Advogado pretende processar a Fifa pela derrota da Colômbia para o Brasil

Gol Yepes
A eliminação para o Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo ainda rende revolta na Colômbia. Tanto é que, segundo os jornais do país vizinho “El Tiempo” e “El Universal”, o advogado Aurelio Jiménez pretende processar a Fifa em nada menos que € 1 bilhão (pouco mais de R$ 3 bilhões) pela derrota para a seleção de Felipão. A razão disso foram os erros de arbitragem do espanhol Velasco Carballo no duelo.
São duas reclamações em especial: os colombianos acreditam que o juiz errou ao invalidar um gol legitimo de Mario Yepes na segunda etapa (veja no melhores momentos acima) e ainda deu um cartão amarelo injustificado para James Rodríguez.
De acordo com o “El Universal”, o processo alega que houve “clara negligência na arbitragem em geral e, em particular, teve dolo por parte do árbitro Velasco Carvalho no jogo entre Brasil e Colômbia”. Além disso, reclama que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, teria aprovado a “desastrosa arbitragem”.
Inclusive, de acordo com a imprensa espanhola, o novo reforço do Real Madrid será chamado pelo advogado, que lidera um movimento denominado “indignados contra a Fifa”, como testemunha. Até mesmo Pelé e outros jogadores da seleção colombiana como Yepes e o goleiro David Ospina também seriam chamados.

Reportagem de: 14.08.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/08/advogado-pretende-processar-fifa-pela-derrota-da-colombia-para-o-brasil.html

Colombiano alega erros do árbitro na Copa e pede indenização de R$ 3 bi

David Luiz e James
O advogado Aurelio Jimenez sentiu-se prejudicado ao ver a eliminação da Colômbia na Copa do Mundo. O nervosismo da partida fez com que o homem, de 74 anos, passasse mal e fosse levado para o hospital. Por conta disso, a família do colombiano decidiu processar a Fifa e pedir uma indenização de € 1 bilhão (R$ 3 milhões) pelo ocorrido.
O torcedor alega que os erros do árbitro Carlos Velasco Carballo durante o confronto entre Brasil e Colômbia, em Fortaleza, causaram-lhe angústia e nervosismo. Por isso, o advogado foi levado ao hospital com problemas no coração. Na partida, a Seleção venceu os rivais por 2 a 1 – Thiago Silva e David Luiz fizeram os gols. James Rodríguez descontou. O juiz ainda anulou um gol marcado pelo zagueiro Yepes.
– Eu me senti muito mal, eu estava com o coração partido e o meu ritmo cardíaco ficou alterado. Meus parentes me levaram para a emergência do hospital. Eu estava cercado por meus netos que choravam muito. Decidi processar Fifa no sistema judiciário colombiano por conta disso – disse Jimenez, em entrevista à BBC World Service.
De acordo com Jimenez, ele colheu depoimentos de estrelas do futebol, entre elas Pelé, Diego Maradona, David Ospina e James Rodriguez. Além disso, o advogado ainda ouviu árbitros internacionais, que examinaram o vídeo do confronto entre Brasil e Colômbia.
Caso vença a ação na Justiça, Jimenez afirmou que vai doar todo o dinheiro para o programa do governo que apoia crianças carentes na Colômbia.

Reportagem de: 15.08.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2014/08/colombiano-alega-erros-do-arbitro-na-copa-e-pede-indenizacao-de-r-3-bi.html

Advogado crê em redução de pena a Suárez na Suíça: “Bode expiatório”

Luiz Suares
Responsável por defender o atacante Luis Suárez perante o Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça, nesta sexta-feira, o advogado brasileiro Daniel Cravo acredita na possibilidade de se diminuir a pena aplicada ao jogador pela Fifa – Luisito foi punido com quatro meses de suspensão de quaisquer atividades relacionadas ao futebol e recebeu um gancho de nove partidas oficiais com a seleção uruguaia, após morder o zagueiro italiano Chiellini, na Copa do Mundo, em partida contra a Itália.
Em entrevista ao “Redação SporTV”, Cravo afirmou que uma de suas principais linhas de defesa é a de que a pena aplicada a Suárez foi excessiva. Para isso, ele citou os casos de punição a Leonardo e Tassoti, na Copa de 1994, e Zidane, em 2006. O advogado acredita que as consequências das agressões naqueles casos foram muito mais graves que a de Luisito.
– Ninguém pode defender que o ato não é censurável. Isso foi reconhecido por ele. O que se busca é uma atenuação da pena, vendo outros precedentes em que se constatam gravidade muitíssimo maior. São os casos do Tassoti, do Leonardo e do Zidane. Se entende que se aplicou uma pena muito excessiva. Vendo a punição, sendo muito extrema, penso se talvez o tenham usado como bode expiatório – disse.

Cravo admitiu que o fato de Suárez já ter sido suspenso duas vezes por morder outros adversários é um ponto polêmico, mas disse não acreditar que a reincidência pese contra o uruguaio. O advogado citou o caso de Pepe, da seleção portuguesa, que foi punido com apenas um jogo de suspensão por agredir o alemão Müller, sendo que seu histórico é marcado por lances similares.
– Ninguém pode contestar que causa uma predisposição a punir bem o atleta que faz isso pela terceira vez. Mas, como advogado, não encaro o termo reincidência de forma coloquial. É um conceito técnico. No caso do Suárez, os casos que faz quatro anos e mais de um ano. É um ponto muito discutido no processo. Mas faço uma provocação. As mordidas são horríveis, mas não tiveram consequências, não se tirou pedaço de orelha. É diferente, por exemplo, do Pepe, que deu uma cabeçada no Müller. Ele havia tomado dez partidas na Espanha por pisar em alguém que estava no chão, e a Fifa não levou em consideração o histórico.
Ex-advogado do Internacional, Cravo representa a federação uruguaia de futebol, que entrou com o recurso no TAS contra a pena aplicada pela Fifa. Ele afirmou que o resultado deve ser divulgado nos próximos dez dias. O procedimento de contestação por parte de Suárez ocorre de forma rápida, segundo Cravo.

Reportagem de: 08.08.2014

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http://sportv.globo.com/site/programas/redacao-sportv/noticia/2014/08/advogado-de-suarez-cre-em-reducao-de-pena-ve-possivel-bode-expiatorio.html

Acusado de integrar máfia de ingressos, inglês é solto no Rio

Raymond Whelan
O executivo inglês Raymond Whelan, apontado pela polícia civil do Rio como integrante de uma máfia de cambistas que age em Copas do Mundo, deixou às 14h40 o complexo penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira. Ele estava preso desde o dia 14 de julho.

A saída de Whelan ocorre menos de 24 horas depois da liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. O ministro argumentou que o inglês não deveria ser preso antes do julgamento. Ele escreveu que a regra é apurar para, selada a culpa, prender.

O executivo é responsável pela Match Services, empresa licenciada pela Fifa para a venda de ingressos. Na mesma investigação, o argelino Mohamed Lamine Fofana e outras nove pessoas também foram denunciadas e permanecem presas.

Esta é a segunda vez que o inglês consegue um habeas corpus. Na primeira vez que foi detido, em 7 de julho, ele passou menos de doze horas na prisão.

Depois de ter a prisão preventiva decretada, passou a ser considerado foragido da Justiça ao deixar o Hotel Copacabana Palace, onde estava hospedado. O executivo saiu por uma portaria destinada a funcionários, acompanhado do advogado, Fernando Fernandes.

No dia 14 de julho, ele se apresentou ao Tribunal de Justiça do Rio e foi levado para Bangu.

Defesa

O advogado de Raymond Whelan, Fernando Fernandes, disse em nota que o habeas corpus prova que a prisão de Whelan é ilegal e portanto a saída dele do hotel não pode ser considerada fuga. Fernandes afirmou ainda que vai pedir o arquivamento das denúncias contra o executivo.

Para o Ministério Público, o entendimento é que mesmo com o habeas corpus a prisão do inglês foi legal e que nada impede o andamento das investigações.

– As investigações continuam, independente da soltura do Whelan. Nós iremos provar judicialmente todas as acusações que foram formuladas com a competente ação penal -, afirmou o promotor Marcos Kac.

Reportagem de: 07.08.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/08/acusado-de-integrar-mafia-de-ingressos-ingles-e-solto-no-rio.html

Ministro do STF concede liminar que liberta o executivo Raymond Whelan

Whelan
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, concedeu uma liminar na tarde desta terça-feira que liberta o executivo Raymond Whelan. Ele estava preso desde 14 de julho no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio, suspeito de integrar máfia internacional de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo.
Após Raymond Whelan ser solto, a defesa disse que irá se dedicar agora ao arquivamento das acusações e disse entender que, com a decisão, o STF reconheceu seus argumentos contra a prisão de Raymond Whelan.
– O ministro demonstrou que, mais do que a capacidade de organizar uma Copa do Mundo, temos uma Constituição, que deve ser respeitada e cumprida – diz o advogado Fernando Fernandes.

O inglês Raymond Whelan, de 64 anos, foi detido durante a Operação Jules Rimet, que resultou na prisão de 12 pessoas ao todo. Ele é consultor executivo da Match Services, empresa que tem contrato com a Fifa para comercialização de bilhetes do Mundial até 2023.
Segundo a investigação, o esquema funcionava há quatro Copas. Lotes de ingressos eram vendidos por valores que variavam entre R$ 500 mil e R$ 700 mil – com uma margem de lucro de até 1000%.

Reportagem de: 07.08.2014

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http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/08/stf-concede-liminar-que-liberta-o-executivo-raymond-whelan.html

COL assumirá reparos em danos causados pela Fifa na Arena Amazônia

Arena da Amazonia
Na última semana, a Fundação Vila Olímpica (FVO), órgão do Governo do Amazonas que administra a Arena Amazônia – Vivaldo Lima, revelou que o estádio foi deixado pela Fifa (que o gerenciou durante a Copa do Mundo) com muitos danos, principalmente com camarotes deteriorados e sem o banco de reservas do campo.

Segundo diretor-presidente da Vila Olímpica, a notícia causou certa chateação por parte da Fifa e, dias após, o Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo entrou em contado e garantiu que pagará todos os danos e que dará um banco de reservas novo.
– A notícia deu uma repercussão um pouco ruim para eles, mas para nós foi boa porque teremos tudo reparado. Mas agora está tudo na santa paz. Eles (COL) conversaram conosco e garantiram que vão reparar tudo. Não vai ficar nada pendente. Em relação ao banco de reservas, eles vão dar um novo. Nos explicaram que o antigo era fabricado no Japão e por isso levaram, porque é complicado fazer a nacionalização – explicou Aly Almeida.

O diretor-presidente da FVO participou nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, de reunião com o COL e Fifa. O encontro era para as cidades-sede da Copa do Mundo entregarem os relatórios de como foi a competição em cada local.
A Arena Amazônia recebeu quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo: Inglaterra 1 x 2 Itália, Croácia 4 x 0 Camarões, Estados Unidos 2 x 2 Portugal e Suíça 3 x 0 Honduras.
Após o Mundial, o estádio, que custou R$ 605 milhões, de acordo com o Estado, ainda não recebeu nenhum evento. Por enquanto tem shows agendados para setembro e a partida entre Oeste e Vasco, pela Série B do Brasileirão.

Reportagem de: 31.07.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/am/noticia/2014/07/col-assumira-reparos-em-danos-causados-pela-fifa-na-arena-amazonia.html

Governo do AM cobrará Fifa por danos causados à Arena Amazônia

Arena da Amazonia
Após quatro jogos da Copa do Mundo, em junho, a Arena Amazônia foi devolvida pela Fifa ao Governo do Estado na primeira semana de julho. Porém, de acordo com a Fundação Vila Olímpica, órgão que administra o estádio, o local foi entregue diferente do esperado, com danos e praticamente sem legado.
Apesar de não liberar para imagens, o administrador da arena, Ali Almeida, adianta que os setores mais danificados foram os camarotes, entregues com furos nas paredes, tomadas e luminárias arrancadas.
– A Fifa, no dia 29 deste mês, no Rio Center, das 14h às 17h, ela tem uma reunião com as 12 sedes. E lá, será tratado do legado, documento da Fifa que deixaria em cada estádio desse, se realmente ela cumpriu com isso. De antemão, aqui em Manaus ela não cumpriu com nada. Tudo que estava escrito sobre legado ela não deixou. E também sobre alguns danos que durante a desmontagem das coisas da Fifa eles causaram no estádio – disse.

Ali almeida afirma ainda que o relatório com o total de danos já tem mais de 100 páginas. Ele ressalta ainda que, além dos reparos, a administração cobrará melhorias que deveriam permanecer no estádio como banco de reservas, que foi levado pela Fifa após o Mundial.
A Arena Amazônia recebeu quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo: Inglaterra 1 x 2 Itália, Croácia 4 x 0 Camarões, Estados Unidos 2 x 2 Portugal e Suíça 3 x 0 Honduras.
Após o Mundial, o estádio, que custou R$ 605 milhões, de acordo com o Estado, ainda não recebeu nenhum evento. Por enquanto tem shows agendados para setembro e a partida entre Oeste e Vasco, pela Série B do Brasileirão.
* Com informações de Rafael Campos, repórter da TV Amazonas (afiliada da Rede Globo)

Reportagem de: 27.07.2014

Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/am/noticia/2014/07/governo-do-amazonas-cobrara-danos-causados-pela-fifa-arena-amazonia.html

Governo respeita opinião da FMF, mas mantém concessão da Arena Pantanal

arena amazonia
A FMF (Federação Mato-grossense de Futebol) demonstrou sua opinião sobre a concessão da Arena Pantanal: é veementemente contra entregar o estádio à iniciativa privada. Mesmo com as críticas, o Governo de Mato Grosso mantém sua posição e prepara as primeiras audiências públicas para alinhar os detalhes de como será feita a licitação.

– Estamos em um processo, que é longo e demorado. Respeitamos a opinião da FMF, eles tem o direito de se posicionar sobre isso. Queremos resguardar esse patrimônio para o futebol local. Ficamos orgulhosos de ver tantos mato-grossenses no estádio. Independentemente de concessão ou não, queremos ressaltar que ela não será um elefante branco – disse Maurício Guimarães, secretário extraordinário da Secopa-MT.

Ele voltou a dizer que uma das cláusulas da concessão será conceder benefícios aos clubes locais para jogarem nela.

– Será uma imposição do governo. Uma cláusula pétrea. É um direito dos times de Mato Grosso terem condições de jogar nela, nem que o poder público tenha que subsidiar isso. A Arena Pantanal é o indutor do futebol mato-grossense. É um patrimônio grande, que precisa gerar receitar. O poder público mostrou ao longo do tempo, que não é competente para isso.

Um dos temores da FMF e dos clubes é que a empresa não garanta as condições mínimas para os clubes jogarem na Arena Pantanal, principalmente na questão financeira.

De acordo com o presidente da FMF, Helmute Lawisch, a entidade estará presente no processo, que deve ocorrer até o final do ano.

– Não conhecemos os detalhes ainda, mas queremos sentar e discutir. Não vou criticar algo que não sei como é, mas entendo que ela é um patrimônio público, a serviço do futebol de Mato Grosso. Se os argumentos do governo forem inteligentes, saberemos ceder – afirmou.

Na última partida da Arena Pantanal, mais de 14 mil torcedores acompanharam a vitória do Cuiabá sobre o Paysandu, por 3 a 2. No dia 03 de agosto, o estádio se prepara para sediar a primeira rodada dupla entre times mato-grossenses: Operário e Tombense-MG, pela Série D do Campeonato Brasileiro, às 16h, e Cuiabá e CRB-AL, pela Série C, com horário previsto para às 18h30.

Os ingressos estão sendo vendidos com preços entre R$ 10 e R$ 30.

Reportagem de: 25.07.2014

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http://globoesporte.globo.com/mt/noticia/2014/07/governo-respeita-opiniao-da-fmf-mas-mantem-concessao-da-arena-pantanal.html

Ganenses aproveitam brecha na lei da Copa e pedem refúgio no Brasil

Ganeses

Centenas de cidadãos de Gana pediram ou estão em vias de pedir refúgio para viver no Brasil e construir suas vidas aqui. Reclamando da falta de empregos em seu país, eles aproveitaram a facilidade de conseguir vistos de turista para o Brasil durante a Copa, compraram ingressos para os jogos de Gana e agora tentam legalizar sua situação para permanecer.

O estudante de contabilidade Banda Osuman, de 24 anos, está em um abrigo temporário mantido pela Prefeitura no centro de São Paulo. Ele disse que veio ao Brasil porque sua situação em Gana era “terrivelmente difícil”, ele sofria com conflitos familiares e não tinha expectativa de emprego.

Comprou um ingresso para o jogo entre Gana e Portugal, em Brasília, conseguiu um visto de turista (garantido pela Fifa para compradores de bilhetes), mas não chegou a ir ao estádio. Com pouco dinheiro, ele vendeu a entrada e agora se prepara para pedir refúgio ao Ministério da Justiça.

“Para ser sincero, eu não conhecia nada sobre o Brasil antes de decidir vir”, disse Osuman à reportagem. “Mas um amigo meu já tinha vindo e me disse que era um país muito receptivo, cheio de pessoas boas e empregos. Como era muito mais fácil conseguir o visto durante a Copa, aproveitei a ocasião.”

Por exigência da Fifa, a Lei Geral da Copa garantiu visto sem burocracia aos turistas que compraram ingresso para o Mundial.

De acordo com o Ministério da Justiça, 180 dos 2.529 ganenses que vieram ao país no último mês já pediram refúgio com base em uma lei nacional que regula o direito para o imigrante com “fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas”.

Na semana passada, o governo ganense emitiu nota negando que o país seja palco de conflitos religiosos que possam ter motivado o êxodo de seus cidadãos. “Somos um dos países mais pacíficos e estáveis do mundo.” A ausência de empregos, apontada por muitos imigrantes como o principal motivo da vinda, não aparece na lei brasileira como uma das condições para o direito de refúgio.

O número de pedidos, no entanto, deve aumentar já que existem cerca de 300 ganenses no Rio Grande do Sul, atraídos pelo anúncio de ofertas de trabalho na região. Os pedidos serão analisados pelo Ministério da Justiça, que pode ou não conceder o refúgio. A pasta já anunciou que fará uma força-tarefa para regularizar a situação dos imigrantes.

A Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, onde estão cerca de 30 cidadãos do país africano, disse que está orientando os imigrantes a conseguir a documentação necessária para dar entrada no processo de refúgio.

Enquanto tramita um processo, os imigrantes não podem ser expulsos ou extraditados.

Medos e sonhos

Em situação de vulnerabilidade, vivendo em um abrigo mais cheio do que deveria, e em condições às vezes precárias, os ganenses relutaram em dar entrevista quando abordados pela reportagem. “De que histórias você quer saber? Não temos nenhuma história. Qual seu interesse em estar aqui?”, foram as primeiras frases ouvidas de um dos homens que vivem no abrigo temporário.

De acordo com um dos imigrantes, eles não querem contato com a imprensa por temerem que sua história lhe cause problemas caso chegue a Gana.

O motorista Francis Otoo, de 29 anos, foi um dos poucos que aceitaram conversar e dar seu nome. Ele disse que sempre viu o Brasil como o país das oportunidades e espera conseguir um emprego, juntar dinheiro e trazer sua família, que ficou na África. E que em Gana, cor, origem e religião costumam definir as oportunidades que uma pessoa terá na vida. “No Brasil, o que importa é sua capacidade e você querer trabalhar.”

Apesar de ter negado que tenha chegado ao país com o visto de turista facilitado pela compra de ingressos para a Copa, ele disse que conheceu muitos que vieram nessa condição, assim como Osuman.

Os dois, que já estão em São Paulo há cerca de duas semanas, adoram futebol e lamentaram a participação da seleção de Gana no Mundial. Depois de uma polêmica envolvendo o pagamento de premiações, os africanos foram eliminados na primeira fase.

“Os jogadores são bons, mas só querem saber de dinheiro e isso desestabilizou o grupo”, analisou Osuman. Os atletas ameaçaram uma greve e não entrar em campo no duelo contra Portugal caso a federação não pagasse em dinheiro cerca de R$ 220 mil a cada um, valor acertado antes da viagem ao Brasil.

Eles só jogaram porque o presidente da República em pessoa foi até Brasília com uma mala cheia de dinheiro e fez o pagamento.

É uma realidade completamente diferente da de seus compatriotas que tentam realizar o “sonho brasileiro”. No abrigo onde vivem provisoriamente junto com outros imigrantes de todo o mundo, às vezes faltam cobertores para suportar o frio da capital paulista. Quando a reportagem esteve lá, tinha acabado de haver uma briga entre os moradores porque um não gostou que o outro tivesse bebido uma garrafa de água.

Reportagem de: 17.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/17/ganenses-aproveitam-brecha-na-lei-da-copa-e-pedem-refugio-no-brasil.htm

COL diz que houve erro no veto a protestos contra CBF dentro de estádio

mane garrincha
O COL (Comitê Organizador Local) informou que não houve nenhum veto a protestos contra a CBF no Estádio Mané Garrincha, na disputa pelo terceiro lugar, mas reconheceu que houve falhas que podem ter gerado censura imprópria. Houve relatos de torcedores de que não puderam entrar com cartazes contra a confederação após o vexame de 7 a 1 para a Alemanha.

Pelas regras para estádios do Mundial, são proibidas mensagens políticas dentro do estádio. Mas críticas a dirigentes não estão incluídas nesta regras desde que não tenham linguagem abusiva, na descrição do COL.

“Não houve essa determinação. A regra para banner foi reforçada. Recebemos relatórios, muitas entradas, houve alguma acessos (com problemas). Pode ter algum erro. Não houve determinação”, afirmou o porta-voz do comitê Saint Clair. “Há uma regra geral. Não vimos todo o conteúdo. É difícil de ver o que exatamente. Não há requerimento.”

Houve cartazes de protesto que entraram no Mané Garrincha com reclamações à confederação. Ou seja, de fato, não foi usado o mesmo critério de avaliação do COL.

Reportagem de:13.07.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/13/col-diz-que-houve-erro-no-veto-a-protestos-contra-cbf.htm