. Nada que pudesse se comparar com treinos do Irã, no Centro de Treinamento do Corinthians. Ali, dois soldados olhavam placidamente a chegada de repórteres. Nenhuma revista.

Antes do treino, Mike Kammarman, chefe de imprensa, passou informações e recomendações aos jornalistas. Disse que o traslado do aeroporto de Cumbica até o hotel havia levado uma hora e foi feito sem nenhum sobressalto. Os EUA jogarão em Natal, Manaus e Recife e, a cada jogo, voltarão a São Paulo.

A tal interação com o público, desejada por Klinsmann, ficará restrita a um treino aberto no dia 11, com a presença de 700 pessoas, que serão escolhidas pela embaixada americana.

O goleiro Howard, que atua na liga inglesa desde 2003 – Manchester United e atualmente Everton – disse que está acostumado com o esquema de segurança e que as viagens não atrapalharão o rendimento do time. “Como jogo na Europa, estou sempre viajando de um país para outro, estou acostumado e nada disso atrapalha o rendimento”.

Além dele, o zagueiro Cameron e o atacante Wondolowski passaram por uma zona mista terrível, com os aproximadamente 60 jornalistas norte-americanos e poucos brasileiros tentando ouvir, por 15 minutos, alguma frase.

Não houve nenhuma revelação fantástica. “Nosso grupo é difícil e temos de ter muito foco em nós mesmos para superar as dificuldades”, afirmou o atacante. “Penso jogo a jogo, não posso me preocupar com os adversários”, disse o zagueiro.

Entre jornalistas e assessores, não é bem assim. São unânimes em colocar o jogo contra Gana, logo na estreia, como fundamental. “Se vencermos esse jogo, podemos terminar a primeira rodada na liderança. Então, com dois pontos mais, a vaga vem”, disse Steven Goff, do “Washington Post”.

“Falam que o grupo de Inglaterra, Uruguai e Itália é o da morte, mas o nosso também é duro. Com cinco pontos, a gente passa”, afirma Jeff Carlile, da Espnfc.com.

Andrés Cordero, cubano, da rede Belinn, acha difícil conseguir os tais cinco pontos. “Conseguir cinco pontos significa terminar a primeira fase invictos. Isso é sonhar demais. Mas, com quatro pontos e saldo de gols dá para passar”.

Mike Kammarman também aposta nos cinco pontos. “E para chegar a esse número, precisa ganhar o primeiro, caso contrário fica mais difícil. Alemanha está na frente e os outros três podem chegar na segunda fase”.

Se os cinco pontos chegarem – e com eles, a vaga -, a segurança deve ser ainda maior na segunda fase.

Reportagem de: 09.06.2014

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http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/09/eua-esquecem-promessa-de-integracao-e-se-rendem-a-paranoia-da-seguranca.htm

EUA cortam melhor jogador da história do país e definem 23 nomes para Copa

Donovan
Os EUA divulgaram nesta quinta-feira os 23 nomes que formarão sua seleção na Copa do Mundo de 2014, cortando sete nomes da lista de 30 inicial. A principal surpresa é o corte de Landon Donovan, considerado o melhor jogador de futebol da história do país e que disputou os últimos três Mundiais.

Recentemente, o técnico Jurgen Klinsmann, ex-atacante da seleção alemã, já havia divulgado que Donovan não era um nome certo na lista, já que não vinha em boa fase e, assim, teria os treinos da seleção para provar que merecia uma chance. Pelo jeito, Donovan não mostrou futebol suficientemente bom para mudar a cabeça do comandante.

Donovan tem 32 anos e tem história pelos EUA em Copas. Em 2002, foi o melhor jogador do time que surpreendeu, eliminou Portugal na primeira fase e alcançou as quartas, só perdendo para a Alemanha com lance irregular, em que a bola entraria e um zagueiro alemão tirou a bola em cima da linha com a mão; em 2010, fez o gol que classificou os EUA para a segunda fase nos acréscimos do duelo com a Argélia: vitória por 1 a 0.

Além do atacante, foram cortados os defensores Michael Parkhurst, Brad Evans e Clarence Goodson, os meias Joe Corona e Maurice Edu, e o atacante Terrence Boyd.

Confira abaixo os 23 selecionados pelos EUA para a Copa-2014:

Goleiros: Brad Guzan (Aston Villa-ING), Tim Howard (Everton-ING), Nick Rimando (Real Salt Lake)

Defensores: DaMarcus Beasley (Puebla-MÉX), Matt Besler (Sporting Kansas City), John Brooks (Hertha Berlin-ALE), Geoff Cameron (Stoke City-ING), Timmy Chandler (Nürnberg-ALE), Omar Gonzalez (LA Galaxy) Fabian Johnson (Hoffenheim-ALE), DeAndre Yedlin (Seattle Sounders FC)

Meias: Kyle Beckerman (Real Salt Lake), Alejandro Bedoya (Nantes-FRA), Michael Bradley (Toronto FC), Brad Davis (Houston Dynamo), Mix Diskerud (Rosenborg-NOR), Julian Green (Bayern Munich-ALE), Jermaine Jones (Besiktas-TUR), Graham Zusi (Sporting Kansas City)

Atacantes: Jozy Altidore (Sunderland-ING), Clint Dempsey (Seattle Sounders FC), Aron Johannsson (AZ Alkmaar-HOL), Chris Wondolowski (San Jose Earthquakes)

Reportagem de: 22.05.2014

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Dempsey usa experiência e luto familiar para fazer EUA passarem da primeira fase

Clint Dempsey
O sorteio dos grupos da Copa do Mundo não foi generoso com os EUA. Todos os adversários da primeira fase alcançaram pelo menos as oitavas de final em 2010: Alemanha, Portugal e Gana. Uma das principais esperanças dos norte-americanos de triunfar em meio a uma chave tão concorrida atende pelo nome de Clint Dempsey.

Aos 31 anos, o talentoso meia atua hoje no Seattle Sounders na MLS (Major League Soccer), mas que já passou pelo futebol inglês, onde defendeu Fulham e Tottenham. A Copa de 2014 será a terceira da carreira dele — a primeira como capitão. A experiência na competição faz Dempsey demonstrar bastante confiança na sobrevivência dos EUA após a fase de grupos no Brasil.

“Claro que sim, temos de pensar desta maneira”, disse o meia, ao ser perguntado se os EUA podem avançar às oitavas. “Em qualquer Copa do Mundo que se participa, a meta é sempre a de passar da fase de grupos. Vai ser difícil, mas também será animador para a torcida e para os jogadores. Seremos testados contra os melhores, e é disso que essa competição se trata”, completou.

Fazer a seleção norte-americana passar da primeira fase e chegar até mesmo mais longe do que a ida às oitavas de 2010 seria especial para Dempsey. Aliás, todas as conquistas na trajetória como profissional são, das maiores às menores. Tudo por causa de um triste episódio ocorrido quase duas décadas atrás.

Dempsey tinha 12 anos em novembro de 1995, quando a irmã, quatro anos mais velha, morreu em decorrência de um aneurisma cerebral. Devastado com a perda na época, ele revelou mais tarde que o ocorrido serviu de combustível extra para perseguir o sonho de virar jogador de futebol e dedicá-lo à irmã.

Usar os sentimentos para o sucesso no futebol é algo que ele realmente consegue fazer. No ano anterior à morte da irmã, ele viu os EUA receberem a Copa do Mundo. Encantou-se completamente nos jogos que pôde acompanhar, ao ponto de prometer para si mesmo naquele momento que um dia disputaria a competição. Sonho que realizou em 2006, quando foi convocado para o primeiro Mundial.

Além da motivação pessoal toda vez que entra em um campo de futebol, Dempsey conta com uma boa técnica — principalmente no pé direito, o seu favorito. O toque de bola e os chutes de longe são os pontos mais fortes no seu jogo. Versátil, atua em qualquer lado do campo e pode também desempenhar o papel de segundo atacante. Além disso tudo, é bastante resistente. Em 2004, quando ainda defendia o New England Revolution, o meia atuou em duas partidas com a mandíbula quebrada.

Os EUA esperam que a resistência e o talento de Dempsey possam levar a equipe a sobreviver em um grupo complicado e até mesmo superar a campanha de 2010. Seria um sinal de sucesso para a seleção norte-americana, além de uma nova homenagem do meia à irmã.

Reportagem de: 27.04.2014

Disponivel em:
http://copadomundo.ig.com.br/2014-04-27/dempsey-usa-experiencia-e-luto-familiar-para-fazer-eua-passarem-da-primeira-fase.html

Donovan vai à quarta Copa com a missão de ser a “zebra” no grupo da morte

Landon Donovan
A tensão tomava conta do estádio Loftus Versfeld e as mãos dos americanos se encontravam para em reza pedir para que um milagre acontecesse em Pretória. O relógio já marcava 45 minutos quando os “Deuses do futebol” resolveram dar as caras na África do Sul e fazer de Donovan herói. O gol do meia deu a vitória aos Estados Unidos no jogo contra a Argélia e classificou à equipe para as oitavas de final da Copa do Mundo. A cena não sai da memória dos torcedores, nem do maior artilheiro da história da seleção americana.

Quatro anos depois e aos 32 anos, Landon Timothy Donovan disputará a sua quarta Copa do Mundo e levará nas costas a mesma pressão da primeira vez: comandar os Estados Unidos no grupo da “morte”, ao lado de Gana, Portugal e Alemanha, na primeira fase do Mundial.

“Eu me emociono quando vejo isso. Mas é estranho ser a pessoa quem ajudou a criar”, disse o jogador ao site MLSsoccer.com depois de relembrar o feito memorável na África do Sul

Donovan construiu a carreira dele essencialmente atuando no próprio país, mas foi na Alemanha que ele deu os primeiros passos no futebol. Aos 16 anos, treinava no Bayer Leverkusen, porém, logo conseguiu firmar um longo contrato de empréstimo na MLS (Major League Soccer), defendendo o San José Earthquakes. A partir daquele momento, Donovan consolidava-se como um dos maiores nomes do Los Angeles Galaxy.

O ídolo nacional começou a traçar sua história na seleção em 2002, na Coreia do Sul e Japão, quando atuou em quatro posições diferentes em cinco partidas disputadas. A polivalência o credenciou para a Copa de 2006, na Alemanha, mas precisou suportar as críticas por ter sido eliminado ainda na primeira fase.

Como nem tudo são flores na vida de Donovan, o momento mais difícil do atleta americano foi em 2012, quando cogitou a pendurar as chuteiras. À época, ele disse em entrevista à ESPN que o corpo havia chegado no limite e que o aspecto mental já não era o mesmo. Toda a indefinição aconteceu quando o jogador recuperava-se de uma lesão no joelho e estava emprestado ao Everton.

Passado o momento de incertezas, Donovan voltou ao Galaxay e recuperou a boa fase. Desde então foram 57 jogos, 21 gols e um título do campeonato americano. Neste ano, como o tornei começou no último dia 8, o jogador fez apenas duas partidas e ainda não balançou as redes.

Donovan aos poucos vai conquistando a confiança do técnico da seleção americana, Jürgen Klinsmann. Mas será mesmo que ele ainda precisa provar mais alguma coisa? A história diz que não.

Reportagem de: 25.03.2014

Disponível em:
http://copadomundo.ig.com.br/2014-03-25/donovan-vai-a-quarta-copa-com-a-missao-de-ser-a-zebra-no-grupo-da-morte.html

EUA e Rússia revivem Guerra Fria na Copa 2014. Alguém ficará fora?

Soldados Exercito
Estados Unidos e Rússia são rivais históricos desde o período da Guerra Fria, que foi iniciado na década de 40, quando o país do leste europeu ainda era chamado de União Soviética. Com os recentes conflitos em diversos locais do mundo, os países voltaram a trocar farpas e agora um não quer que o outro dispute a Copa do Mundo no Brasil.

Irritados com a intervenção militar russa na Ucrânia, dois senadores norte-americanos escreveram uma carta para a Fifa, na última semana, pedindo para que a participação do país na Copa do Mundo fosse vetada. Os republicanos Mark Kirk, representante do estado de Illinois, e Dan Coats, de Indiana, também disseram esperar que a Rússia perca o direito de sediar a Copa em 2018.

“Sob as luzes da ocupação militar da Rússia na soberania da Ucrânia, o órgão [Fifa] deveria considerar descartar o direito da Rússia de sediar a Copa em 2018, e negar à seleção nacional russa o direito de participar deste torneio em 2014”, dizia trecho da carta.

Nesta sexta-feira, em resposta irônica a essa tentativa dos senadores, o deputado russo Alexander Sidyakin decidiu escrever a sua própria carta para a Fifa, atacou os EUA e pediu para que o país norte-americano também seja impedido da disputar a Copa.

“Sob as luzes da agressão militar dos EUA contra diversos estados soberanos, assim como à Iugoslávia sem uma razão em particular; ao Iraque e à Líbia – alegando pesquisas com armas químicas; pelas tentativas de invasão à Síria e outros numerosos casos de violações dos direitos humanos por todo o mundo…”, dizia trecho do texto publicado pelo portal SB Nation.

A Fifa ainda não se pronunciou sobre o episódio.

A Rússia está no grupo H do Mundial, ao lado de Bélgica, Coreia do Sul e Argélia. Os EUA estão no grupo G, com Alemanha, Portugal e Gana.

Reportagem de: 14.03.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/03/14/guerra-fria-russia-e-eua-querem-proibir-pais-rival-de-participar-da-copa.htm

Políticos russos pedem à Fifa que expulse os Estados Unidos da Copa

Eua
Dois políticos russos pediram à Fifa para excluir os Estados Unidos da Copa do Mundo deste ano e do quadro de membros da federação internacional.

A petição à entidade foi feita por Aleksandr Sidyakin e Mikhail Markelov, parlamentares da Duma, a câmara baixa do Parlamento russo.

Os políticos citam ações agressivas dos EUA contra Iugoslávia, Iraque e Líbia, assim como tentativas de o país se impôr na Síria, como razões para pedir a expulsão.

Sidyakin disse que o pedido por escrito foi uma reação a uma carta enviada por Mark Kirk e Dan Coates, senadores republicanos dos EUA, pedindo que a Fifa excluísse a Rússia do Mundial de 2014, que acontecerá no Brasil entre 12 de junho e 13 de julho.

“É olho por olho, bola por bola. Não deixem os EUA participarem da Copa do Mundo de 2014! Retirem-os do quadro de membros!”, declarou Sidyakin no Twitter.

Sidyakin representa o partido Rússia Unida, o maior do país, e é próximo do presidente Vladimir Putin, que já foi líder da legenda. Markelov é membro do partido Rússia Justa, embora nenhum seja visto como político proeminente no país.

Contactado pela Reuters, um porta-voz da Fifa disse que a organização não tem comentários a fazer sobre o assunto.

Reportagem de: 11.03.2014

Disponível em:
http://copadomundo.ig.com.br/2014-03-11/politicos-russos-pedem-a-fifa-que-expulse-os-estados-unidos-da-copa.html