Após ação de vândalos, Rússia inaugura terceiro estádio para Copa

Estadio Novo Russia 3
A quatro anos da Copa do Mundo, a Rússia inaugurou, nesta sexta-feira, em Moscou, seu terceiro estádio para o Mundial de 2018. Com capacidade para 45 mil torcedores, a Otkrytie Arena recebeu o amistoso entre Spartak e Estrela Vermelha, que terminou empatado por 1 a 1.
O estádio pertence ao Spartak Moscou e custou US$ 430 milhões (cerca de R$ 960 milhões). Além da Copa do Mundo, ele também será aproveitado na Copa das Confederações, em 2017.

Nesta quinta-feira, véspera da inauguração, a Otkrytie Arena sofreu uma tentativa de incêndio e de depredação. De acordo com autoridades, os vândalos fazem parte de uma torcida organizada do CSKA, principal rival do Spartak Moscou.

A Rússia planeja ter 12 sedes espalhadas em 11 cidades (Moscou teria dois estádios) durante a Copa do Mundo de 2018. No entanto, a Fifa tenta diminuir o número de estádios para dez, com o objetivo de evitar possíveis elefantes brancos.

Reportagem de: 05.09.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/09/apos-acao-de-vandalos-russia-inaugura-terceiro-estadio-para-copa.html

Federação dos EUA: “Caso Rússia não possa sediar Copa, nós a queremos”

USSF Presidente
Os norte-americanos garantem, se a Copa se realizar novamente no país, será um “evento quebrador de recordes, uma experiência inacreditável para todo o planeta”. Porém, isto não acontecerá se reformas não forem feitas no processo de escolha dos países sede atuais. A palavra é do recém-reeleito presidente da Federação dos EUA, Sunit Gulati:

– Queremos sediar a Copa novamente em algum ponto do futuro. A década de 2020 me parece ideal, mas quero ser bem claro que queremos ver mudanças no processo de escolha sendo feitas para isso – disse Gulati, falando sobre a polêmica escolha dos Mundias de 2018 e 2022, em respectivamente, Rússia e Catar.

Os Estados Unidos foram preteridos ao país arábico, que além de muito menos tradicional para o esporte, precisará construir toda uma nova estrutura de estádios e acomodações para a disputa do torneio:

– Nas próximas semanas teremos uma indicação sobre a investigação que está sendo feita no comitê ético da Fifa. Seja lá o que sair disso, acho que veremos evoluções que vai ajudar no processo de escolha de futuros eventos. A IOC (Comitê Olímpico Internacional) passou por isso, agora é hora da Fifa.

Em abril, dois senadores dos Estados Unidos tentaram tirar a Rússia do torneio realizado este ano no Brasil, devido aos acontecimentos na Ucrânia. Em contra-ataque, políticos russos pediram a exclusão dos norte-americanos da Copa, devido ao seu papel nos conflitos de Iraque, Líbia e Síria. A rusga criada no período segue aberta, e o presidente da Federação norte-americana garante: se os russos não puderem, os Estados Unidos assumem já o Mundial de 2018:

– Temos o necessário para isso, sem dúvida. As nossas instalações são provavelmente as melhores do mundo. Temos cidades por todo o país capazes de ligar o botão e sediar a Copa.

Por fim, Gulati descartou a possibilidade dos EUA quererem dividir a Copa com o Canadá, parceiros na MLS:

– As regras da entidade são muito claras quanto a este ponto. Só existem candidaturas conjuntas no caso de países que não tinham infraestrutura suficiente para sediar o torneio sozinhos.

Reportagem de: 05.09.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/09/federacao-dos-eua-caso-russia-nao-possa-sediar-copa-nos-queremos.html

Presidente da Fifa nega que Rússia possa deixar de sediar Copa de 2018

Blatter e Mutko

O presidente da Fifa, Sepp Blatter, reiterou que não há a menor chance de a Copa do Mundo de 2018 não ser disputada na Rússia. Em evento na Áustria, com Franz Beckenbauer e outras autoridades da federação de futebol alemã, o suíço foi enfático em negar que os problemas políticos que o país vive depois da ocupação da região da Crimeia, na Ucrânia, possam prejudicar a realização do Mundial:

– Não há a menor dúvida sobre a Copa do Mundo ser disputada na Rússia. Nossa posição é que temos total confiança nos organizadores tanto de 2018, quanto de 2022.

O dirigente máximo da entidade teve apoio do presidente da federação da Alemanha, a DFB, Wolfgang Niersbach:

– Tentar usar a política para influenciar em decisões do esporte já falhou no passado. Não ouvimos seriamente nenhum boato que tivesse a palavra ‘boicote’ no meio.

Na última semana, o presidente russo Vladimir Putin expressou certa apreensão com as informações na mídia europeia de que o Mundial poderia deixar seu país por problemas políticos:

– Espero que não! A Fifa já disse anteriormente que futebol e esporte estão de fora da política, e considero que isso é o melhor a se fazer – concluiu.

Em abril, dois senadores dos Estados Unidos tentaram tirar a Rússia do torneio realizado este ano no Brasil, devido aos acontecimentos na Ucrânia. Em contra-ataque, políticos russos pediram a exclusão dos norte-americanos da Copa, devido ao seu papel nos conflitos de Iraque, Líbia e Síria. O Mundial de 2018 contará com 12 estádios em 11 cidades, dois deles na capital Moscou.

Reportagem de: 05.09.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/09/presidente-da-fifa-nega-que-russia-possa-deixar-de-sediar-copa-de-2018.html

Rússia inaugura estádio em Moscou que receberá jogos da Copa de 2018

Estadio Russo
O presidente russo, Vladimir Putin, inaugurou nesta quarta-feira mais um estádio para a Copa do Mundo de 2018, a Arena Otkrytie, em Moscou. O local será casa do Spartak Moscou e, segundo a agência “Reuters”, levou sete anos para ser concluído ao custo de cerca de US$ 415,7 milhões de dólares (ou R$ 940 milhões).

Com obras iniciadas antes mesmo de a Rússia ser escolhida sede da Copa, em 2010, o estádio terá capacidade para 45 mil pessoas e, além dos jogos do Mundial, receberia também a Copa das Confederações.

-Este estádio está de acordo para um dos mais amados clubes da Rússia. A construção de estádios esportivos como este ajuda a estimular o desenvolvimento no país – disse Putin, durante a inauguração.
Após o Estádio Olímpico Fisht, em Sochi, e a Arena Kazan, de cidade que leva o mesmo nome, a Arena Otkrytie foi a terceira arena inaugurada para o Mundial da Rússia.
A Rússia planeja ter 12 sedes espalhadas em 11 cidades (Moscou teria dois estádios) durante a Copa do Mundo de 2018. No entanto, a Fifa planeja diminuir o número de estádios para dez, com o objetivo de evitar possíveis elefantes brancos.

Reportagem de: 27.08.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/08/russia-inaugura-estadio-em-moscou-que-recebera-jogos-da-copa-de-2018.html

Alemães querem tirar Copa do Mundo de 2018 da Rússia

Al Bayt
Os conflitos registrados no Leste da Ucrânia, na fronteira com a Rússia, fizeram com que um grupo de políticos alemães e o presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Wolfgang Niersbach, defendessem a mudança da sede da Copa do Mundo de 2018 da Rússia para a Alemanha. Eles defendem que a situação política envolvendo russos e ucranianos representa um alto risco.

— Observamos com muita preocupação o desenvolvimento político na Rússia, algo que não era previsível quando se tomou a decisão de entregar ao país a tarefa de organizar a Copa de 2018 — disse Niersbach ao diário alemão “Bild”.

Já Karl-Georg Wellman, especialista em política exterior do partido União Democrata Cristã (CDU), o mesmo da chanceler Angela Merkel, reforçou o discurso do presidente da federação. Ele foi além e disse que seria justo que a Alemanha, como campeã mundial, recebesse a próxima Copa do Mundo.

— Naturalmente a Alemanha seria, como campeã mundial, a alternativa adequada para celebrar a Copa do Mundo. O melhor seria realizá-la em parceria com Polônia e Ucrânia, que também possuem estádios modernos — disse o político.

Também dentro do Partido Social-Democrata Alemão (SPD), que faz parte do governo Merkel, disse estar de acordo com a possibilidade da Alemanha receber a Copa de 2018.

— A Alemanha está preparada para uma situação da Fifa decidir tirar o Mundial da Rússia — disse a porta-voz do partido, Michaela Heite.

A escolha pela Rússia como sede da Copa do Mundo de 2018 ocorreu durante polêmico processo, o mesmo que garantiu o Catar como sede do Mundial em 2022 — os Estados Unidos já manifestaram o interesse em receber a Copa caso o país do Oriente Médio seja descartado.

Reportagem de: 24.07.2014

Disponível em:
http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/copa-2014/noticia/2014/07/alemaes-querem-tirar-copa-do-mundo-de-2018-da-russia-4559014.html

Federação garante permanência de Capello na seleção russa até a Copa de 2018

Fabio Capello
O técnico da seleção russa, Fabio Capello, anunciou nesta quarta-feira que seguirá no cargo até a Copa do Mundo de 2018, que será disputada na Rússia. O italiano confirmou a permanência após uma reunião com dirigentes da federação russa.

O fraco desempenho na Copa do Mundo – em que a Rússia somou apenas dois pontos e acabou eliminada na primeira fase do grupo que tinha Bélgica, Argélia e Coreia do Sul – não foi suficiente para reduzir a confiança dos russos no trabalho de Capello, e sua demissão sequer foi cogitada, segundo Nikolai Tolstykh, presidente da federação.

“O Capello tem contrato com a federação e continuará seu trabalho como treinador da seleção. Nenhum executivo do comitê levantou essa questão (da demissão)”, disse Tolstykh.

O novo contrato de Capello, com duração até a Copa de 2018, foi assinado em janeiro. Antes do Mundial na Rússia, o treinador tentará garantir uma vaga na Eurocopa de 2016, que será disputada na França.

Reportagem de: 31.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.ig.com.br/2014-07-30/federacao-garante-permanencia-de-capello-na-selecao-russa-ate-a-copa-de-2018.html

Em comunicado, Fifa diz: “Copa na Rússia pode ser força para o bem”

Luzhniki
A Fifa emitiu um comunicado nesta sexta-feira para retificar o apoio à Rússia como sede da próxima edição da Copa do Mundo. O país vem sofrendo críticas de diversos setores, sobretudo, após o início da crise política com a Ucrânia. Além disso, é investigado pela própria Fifa por conta de uma suspeita de compra de votos no processo de escolha para receber o Mundial de 2018.
– Vimos que a Copa do Mundo pode ser uma força para o bem, e a Fifa acredita que esse será o caso da edição de 2018 na Rússia – dizia parte do comunicado.

Um dia antes de a Fifa divulgar o comunicado, o presidente da Federação Alemã de Futebol (DBF), Wolfgang Niersbach, disse que a Rússia não tem condições de sediar a próxima Copa e até se colocou à disposição para substitui-la.
– Observa-se com uma grande preocupação essa crise política na Rússia, o que não era previsível quando a decisão foi tomada em dezembro de 2010. Naturalmente a Alemanha seria, como campeã mundial, a alternativa adequada para celebrar o Mundial. Seria melhor fazer a Copa em cooperação com a Polônia e com a Ucrânia, que também têm estádios de futebol modernos. – disse Niersbach, em entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal alemão “Bild”.
Confira o comunicado na íntegra
“Na qualidade de entidade diretora mundial do futebol, a Fifa assume a responsabilidade de administrar o esporte com seriedade e apoia todo e qualquer debate pacífico e democrático. A Fifa deplora qualquer forma de violência e continuará usando os seus torneios para promover o diálogo, a compreensão e a paz entre os povos.

Até o momento, a história mostra que o boicote a eventos esportivos e uma política de isolamento ou confronto não são as maneiras mais eficazes para solucionar problemas. A organização da Copa do Mundo, com a atenção internacional que ela atrai, pode ser um poderoso catalisador para o diálogo construtivo entre povos e governos, ajudando a trazer avanços sociais. A Copa do Mundo une equipes e nações de todo o planeta, desde as eliminatórias até a competição em si, num espírito de fair play e respeito.

A Fifa está convencida de que, por meio do futebol, especialmente da Copa do Mundo e da sua notoriedade internacional, podemos alcançar mudanças positivas no mundo. No entanto, o futebol não pode ser visto como solução para todas as questões, em particular daquelas relacionadas à política mundial. Vimos que a Copa do Mundo pode ser uma força para o bem, e a Fifa acredita que esse será o caso da edição de 2018 na Rússia.”

Reportagem de: 25.07.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/07/em-comunicado-fifa-diz-copa-na-russia-pode-ser-forca-para-o-bem.html

Alemães cogitam tirar a Copa de 2018 da Rússia devido à crise na Ucrânia

Wolfgang Niersbach
A Alemanha pretende levar a Copa do Mundo de 2018 da Rússia. Foi o que disse o presidente da Federação Alemã de Futebol (DBF), Wolfgang Niersbach, em entrevista na qual diz que o país do leste europeu não tem condições de sediar o próximo Mundial. A razão é o conflito político que os russos vivem com a vizinha Ucrânia.
– Se observa com uma grande preocupação essa crise política na Rússia, o que não era previsível quando a decisão foi tomada em dezembro de 2010 – disse Niersbach, em entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal alemão “Bild”, citando a data de escolha pela Rússia.
O dirigente, inclusive, colocou a Alemanha, sede da Copa de 2006 e atual campeã mundial, à disposição para receber o próximo Mundial.

– Naturalmente a Alemanha seria, como campeã mundial, a alternativa adequada para celebrar o Mundial. Seria melhor fazer a Copa em cooperação com a Polônia e com a Ucrânia, que também têm estádios de futebol modernos.
As críticas à organização russa têm espaço em outros setores na Alemanha. Karl-Georg Wellmann, especialista em política externa da União Cristã-Democrata (CDU, nas siglas em alemão) da chanceler Angela Merkel, também concorda que a Rússia não poderia receber o torneio na atual conjuntura.
– Não podemos conceder a Copa do Mundo a um país que está em guerra com outro – disse Wellmann.
Rússia e Ucrânia vivem uma crise política desde o início do ano por conta de disputas territoriais. O conflito foi agravado justamente durante os Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, em fevereiro, e neste momento, existe a suspeita de que separatistas ucranianos pró-Rússia tenham derrubado um avião civil.

Reportagem de: 24.07.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/07/alemaes-cogitam-tirar-copa-de-2018-da-russia-devido-crise-na-ucrania.html

Após denúncias, Blatter se reúne pela primeira vez com autoridade do Qatar

Blatter e Russo
O presidente da Fifa Joseph Blatter se encontrou nesta quarta-feira (23) com o emir do Qatar, Sheikh Tamim Bin Hamad Al Thani. É a primeira vez que o presidente da Fifa se reúne com autoridades do país após escândalos de corrupção e violação aos direitos trabalhistas do país-sede da Copa do Mundo de 2022.

Segundo a própria Fifa, os dois trataram de assuntos relacionados à preparação do país para sediar a Copa do Mundo de 2022 e aos direitos trabalhistas para assegurar o bem estar dos imigrantes que trabalham no país nos preparativos para o Mundial.

“Estou bastante feliz por encontrar hoje a maior autoridade política do país. Foi ótimo ver ele e o comprometimento do Qatar com o Mundial de 2022 para atingir uma positiva mudança social e promover a sede. O Qatar leva a sério a Copa”, disse Blatter ao site da Fifa.

A escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022 é polêmica. A Fifa chegou a ser investigada por corrupção na votação da escolha do país sede do Mundial.

Além disso, o Qatar chamou a atenção do mundo pelo alto número de operários mortos em obras de infraestrutura relativas à competição. Foram mais de 900 operários imigrantes mortos em construções.

Reportagem de: 23.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/23/apos-reuniao-no-qatar-blatter-preve-mudanca-social-no-pais-com-copa.htm

Copa na Rússia deve custar o triplo de torneio no Brasil

Implosao do Olimpico
A Copa do Mundo de 2018, na Rússia, deve custar mais de três vezes a do Brasil e ser a Copa mais cara da história.

No Brasil, o orçamento da Copa ficou em cerca de R$ 26 bilhões. Na Rússia, a previsão atual é de quase R$ 90 bilhões (US$ 40 bilhões), segundo o ministro russo dos Esportes, Vitaly Mutko.

Além dos altos custos, a Rússia enfrenta tensões com outros países e pode sofrer com estádios sem público, racismo e violência no futebol.

Ainda não é possível dizer se as questões políticas – problemas na fronteira com a Ucrânia e a relação de Putin com o Ocidente, que se deteriorou ainda mais após a queda do voo MH17 – terão impacto sobre a realização do torneio.

Mas as insatisfações internas crescem à medida em que os custos aumentam. A previsão de gastos para as 11 cidades-sede já dobrou: antes, era de US$ 19 bilhões (cerca de R$ 42 bilhões).

Críticos também destacam que a capacidade mínima para estádios de Copa do Mundo é de 45 mil lugares, enquanto a média de público do campeonato russo é de 11,5 mil.

“Estádios têm uma função, mas eles não devem ficar vazios”, disse Nikolay Levshits, ativista em Moscou.

“Os custos de construção podem ser reduzidos com investimento privado e patrocinadores. Eu apoio a Copa do Mundo na Rússia, mas não às custas de retirar dinheiro de escolas, hospitais ou do bolso dos aposentados.”

Gastos Copas e Olimpíadas
Copa na Rússia 2018
US$ 40 bilhões

Copa no Brasil 2014
US$ 11,6 bilhões**
Sochi 2014
US$ 51 bilhões

Pequim 2008
US$ 43 bilhões
Rio 2016
US$ 14,4 bilhões*

Londres 2012
US$ 13,9 bilhões
Vancouver 2010
US$ 7 bilhões

* Valores de 2009. ** R$ 25,6 bilhões. Câmbio de julho de 2014.
Exemplo do Brasil

O jornalista russo Igor Rabiner diz que os organizadores russos precisam aprender com o exemplo do Brasil. “Quanto mais confortável é o estádio, mais as pessoas vão aos jogos”, diz.

“Mas uma cidade como Saransk (uma das cidades-sede da Copa de 2018, com uma população de 300 mil habitantes) realmente não precisa de uma arena de 40 mil assentos.”

“Por isso, precisamos seguir o exemplo de Arena Corinthians em São Paulo, onde algumas arquibancadas serão parcialmente desmontadas após a Copa.”

A Copa do Mundo será o segundo grande evento esportivo que Rússia sediará em quatro anos, após os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi neste ano.

Os custos das Olimpíadas de Inverno, sozinhos, superaram os gastos previstos da Copa e das Olimpíadas de 2016 no Brasil. A tocha olímpica chegou a ser enviada ao Pólo Norte e ao espaço.

Apesar dos enormes custos envolvidos, Levshits, um participante ativo em manifestações da oposição, diz que não espera ver protestos como os que ocorreram no Brasil antes do Mundial e, em menor escala, também durante.

“Esse tipo de protesto, aqui, prejudicaria aqueles que participam, pois a TV estatal tentaria retratar os manifestantes como pessoas que tentar estragar uma festa do esporte”, diz ele.

“Só podemos expressar nossas preocupações ou oposição por meio de um esforço de compartilhamento de informações calmo e razoável.”

Racismo

Na final da Copa no Maracanã, no dia 13, o presidente russo, Vladimir Putin, disse esperar que a Copa ajude a Rússia a combater o racismo, um dos maiores problemas enfrentados pelo país nos preparativos para o Mundial.

“O presidente (da Fifa, Joseph) Blatter faz um esforço pessoal para lidar com as questões sociais e esperamos que os preparativos para a Copa do Mundo na Rússia também contribuam para causas como a luta contra as drogas, racismo e outros desafios que enfrentamos hoje “, disse Putin.

O ex-lateral brasileiro Roberto Carlos e seu ex-colega no clube russo Anzhi Makhachkala, o congolês Christopher Samba, assim como o meia marfinense do Manchester City Yaya Touré estão entre os que sofreram ataques racistas na Rússia nos últimos anos.

Vandalismo e violência nos estádios também são grandes problemas do país, com torcedores que entram em conflito com a polícia e atrapalham os jogos.

O Zenit – um dos maiores da liga russa – foi punido em maio depois que seus fãs invadiram o campo durante um jogo em São Petersburgo contra o Dynamo de Moscou. O capitão do Dynamo, Vladimir Granat, levou um soco na cabeça de um torcedor do Zenit.

O clube foi obrigado a jogar seus próximos dois jogos em casa a portas fechadas e multado em US$ 28 mil.

O jornalista Igor Rabiner, do site de futebol russo Championat, diz que as autoridades precisam lançar uma campanha contra o racismo e o vandalismo ao longo dos próximos quatro anos para evitar que essas cenas se repitam na Copa.

“Hooligans na Rússia sempre ficam impunes”, diz ele. “Eu não entendo como alguém não é processado por bater em um jogador em campo.”

“Mais importante, isso incentiva outros a repetir esse tipo de comportamento.”

Desde que a Rússia foi escolhida para sediar a Copa, em dezembro de 2010, nenhuma das 12 arenas teve futebol de grande importância no cenário mundial. Os estádios em Kazan, Sochi e Moscou devem ser inaugurados em breve. Um dos dois estádios da capital – a nova casa do Spartak Moscou – deve ser aberto no dia 5 de setembro.

O segundo estádio da capital, o Luzhniki – que vai sediar a final – está passando por uma enorme reforma e foi fechado após sediar o Campeonato Mundial de Atletismo de 2013.

“Blatter faz um esforço pessoal para lidar com as questões sociais e esperamos que os preparativos para a Copa do Mundo na Rússia também contribuam para causas como a luta contra as drogas, racismo e outros desafios que enfrentamos hoje.”

Vladimir Putin, presidente da Rússia

Também foram prometidas melhorias em aeroportos, estações de trem e novos hotéis nas 11 cidades-sede. Espera-se que, como aconteceu com os Jogos Olímpicos de Inverno, os custos sejam pagos por fundos estatais e investidores privados.

Menos sedes

Moscou, São Petersburgo, Sochi e Kazan também irão sediar a Copa das Confederações em 2017, e a infraestrutura nessas cidades já é melhor do que nas outras sete.

O governo russo só escolheu em março deste ano as empreiteiras para a construção de estádios em outros sete locais: Nizhny Novgorod, Volgogrado, Samara, Yekaterinburg, Kaliningrado, Saransk e Rostov.

Joseph Blatter disse na semana passada, no Brasil, que a Fifa ainda pode decidir reduzir o número de estádios na Rússia de 12 para 10. Isso pode acontecer, principalmente, devido a preocupações sobre os prazos de construção e a futura utilização dos estádios.

Os comentários vêm causando confusão na Rússia: o governo russo disse logo em seguida que era muito cedo para falar sobre alterações nas cidades-sede. Uma delegação da Fifa vai visitar a Rússia em setembro para discutir os planos com os organizadores locais.

Quanto à segurança, Rabiner diz que o Brasil mostrou que é possível organizar um torneio seguro mesmo em um país com uma elevada taxa de criminalidade. O desafio, segundo ele, é a mudança de atitude.

“A Rússia é um país bastante fechado e não muito multicultural, por isso precisamos aprender muito. Os russos deve ser amigáveis e hospitaleiros com pessoas de todas as raças e etnias.”

*Colaborou Stephen Fottrell.

Reportagem de: 24.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/bbc/2014/07/24/copa-na-russia-deve-custar-o-triplo-de-torneio-no-brasil.htm