Esquema de segurança de evento-teste olímpico é baseado em ações feitas na Copa

Segurança Copa
O planejamento de segurança para os Jogos Olímpicos ainda será montado, mas as forças de segurança já estão aproveitando o primeiro evento-teste organizado pelo Comitê Rio 2016 para avaliar as operações necessárias. Cerca de cem integrantes das polícias Marítima Federal, Civil e Militar do Rio, Rodoviária Federal, Guarda Municipal do Rio e Bombeiros estão participando das ações de segurança do Aquece Rio – Regata Internacional de Vela, na Marina da Glória, que começou no fim de semana passado e termina neste sábado (09.08).

O esquema é coordenado pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça (Sesge/MJ) e está baseado nas ações que foram desenvolvidas durante a Copa do Mundo com a integração de todas as forças de segurança. “Acho que estamos em um bom caminho para as Olimpíadas”, disse o secretário da Sesge, Andrei Rodrigues.

O Corpo de Bombeiros é o que tem o maior número de agentes: 40, com a utilização de duas lanchas, dez botes infláveis de resgate e cinco motos aquáticas (jet ski). O planejamento tem ainda 15 integrantes da Polícia Federal Marítima, que usam duas lanchas, dois botes e um jet ski e 20 embarcações da Marinha. Da unidade móvel do Centro Integrado de Comando e Controle, os agentes acompanham, por meio de câmeras, que têm um zoom de dois quilômetros e boa nitidez, todas as ações no entorno do evento. Além disso, as comunicações podem ser feitas por meio de rádio.

“Trouxemos o Centro Integrado de Comando e Controle Móvel, uma estrutura adquirida para a Copa do Mundo e que já está sendo empregada nos testes das Olimpíadas e na segurança cotidiana, onde a gente tem esse local com a presença de todas as instituições de segurança e o apoio, que a Segurança Pública sempre recebe da Defesa e da Abin [Agência Brasileira de Inteligência] na área de inteligência. Um pouco desse teste foi aplicar o conceito de integração, a utilização da estrutura, dos equipamentos e da tecnologia, permitindo a comunicação deste centro com o centro regional aqui do Rio e o nacional em Brasília”, disse.

No planejamento da Regata Internacional Aquece Rio, com a participação de 320 atletas de 34 países, as ações foram definidas para dentro e fora da água. No caso da parte molhada, como foi classificada pelos agentes as atividades na Baía de Guanabara, houve um reforço do trabalho dos Bombeiros, da Polícia Marítima Federal e da Marinha para o controle do mar territorial.

Para atender à parte seca, foram levados para o local a delegacia de Polícia Civil e o CICC móveis, e estão atuando policiais militares e da Guarda Municipal. O secretário explicou que, como neste evento-teste não se aplicam os critérios das Olimpíadas, o efetivo das instituições de segurança não foi o que deve ser adotado nos Jogos de 2016.

“Por exemplo os atletas não estão concentrados na Vila Olímpica, o meio de transporte deles é diverso, não existe uma linha específica para este deslocamento, enfim, uma dinâmica totalmente própria do evento. Então nós não temos ainda o efetivo que vamos empregar durante a operação das Olimpíadas, até porque, a partir do planejamento estratégico da construção dos planos operacionais de todas as instituições é que nós vamos definir posições, atividades e o quantitativo de todas as forças que vão operar”, esclareceu.

Reportagem de: 08.08.2014

Disponível em:
http://www.copa2014.gov.br/pt-br/noticia/esquema-de-seguranca-de-evento-teste-olimpico-e-baseado-em-acoes-feitas-na-copa

BM não receberá traje Robocop prometido para a Copa

Exoesqueleto Policia
O exoesqueleto prometido pela Secretaria Extraordinária para Grandes Eventos (Sesge), para reforçar a proteção de policiais na Copa, não chegou e nem chegará a 15 cidades do país — inclusive Porto Alegre. Em todo o Brasil, 3,7 mil trajes foram prometidos às 12 cidades-sede e a Aracaju (SE), Maceió (AL) e Vitória (ES), onde funcionaram os centros de treinamento de seleções.

Os trajes especiais — que lembram o ciborgue do filme americano Robocop e foram apelidados com o mesmo nome — deveriam ter sido entregues antes do Mundial. Ligada ao Ministério da Justiça, a Sesge alega que a empresa Centro de Treinamento de Técnicas e Táticas Especiais e Sistemas Integrados de Segurança — vencedora da licitação e com sede em Porto Alegre — descumpriu o prazo de 20 de maio, prorrogado até 10 de junho.

As polícias militares ficaram sem o equipamento e, como a Copa passou, não haverá nova licitação. Os R$ 3,3 milhões previstos não foram pagos, pois o acerto dependia do recebimento dos itens. Segundo a Sesge, a empresa foi informada, e a adoção de medidas administrativas está em estudo. A licitação foi realizada em fevereiro deste ano e teve um aditivo. Porto Alegre receberia 300 trajes para o Batalhão de Operações Especiais (BOE).

— As demandas para o emprego são as mais diversas, não só para manifestações, mas também para uso em tumultos em presídios ou reintegrações de posse — destaca o comandante do 1º BOE, tenente-coronel Alexandre Bortoluzzi.

Mesmo sem os trajes, a Brigada Militar recebeu diversos itens do kit “Padrão Fifa” prometido pelo governo federal. O material, que foi fornecido por outras empresas, incluía itens como capacetes e escudos à prova de balas, máscaras de gás e um caminhão blindado com jato d’água.

Empresa diz que importou itens da China e nega culpa por atraso

No cadastro que consta na Receita Federal, a empresa Centro de Treinamento de Técnicas e Táticas Especiais e Sistemas Integrados de Segurança (CTTE-SIS) descreve sua principal atividade como comércio varejista de artigos de uso pessoal e doméstico.

ZH foi na quinta-feira até a sede da empresa em Porto Alegre, no bairro Teresópolis, e conversou com o proprietário, o inspetor aposentado da Polícia Civil Marcos Vinícius Souza de Souza. Ele afirma que a empresa oferece cursos de treinamento policial desde 2000 e, a partir de 2012, passou a importar itens de segurança.

Souza ressalta que, a partir da licitação do governo federal, encomendou os exoesqueletos da China. Garante que os equipamentos chegaram ao Brasil dentro do prazo previsto no contrato assinado — em três carregamentos, entre os dias 6 e 10 de junho. O problema, de acordo com o empresário, foi que o processo de nacionalização da carga se estendeu até o dia 11 de julho. Souza admite que foi informado por e-mail da decisão da Sesge em relação ao descumprimento do contrato, mas ainda não encaminhou uma resposta:

— Vamos aguardar o comunicado oficial da secretaria para ver qual decisão tomar.

Questionado sobre o prejuízo por não receber o pagamento do governo federal, Souza revela que sua empresa venceu outras três licitações para distribuir o mesmo material. Duas, segundo ele, são para o Rio Grande do Sul:

— Na semana que vem, devem chegar 300 exoesqueletos para a Brigada Militar e outros 26 para o Comando Rodoviário.

Procurada na quinta-feira à noite, a Secretaria de Segurança do Estado, por meio da assessoria de imprensa, não confirmou a compra e disse que precisaria consultar o sistema, o que só poderia ser feito nesta sexta-feira.

SEM ROBOCOPA
No Brasil 3,7 mil trajes robocop apelido do exoesqueleto para proteção de policiais foram prometidos às 12 cidades-sede da Copa e a Aracaju (SE), Maceió (AL) e Vitória (ES), onde funcionaram centros de treinamento, pela Secretaria Extraordinária para Grandes Eventos (Sesge), ligada ao Ministério da Justiça. A licitação Previa 3,2 mil exoesqueletos ao preço de R$893,75 cada. Depois, um aditivo ampliou a compra para 3,7 mil trajes. Porto Alegre receberia 300 para o Batalhão de Operações Especiais. Depois do Mundial A promessa era de que os trajes ficariam como legado para as cidades. Pelo contrato, os exoesqueletos deveriam ter sido entregues até 20 de maio. O cronograma foi ampliado até 10 de junho, mas os itens não chegaram. A Sesge alegou descumprimento de contrato. O traje Era parte de um kit de segurança pública “Padrão Fifa” que incluía capacetes e escudos à prova de balas, balaclavas resistentes a chamas, granadas de efeito moral, mochilas com extintores de incêndio e até um caminhão blindado com jato d’água. Todos os itens, com exceção do traje, chegaram ao Estado. Polícias militares Como a de São Paulo exibiram os trajes robocop em protestos durante o Mundial. Mas o equipamento usado foi comprado pelo Estado, sem ajuda da União.

Reportagem de: 25.07.2014

Disponível em:
http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/copa-2014/noticia/2014/07/bm-nao-recebera-traje-robocop-prometido-para-a-copa-4559989.html

Quais lições a Copa do Mundo deixa para a Olimpíada?

Copa Rio
A Copa do Mundo no Brasil chegou ao fim sendo considerada um sucesso, segundo avaliação da Fifa, do governo brasileiro e de grande parte do público que esteve nos estádios e cidades-sede durante todo o torneio.
Apesar dos problemas na preparação para o torneio, os turistas não enfrentaram grandes problemas nos aeroportos e conseguiram curtir a “Copa das Copas”, como o governo federal intitulou o Mundial no Brasil.

Fechadas as cortinas do Maracanã no dia 13 de julho, começa agora a contagem regressiva para os Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, que terá sua cerimônia de abertura realizada no dia 5 de agosto de 2016 no mesmo estádio.
Mas o que o Brasil pode levar como lição da Copa do Mundo para a organização dos Jogos Olímpicos de 2016? A BBC Brasil preparou uma lista com alguns “aprendizados” que o país teve nesse mundial.
Prazos

Foram poucos os prazos cumpridos pelo Brasil na preparação para esta Copa. Entre os estádios que foram reformados ou construídos do zero, apenas um dos 12 ficou pronto na data inicial estipulada pela Fifa – o Castelão, em Fortaleza, que foi entregue em dezembro de 2012, com tempo suficiente para ser testado antes da Copa das Confederações.

Os dois casos de atraso mais complicados entre as arenas foram em Curitiba (Arena da Baixada) e São Paulo (Arena Corinthians), com o primeiro sendo ameaçado de “exclusão” da Copa do Mundo e o segundo – o da partida de abertura – sendo entregue somente duas semanas antes dela.
Em termos de obras de infraestrutura, o governo planejou 83 obras, entre reformas de aeroportos, investimentos de mobilidade urbana e transporte público, nas 12 cidades-sede incluídas na Matriz de Responsabilidades para a Copa.
Pelo menos 21 deles foram adiados – excluídos da Matriz – e alguns que foram mantidos não ficaram prontos – como os aeroportos de Salvador e Belo Horizonte, por exemplo, além do BRT da capital mineira (nem todas as linhas dele ficaram prontas).
Segundo informações divulgadas pelos organizadores da Rio 2016 em maio, 38% das arenas necessárias para a Olimpíada já estavam prontas (11 de 29). Outros oito ainda precisavam passar por reformas e dez estavam em construção – os caso que mais chama a atenção são os do Parque Olímpico Deodoro, onde vão acontecer as modalidades de equitação, ciclismo, pentatlo moderno, tiro, canoagem slalom, hóquei e esgrima. A construção dele começou neste mês.
A BBC questionou dezenas de brasileiros em São Paulo e no Rio de Janeiro na última semana a respeito do chamado “legado da Copa”, e eles sempre precisaram de alguns minutos para pensarem na resposta. A maioria começava dizendo: “Não houve legado.”
Um deles prosseguiu: “o chamado legado só poderia ser reconhecido se os projetos de infraestrutura que foram prometidos forem entregues”.
Nos Jogos Olímpicos a mesma coisa pode acontecer se o Rio não entregar as mudanças na cidade que o governo local está prometendo no transporte público – novas linhas do metrô e a implantação do BRT (Bus Rapid System) Transolímpica.

Planejamento

A BBC Brasil conversou com secretários de Copa de algumas cidades-sede dois meses antes do Mundial e, quando questionados sobre o porquê dos atrasos na preparação, a resposta, além das justificativas de eventuais problemas localizados, sempre tinha um ponto em comum: a “cultura de última hora” do brasileiro.
Para o Ministério do Esporte, nem todas as obras da Matriz de Responsabilidades da Copa “eram essenciais para a Copa do Mundo”.
“A maior parte dessa Matriz usa a Copa para antecipar e acelerar investimentos de infraestrutura para o país. E a maior parte de mobilidade urbana não era essencial, o resultado da Copa mostra isso, que não ficou pronto e a operação de mobilidade foi um sucesso”, disse o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, à BBC Brasil.
“Claro que nós tivemos problemas de planejamento, mas o mais importante é que a qualidade do evento foi garantida”, completou.

Acidentes
acidente fabio
Além dos problemas de planejamento, chamou a atenção o número de mortes em obras da Copa. Foram nove operários mortos nas construções de estádios (três em São Paulo, quatro em Manaus – três em acidentes e um por ataque cardíaco -, uma em Brasília, uma em Cuiabá). Outras duas pessoas morreram no acidente da queda do viaduto Guararapes em Belo Horizonte (previsto originalmente para o Mundial), já com o torneio em andamento.
Não houve registro de mortes nas obras olímpicas, mas os atrasos já chamaram a atenção do COI (Comitê Olímpico Internacional). O vice-presidente John Coates chegou a dizer que o Rio tinha “a pior preparação olímpica já vista”.
O sucesso da Copa, porém, tranquilizou um pouco o Comitê. “Estamos muito felizes que a maioria dos temores que surgiram antes da Copa não se materializaram. Recebemos relatórios estimulantes, mas temos que manter a vigilância”, declarou o presidente do COI, Thomas Bach.

Língua

Não foi muito fácil encontrar pessoas que falassem inglês ou espanhol no Brasil. Essa foi a dificuldade mais comum relatada por estrangeiros que vieram para o país durante a Copa.
Mas quando as palavras não funcionavam, o negócio era se comunicar sem elas, por meio de gestos e mímicas. E isso pareceu funcionar como uma adaptação imediata para o “problema”.
“No começo, eu achei que a língua era um problema, mas os brasileiros são tão legais que eles sempre tentam te ajudar e você consegue se virar”, disse o inglês Darren Heffernan.
A falta de conhecimento do inglês também causou alguma confusão principalmente para restaurantes que tentavam traduzir os cardápios para agradar os estrangeiros que estavam por aqui. As traduções literais de pratos típicos como “bife a cavalo”, que em alguns lugares virou horse steak (literalmente, “bife de cavalo”) ou o famoso contra-filet, que foi chamado de “against the filé” em uma tradução literal, não deram muito certo e confundiram os turistas.

Diversidade
Turistas Salvador
“Nossa sociedade é misturada em todos os sentidos – religião, raça, etnia…nós queremos mostrar o Brasil como uma nação tolerante, multicultural e que sabe recepcionar muito bem os turistas”, disse o ministro do esporte Aldo Rebelo em 2012.
Essa era a mensagem que o Brasil queria passar para o mundo como país sede da Copa do Mundo e da Olimpíada: a ideia de um país multicultural e diversificado.
Viajando pelo Brasil de Norte a Sul passando por sudeste, nordeste e centro-oeste foi fácil notar essa diversidade de culturas nas cinco regiões. Mas, para aqueles que ficaram apenas dentro dos estádios, o Brasil era um pouco diferente do descrito pelo ministro.
Uma pesquisa do Datafolha constatou no jogo entre Brasil e Chile pelas oitavas de final em Belo Horizonte que 67% do público era branco e 90% pertencia às classes A e B.
O preço alto dos ingressos foi um dos motivos disso. As entradas variaram de R$ 60 a R$ 1980, mas o número de tíquetes da categoria mais barata não foi suficiente para atender a população mais pobre.
O Brasil terá uma nova oportunidade de mostrar sua diversidade na Olimpiada. Ainda estão sendo discutidos os preços dos ingressos para os Jogos.

Protesto e polícia
Policia Descendo o Cacete
A segurança sempre foi considerada um dos grandes desafios do Brasil para sediar Copa e Olimpíada. O país tem índices de violência superiores aos das principais nações européias e precisava provar aos turistas que seria um destino seguro para quem viesse para cá.
Além disso, outra grande preocupação era com os possíveis protestos que poderiam acontecer durante o torneio – como os que aconteceram na Copa das Confederações no ano passado.
As medidas adotadas pelo governo brasileiro foram reforçar a segurança nas 12 cidades-sede e cuidar para que as eventuais manifestações não chegassem nos arredores dos estádios. Para isso, as autoridades bloquearam um raio de 2 Km em volta de cada arena e só circulariam por aquele perímetro pessoas que tivessem ingresso ou fossem credenciadas para a Copa. A iniciativa foi criticada por ativistas.
Os protestos até aconteceram durante a Copa, mas em uma escala bem menor do que os de 2013. E os poucos que aconteceram acabaram sendo reprimidos com vigor pela polícia, que tinha como objetivo manter os manifestantes longe do estádios. Principalmente em São Paulo, no dia da abertura, e no Rio de Janeiro, no dia da final, foram registradas ações fortes da policia, deixando feridos e presos.
Por outro lado, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, elogiou o esquema de segurança montado para a Copa. “Todo o trabalho de segurança que foi feito foi excelente”, comentou no dia seguinte à final do Mundial.
Com a possibilidade de mais protestos na Olimpíada, ainda não está claro qual seria a melhor a estratégia para lidar com eles.

Estruturas alternativas para receber turistas
Argentinos
A Copa do Mundo do Brasil chegou a ser chamada de “Copa do Mundo dos sul-americanos”, tamanha era a presença dos turistas vizinhos no país para os jogos do Mundial. Muitos deles, porém, vieram de carro ou em grandes caravanas organizadas de última hora, em condições mais precárias e sem dinheiro para gastar em hotéis para a estadia no Brasil.

A solução para eles foi buscar o apoio das prefeituras e governos locais. Uma caravana com mais de 4 mil chilenos, por exemplo, acampou no sambódromo do Anhembi em São Paulo às vésperas de Chile x Holanda. Só que antes disso, na passagem pelo Rio, eles chegaram a reclamar da falta de lugar na cidade onde pudessem parar os mais de mil carros que vieram com eles.
Para a final, a prefeitura do Rio liberou o Sambódromo da Sapucaí e o Terreiro do Samba para os argentinos montarem suas barracas e estacionarem seus veículos. Ainda assim, o prefeito Eduardo Paes admitiu que será preciso se preparar melhor para esquemas como esse durante a Olimpíada.
“Adoraria ver essa invasão de latinos de novo, mas vamos ter que nos preparar melhor para recebê-los”, disse.

Ingressos
Crime Ingresso
Um dos grandes “legados” da Copa do Mundo no Brasil foi desvendar a ação de uma quadrilha que vendia ingressos ilegalmente, lucrando até 200 milhões por Mundial nas últimas quatro Copas que atuou.
O esquema incluía o envolvimento de Ray Whelan, o diretor da Match, empresa contratada pela Fifa para comercializar os ingressos da Copa. Um dos acionistas da empresa, inclusive, é sobrinho do presidente da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter.
A polícia do Rio de Janeiro prender Whelan e outras 11 pessoas acusadas de estarem envolvidas na quadrilha. O delegado Fábio Barucke, chefe da operação, disse que o sistema de venda de ingressos da Fifa facilita o comércio ilegal, já que dois terços dos ingressos acabam distribuídos para parceiros comerciais e pacotes de hospitalidade, fazendo com que a entidade não tenha total controle sobre eles.
O Comitê Olímpico Rio 2016 será o responsável por determinar como será feita a venda de ingressos para a Olimpíada. A licitação para definir a empresa que tomará conta da comercialização de entradas ainda não saiu.

Reportagem de: 20.07.2014

Disponível em:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140716_wc2014_licoes_olimpiadas_rm_rb.shtml

Pai de Zuñiga teme pela segurança da família após ameaças ao jogador

Zuniga
O colombiano Zuñiga continua como vilão para a torcida brasileira após tirar Neymar da Copa do Mundo com uma forte entrada nas costas do atacante durante o jogo de quartas de final da Copa.

Zuñiga recebeu inúmeras ameaças de morte por internet e telefone, além de conviver diretamente com mensagens racistas das pessoas que o condenaram pelo episódio. E tudo isso preocupa o pai do jogador, Camilo Zuñiga, que teme inclusive pela integridade de sua família.

Durante a folga na Colômbia, o lateral-direito teve proteção policial. Mesmo assim, a família não encontra tranquilidade. “Já falamos com as autoridades. É normal, como pai, ficar preocupado. Foram mensagens malucas, grosseiras. Temo não só pelo meu filho, como também por sua filha e sua esposa”, disse Camilo em entrevista ao jornal Lance!.

O pai do jogador disse ainda que o filho não teve a intenção de lesionar o atacante do Barcelona e que espera retomar o dia a dia em breve. “Neymar já o absolveu. Meu menino não teve culpa. É totalmente contra a violência e não tem histórico de jogadas maldosas. Quem o ofende não entende nada de futebol. As lesões fazem parte do futebol. Meu filho já pediu desculpas publicamente e já se explicou. Penso que a poeira vai baixar e poderemos retomar nossa vida com tranquilidade”, completou.

Um dia após a partida, Zuñiga publicou uma mensagem de apoio a Neymar, mas negou maldade na disputa de bola, que fraturou uma vértebra do brasileiro. “Sinto pesar por essa situação, resultado de uma ação normal de jogo, na qual eu não tive má intenção, maldade ou imprudência. Admiro, respeito e considero você um dos melhores jogadores do mundo”, escreveu.

Neymar evitou crucificar o adversário, mas deixou claro que não concordou com o lance. “Não vou falar que foi maldade porque não estou na cabeça dele para saber. Mas todo mundo que entende de futebol sabe que é uma entrada não é normal. “Eu desculparia sim, não sinto ódio, não sinto nada. Ele até me ligou, pediu desculpas, Desejo que Deus abençoe, que ele tenha sucesso na carreira dele”, finalizou.

Reportagem de: 20.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/20/pai-de-zuniga-teme-pela-seguranca-da-familia-apos-ameacas-ao-jogador.htm

Ex-empresário de Denílson é pego em escuta com agente da máfia do ingresso

Policia Mafia Ingresso
O empresário do futebol Luiz Vianna está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por causa de suspeitas de ligação com a máfia do ingresso. Policiais interceptaram conversas telefônicas em que Vianna, que já foi representante do ex-jogador Denílson, trata da compra de bilhetes do Mundial com argelino Mohamadoud Lamine Fofana, acusado de ser o número 2 da quadrilha que vendia entradas da Copa.

Trechos de conversas entre Vianna e Fofana foram divulgados nesta quinta-feira (17) pelo jornal “Extra”. O empresário pergunta a Fofana o preço de ingressos da Copa e, depois, diz que informaria o valor dos ingressos a uma terceira pessoa. Isso seria um indício de que Vianna também integrava o esquema ilegal de venda de bilhetes.

Devido à suspeita, Vianna foi convocado a depor nesta quinta na 18ª DP (Delegacia de Polícia) do Rio. É lá que estão centralizadas às investigações sobre a máfia do ingresso.

Vianna compareceu à delegacia. Conversou por cerca de duas horas com policiais e depois com jornalistas. Para a imprensa, ele negou ter cometido qualquer ato ilegal.

“Eu nunca trabalhei com venda de ingressos”, afirmou. “Muitos amigos me perguntavam das entradas e eu indicava o Lamine porque ele me mostrou documentos de que era um revendedor autorizado. Eu achava que o que ele fazia era normal.”

Vianna confirmou que mantinha relações com Fofana, frequentava festas com o argelino e até o ajudou a encontrar um imóvel para que ele ficasse no Rio durante a Copa. Ele ressaltou que fez isso porque queria negociar jogadores com Fofana –o argelino também é empresário do futebol–, e não porque buscava ganhos com a venda de ingressos.

“Participei do almoço que Lamine ofereceu e convidei ex-jogadores para o evento. Eu mantinha relações com ele”, afirmou. “Eu tinha interesse de vender jogadores para ele.”

Operação Jules Rimet

A operação que descobriu o esquema foi batizada de Jules Rimet, em alusão ao nome do primeiro presidente da Fifa. Ela é resultado de pelo menos um mês de investigações da polícia e Ministério Público.

Cerca de 200 ingressos foram apreendidos na ação, além de dinheiro e máquinas para pagamento em cartão de crédito. Os bilhetes pegos pela polícia eram reservados pela Fifa a seus patrocinadores, a clientes de pacotes de hospitalidades (camarotes) e até a membros de comissões técnicas de seleções. Dez ingressos, inclusive, eram reservados as integrantes da comissão técnica da seleção brasileira.

Segundo Polícia Civil, a quadrilha vendia ingressos por até R$ 35 mil. Com isso, lucrava até R$ 1 milhão por jogo. Na Copa, o grupo poderia faturar R$ 200 milhões.

Doze pessoas já foram presas preventivamente acusadas de fazer parte da quadrilha. Entre elas, o inglês Raymond Whelan, diretor executivo da Match Services, empresa parceira da Fifa.

Novo recurso

A defesa de Whelan entrou nesta quinta com um novo pedido de soltura para o executivo. O processo tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília.

Os advogados de Whelan pedem que a prisão do inglês seja suspensa até o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) julgue um habeas corpus para o executivo. Os defensores de Whelan querem que o pedido seja avaliado de forma liminar (urgente). Se a prisão for mesmo suspensa, Whelan poderia deixar o presídio de Bangu 10.

Reportagem de: 17.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/17/ex-empresario-de-denilson-e-pego-em-escuta-com-agente-da-mafia-do-ingresso.htm

Polícia busca cinco integrantes de máfia de ingresso em SP, DF, ES e CE

Mafia do Ingresso
A Polícia Civil do Rio de Janeiro encerrou na semana passada a primeira fase das investigações sobre a máfia do ingresso. Uma nova etapa de apurações sobre as atividades da quadrilha internacional que vendia ilegalmente bilhetes da Copa já foi iniciada. Nela, policiais buscam pelo menos cinco suspeitos de colaborar com a máfia mesmo fora do Rio.

O trabalho da polícia e do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) já constatou que cinco pessoas, ainda não completamente identificadas, trabalhavam para a quadrilha em quatro Estados do país: São Paulo (duas), Espírito Santo, Ceará e Distrito Federal. Policiais, agora, tentam avançar com a investigação para prender esses suspeitos.

A própria denúncia sobre a máfia do ingresso apresentada pelo MP-RJ à Justiça já aponta a existência de ligações de membros da máfia com cambistas de outros Estados. De acordo com o documento, obtido pelo UOL Esporte, o acusado Sergio Antonio de Lima ligou para esses cinco suspeitos para negociar bilhetes.

“Sergio é extremamente experiente no ramo do cambismo possuindo contatos com outros cambistas em outros Estados”, descreve o promotor Marcos Kac, autor da denúncia. “O acusado tem ‘braços’ em São Paulo, atuando com os cambistas Regis e Levi; em Brasília, com o cambista Branco; no Espírito Santo, com o cambista Rodrigo; e no Ceará.”

Nem a polícia nem o MP-RJ sabem exatamente qual o nome completo desses suspeitos citados. Justamente por isso, Regis, Levi e outros ainda não tiveram sua prisão solicitada à Justiça. A expectativa é que, com o prosseguimento das investigações, os suspeitos sejam encontrados.

“Ainda estamos atrás informações mais suspeitos”, complementou o delegado Fabio Barucke, titular da 18ª DP (Delegacia de Polícia) do Rio, responsável pela operação Jules Rimet, que desbaratou a quadrilha.

Negociação interceptada

Foi Barucke quem liderou o trabalho para a prisão dos 12 acusados pegos durante a Jules Rimet. Antes de a operação ser deflagrada, agentes da delegacia de Barucke já haviam interceptado cerca de 50 mil ligações telefônicas entre suspeitos.

Numa das ligações interceptadas, Sergio conversa com um suspeito que fala de Fortaleza. Eles negociam ingressos da Copa que teriam sido dados pela Fifa a escola da cidade, a pedido do governo federal.

A conversa foi gravada no dia 13 de junho, um dia após o início da Copa do Mundo, com autorização da Justiça. Leia um trecho da transcrição obtida pelo UOL Esporte:

Interlocutor: As escolas daqui [de Fortaleza] ganharam 7.500 ingressos e esses ingressos que as escolas ganharam vieram para a rua. Eu vou fazer o maior esforço para vender no menor preço possível.
Sergio: Eu paguei nisso aí R$ 350. Porque você sabe que a gente não paga o preço oficial.
Interlocutor: É verdade.
Sergio: A gente paga o preço mais caro. Aí você vê o que faz aí, está bom?
Interlocutor: Está. Pode deixar.
Sergio: Falou, filhão. Estou te esperando.

Operação Jules Rimet

Na Jules Rimet, quase 200 ingressos da Copa já foram apreendidos, além de dinheiro e máquinas para pagamento em cartão de crédito. Os bilhetes pegos pela polícia eram reservados pela Fifa a seus patrocinadores, a clientes de pacotes de hospitalidades e até a membros de comissões técnicas. Dez ingressos, inclusive, eram reservados a integrantes da comissão técnica da seleção brasileira.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha vendia ingressos por até R$ 35 mil. Com isso, lucrava até R$ 1 milhão por jogo.

A polícia informou que o esquema não é novo. Ele funcionava há quatro Copas. O trabalho seria tão lucrativo que integrantes da quadrilha trabalhariam durante o torneio e depois descansariam por quatro anos até o próximo Mundial.

Todos os acusados alegam ser inocentes, inclusive, Sergio Antonio de Lima.

Reportagem de: 17.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/17/policia-busca-cinco-integrantes-de-mafia-de-ingresso-em-sp-df-es-e-ce.htm

Polícia investiga elo de máfia do ingresso com ingleses detidos em hotel

Cambistas CP
Os 12 acusados pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) de integrar a chamada máfia do ingresso da Copa do Mundo já estão presos. Isso não significa, porém, que todos os suspeitos de integrar a quadrilha internacional de venda de bilhetes do Mundial tenham sido pegos pela polícia.

Agentes da 18ª DP (Delegacia de Polícia) do Rio acreditam que outros membros do grupo ainda estejam livres. Investigam, inclusive, uma possível ligação entre o bando e outros dois estrangeiros suspeitos de cambismo que foram detidos durante o Mundial, mas liberados após pagarem fiança e comprometerem-se a não deixar o país.

De acordo com investigações, esses cambistas seriam os ingleses Roger Anthony Leigh e Desmond John Lacon. Os dois foram presos por agentes da Deat (Delegacia Especial de Apoio ao Turismo) no dia 21 do mês passado, no hotel Copacabana Palace. Junto com eles, foram apreendidos ingressos e cerca de R$ 3 mil em moeda estrangeira.

No mesmo hotel, estava hospedada a cúpula da Fifa na Copa. O executivo Raymond Whelan, apontado como chefe da máfia do ingresso, também ocupava uma suíte no local.

As investigações apontam que o acusado de ser o número 2 da quadrilha, o argelino Mohamadoud Lamine Fofana, pegava ingressos para revender com Whelan no próprio Copacabana Palace. Um escuta telefônica obtida pelo UOL Esporte, contudo, mostra que o executivo não era a única fonte de bilhetes de Fofana dentro do hotel.

Nesta escuta, Fofana conversa com uma pessoa chamada Roger sobre bilhetes do Mundial. A conversa acontece no dia 17 de junho, dias antes de Roger Anthony Leigh ser detido. A polícia suspeita que o interlocutor de Fofana ao telefone e o inglês detido sejam a mesma pessoa.

Leia trechos traduzidos da ligação entre os dois:

Roger: Você me escuta, Lamine?
Fofana: Alô, eu te escuto, Roger. Escuta: eu tenho comigo US$ 10 mil. Escute cuidadosamente: eu não quero perder dinheiro, eu não quero perder amizade, eu não quero perder nada. Eu não quero isso. Se eu não te respondi, é porque estou com um problema para resolver. Eu vou amanhã de manhã, às 8h30. Eu estarei no Copacabana Palace, ok? Com isso eu encerro a situação com você.
Roger: Você vai comprar box [tipo de bilhete vip] para Uruguai x Inglaterra?
Lamine: Escuta: tenho US$ 10 mil. Ele [pessoa não identificada] disse que trará o dinheiro antes da meia noite. Se ele me trouxer, eu compro o skybox para o Uruguai. Se não, guardo esses US$ 10 mil que ele me deu e compro outra coisa que você tenha.
Roger: Te vejo às 8h30. Não se atrase, por favor. (…) Eu estarei no Palace.
Lamine: Estarei lá. Tchau.

Investigadores da 18ª DP e da Deat já estão trocando informações devido às interceptações telefônicas. É na 18ª DP que estão centralizados os trabalhos de investigação da máfia do ingresso. Foi de lá que surgiu a Operação Jules Rimet. O delegado Fábio Barucke, titular da delegacia, já informou que vai prosseguir com a apuração sobre o cambismo na Copa.

Operação Jules Rimet

Na Jules Rimet, quase 200 ingressos da Copa já foram apreendidos, além de dinheiro e máquinas para pagamento em cartão de crédito. Os bilhetes pegos pela polícia eram reservados pela Fifa a seus patrocinadores, a clientes de pacotes de hospitalidades e até a membros de comissões técnicas. Dez ingressos, inclusive, eram reservados a integrantes da comissão técnica da seleção brasileira.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha desbaratada na operação vendia ingressos por até R$ 35 mil. Com isso, lucrava até R$ 1 milhão por jogo.

A polícia informou que o esquema não é novo. Ele funcionava há quatro Copas. O trabalho seria tão lucrativo que integrantes da quadrilha trabalhariam durante o torneio e depois descansariam por quatro anos até o próximo Mundial.

Todos os acusados alegam ser inocentes. Roger Anthony Leigh e Desmond John Lacon também. Para serem soltos após a detenção no Copacabana Palace, comprometeram-se a não deixar o país.

Reportagem de: 16.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/16/policia-investiga-elo-de-mafia-do-ingresso-com-cambistas-detidos-na-copa.htm

Empresa volta a manifestar confiança em acusado de desviar ingressos

Whelan
A Match, empresa responsável pela venda de ingressos da Copa do Mundo, voltou a se manifestar em nota oficial sobre Raymond Whelan, executivo acusado de comercializar ilegalmente entradas para jogos do Mundial.

Whalen se entregou nesta segunda-feira à Justiça do Rio de Janeiro. Ele é acusado pelo Ministério Público do RJ de chefiar a máfia de ingressos.

Na nota divulgada à imprensa, a Match volta a mostrar confiança em Whelan. “Podemos assegurar que o senhor Raymond Whelan não cometeu nenhum ato ilegal ou irregular e temos certeza de que isso será comprovado em breve pelas autoridades brasileiras”, diz trecho.

Whelan era considerado foragido desde quinta-feira (10). Na tarde daquele dia, a Justiça decretou prisão preventiva por causa de uma suposta ligação com a máfia do ingresso. O grupo, segundo a Polícia Civil, esperava faturar até R$ 200 milhões vendendo tíquetes para partidas do Mundial por preço acima do mercado.

Operação Jules Rimet

A operação que desbaratou a máfia dos ingressos foi batizada de Jules Rimet, em alusão ao nome do primeiro presidente da Fifa. Ela é resultado de mais de um mês de investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro e Ministério Público.

Na operação, quase 200 ingressos da Copa já foram apreendidos, além de dinheiro e máquinas para pagamento em cartão de crédito. Os bilhetes pegos pela polícia eram reservados pela Fifa a seus patrocinadores, a clientes de pacotes de hospitalidades e até a membros de comissões técnicas. Dez ingressos, inclusive, eram reservados a integrantes da comissão técnica da seleção brasileira.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha vendia ingressos por até R$ 35 mil. Com isso, lucrava até R$ 1 milhão por jogo.

A polícia informou que o esquema não é novo. Ele funcionava há quatro Copas. O trabalho seria tão lucrativo que integrantes da quadrilha trabalhariam durante o torneio e depois descansariam por quatro anos até o próximo Mundial.

Reportagem de: 14.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/14/empresa-volta-a-manifestar-confianca-em-acusado-de-desviar-ingressos.htm

Executivo preso recorre à Justiça e espera liberdade em 15 dias

Raymond Whelan
O diretor executivo da Match Services, Raymond Whelan, entregou-se nesta segunda-feira (14) à Justiça do Rio e está preso. Segundo a sua defesa, porém, ele já tem um pedido de habeas corpus tramitando na Justiça e espera que ele seja julgado em 15 dias. Quem avaliará o pedido é a 6ª Câmara Criminal do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio). Caso o órgão aceite o recurso de Whelan, ele será solto.

A defesa de Whelan chegou a solicitar que esse habeas corpus fosse concedido ao executivo por uma liminar (decisão provisória) na semana passada. A Justiça negou o pedido de liberdade. Agora, a câmara do TJ-RJ julgará o pedido definitivamente.

Esse julgamento está marcado para daqui a 15 dias. Existe uma chance, contudo, de ele ocorrer ainda antes do previsto, informou a assessoria de imprensa do advogado Fernando Fernandes, que representa o inglês.

Whelan é acusado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) de chefiar a máfia que comercializava ilegalmente ingressos da Copa do Mundo de 2014. A empresa para qual ele trabalha é parceira da Fifa na organização do Mundial.

O executivo entregou-se no início da tarde no próprio Tribunal de Justiça do Rio. De lá, foi levado para a Cidade da Polícia. Depois, seguiu em uma viatura para o IML (Instituto Médico Legal) para exames médicos antes de ser transferido para o Complexo Penitenciário de Bangu, onde ele ficará detido.

Antes de entregar-se, Whelan era considerado foragido. Na tarde de quinta-feira (10), a Justiça decretou prisão preventiva por causa de uma suposta ligação com a máfia do ingresso. O grupo, segundo a Polícia Civil, esperava faturar até R$ 200 milhões vendendo tíquetes para partidas do Mundial por preço acima do mercado.

Whelan estava hospedado no Copacabana Palace, junto à alta cúpula da Fifa, no momento em que teve sua prisão preventiva decretada. Minutos depois, deixou o hotel pela porta dos fundos, acompanhado do seu advogado Fernando Fernandes. Quando a polícia chegou, ele já não estava mais no hotel.

Desde então, a polícia fazia buscas para encontrar o executivo. Enquanto estava foragido foi quem ele tentou um habeas corpus por meio de uma liminar.

Preso ou em liberdade, Whelan responderá pelos crimes de cambismo, associação criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação. Ele alega ser inocente. Ao seu advogado, o diretor da Match Services disse ao se entregar: “enfim, poderei iniciar minha defesa criminal.”

A assessoria do advogado Fernando Fernandes, que representa o inglês, informou que o executivo deve apresentar sua defesa à Justiça em dez dias, por escrito.

Operação Jules Rimet

A operação que desbaratou a máfia dos ingressos foi batizada de Jules Rimet, em alusão ao nome do primeiro presidente da Fifa. Ela é resultado de mais de um mês de investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro e Ministério Público.

Na operação, quase 200 ingressos da Copa já foram apreendidos, além de dinheiro e máquinas para pagamento em cartão de crédito. Os bilhetes pegos pela polícia eram reservados pela Fifa a seus patrocinadores, a clientes de pacotes de hospitalidades e até a membros de comissões técnicas. Dez ingressos, inclusive, eram reservados a integrantes da comissão técnica da seleção brasileira.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha vendia ingressos por até R$ 35 mil. Com isso, lucrava até R$ 1 milhão por jogo.

A polícia informou que o esquema não é novo. Ele funcionava há quatro Copas. O trabalho seria tão lucrativo que integrantes da quadrilha trabalhariam durante o torneio e depois descansariam por quatro anos até o próximo Mundial.

Reportagem de: 14.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/14/executivo-preso-recorre-a-justica-e-espera-liberdade-em-15-dias.htm

Clima fica tenso entre polícia e argentinos, com 2 detidos e gás de pimenta

Argentinos Torcida
A grande concentração de argentinos na praia de Copabacana gerou um clima tenso entre a torcida do país vizinho e policiais na porta do hotel da Fifa, onde está o presidente Joseph Blatter e a cúpula da entidade. Houve bate-boca entre policiais e cerca de 200 torcedores, gás de pimenta e dois detidos.

Os argentinos cantavam no calçadão da praia e, por diversas vezes, entraram na frente dos carros na Av. Atlântica. Quando isso acontecia, cinco policiais que os vigiavam atravessavam a rua e jogavam gás de pimenta para dispersá-los.

O clima foi ficando mais tenso, e os argentinos passaram a provocar com cantos, gestos e arremessos de alguns objetos como uma garrafa de Coca-Cola. A PM pediu reforço para lidar com a situação e, quando estavam em maior número, fizeram uma barreira na frente da avenida para impedir a passagem dos torcedores.

Até que um policial retirou um argentino do meio da multidão e o deteve, o que causou grande revolta entre os companheiros. Os PMs alegavam que ele tinha uma faca, o que não era possível saber se acontecia. Um dos amigos estava mais exaltado na argumentação com os policiais, e também foi detido. Quatro homens de segurança público o seguraram e o imobilizaram no chão antes de botá-los dentro da viatura.

Sua detenção foi justificada por desacato. Ambos foram levados para a delegacia de Copacabana. Isso causou mais revolta entre os outros argentinos, o que gerou algumas discussões entre as duas partes. Mas, aos poucos, o clima foi se acalmando com a chegada de mais policiais.

Do outro lado da rua, havia um número ainda maior de policiais que cuidavam da segurança de Blatter. Esses não se mexeram de seus lugares, observando de longe a confusão.

Reportagem de: 11.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/11/clima-fica-tenso-entre-policia-e-argentinos-com-2-detidos-e-gas-de-pimenta.htm