Cinco falhas da Copa das Confederações repetem-se na organização do Mundial

A Copa das Confederações é um torneio-teste para a Copa do Mundo. Por isso, as falhas que ocorrem no primeiro evento são razoavelmente aceitáveis e consideradas até educativas pelo COL (Comitê Organizador Local) e pelo governo. A Fifa esperava que o que deu errado no teste servisse de lição para o Mundial. No entanto, parece que nem tudo foi aprendido pelo Brasil.

A pouco mais de cem dias para o início da Copa do Mundo de 2014, estão se repetindo as falhas verificadas pelo próprio COL e governo durante a organização da Copa das Confederações. O UOL Esporte listou cinco desses problemas. Confira:

1. ATRASO NA ENTREGA DOS ESTÁDIOS
1.2
O prazo para a conclusão das obras de estádios da Copa das Confederações era 31 de dezembro de 2012. No entanto, das seis sedes do torneio, só duas (Fortaleza e Belo Horizonte) respeitaram a data-limite. Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Salvador atrasaram a entrega das obras. O Maracanã, por exemplo, foi oficialmente inaugurado faltando 13 dias para o início da Copa das Confederações, em 2 de junho de 2013.

A Fifa apontou esse atraso nos estádios como um dos maiores problemas da organização Copa das Confederações. A entidade prometeu ser mais rígida com prazos para obras em arenas da Copa de 2014. Estabeleceu que os outros seis estádios que serão usados no torneio deveriam ser entregues impreterivelmente em 31 de dezembro de 2013.

Isso não ocorreu. Estamos em fevereiro e, até agora, só a Arena das Dunas (Natal) e o Beira-Rio (Porto Alegre) já receberam um jogo de futebol após suas obras. Nos outros quatro estádios –Arena da Amazônia (Manaus), Arena da Baixada (Curitiba), Arena Pantanal (Cuiabá) e Itaquerão (São Paulo)— o trabalho de reforma ou construção segue.

Procurado, o Ministério do Esporte informou em nota que a Copa das Confederações foi um evento bem-sucedido e afirmou que todos os 12 estádios escalados para receber o Mundial estarão prontos a tempo para o evento. Complementou dizendo que, atualmente, nove já estão prontos para receber partidas. “Além dos oito já entregues, a Arena da Amazônia tem seu primeiro jogo marcado para o dia 9 de março”, declarou.

Já o COL disse que informou que reconhece os esforços das sedes e que confia que os prazos apresentados por elas para a conclusão das obras serão cumpridos.

Disse também que os “demais estádios serão entregues a tempo da realização de jogos-teste e estarão preparados para sediar os jogos da Copa do Mundo”.

2. PROBLEMAS NA CONTRATAÇÃO DE ESTRUTURAS COMPLEMENTARES
2.2
Logo após o fim da Copa das Confederações, o presidente do COL, José Maria Marin, enviou uma carta ao presidente do Internacional, Giovanni Luigi, cobrando definições para o final da preparação do Beira-Rio para a Copa do Mundo. Na correspondência, Marin reconheceu que “o processo de contratação de estruturas complementares [para os estádios da Copa das Confederações] não foi realizado de forma a atender adequadamente as necessidades do evento”. Segundo ele, “grandes incertezas” na contratação das estruturas (tendas, barracões e outros equipamentos) geraram um “impacto negativo” na relação de sedes com a Fifa.

Por tudo isso, Marin solicitou que providências fossem tomadas até o final de dezembro. Lembrou ainda que esse prazo valeria para todas as sedes da Copa de 2014.

O prazo, porém, novamente foi ignorado. Somente no início da semana passada, Inter, Fifa e governos chegaram a uma acordo sobre como será feita a contratação das estruturas temporárias da Copa do Mundo, mas o governo estadual ainda aguarda a definição de uma nova lei para pagar por sua parte no acordo. Um levantamento feito pelo Blog do Rodrigo Mattos também na semana passada constatou que dois terços das sedes do Mundial ainda não definiram como as estruturas complementares de estádios serão instaladas para a Copa.

O COL afirmou que a montagem das estruturas complementares está sendo planejada em todas as sedes e que, “até o momento, não há problemas com os cronogramas”. Mesmo assim, informou que permanece “trabalhando de forma integrada com as sedes para garantir a célere contratação e montagem das estruturas, de modo a permitir a realização dos indispensáveis testes e ajustes”.

O Ministério do Esporte ratificou o discurso do COL e inforrmou que todas as estruturas temporárias serão instaladas no prazo previsto.

3. T.I. ATRASADA E “APAGÃO” NA INTERNET PELO CELULAR
3.2
Um fato constrangedor ilustra bem os problemas de TI (tecnologia da informação) e de acesso à internet 3G e 4G verificados durante a Copa das Confederações. Enquanto o torneio ainda acontecia em cidades-sedes do país, o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, resolveu ir ao do estádio do Maracanã para participar de uma entrevista coletiva. Sentado à frente de jornalistas de várias partes do mundo, Alvarez foi questionado sobre a qualidade dos serviços de internet e telefonia no Brasil. Frustrado, reconheceu em público que ele mesmo não havia conseguido acessar a rede mundial de computadores de seu celular em áreas do estádio.

Segundo Alvarez, empresas de telefonia não puderam instalar todos os equipamentos necessários para uma boa transmissão de dados durante a Copa das Confederações justamente porque enfrentaram problemas na fase final das obras em estádios do torneio. O secretário do ministério então cobrou que, na Copa do Mundo, a instalação desses equipamentos recebesse certa prioridade.

Na semana passada, contudo, representantes do Sinditelebrasil (Sindicato das operadoras de telefonia celular) informaram à Agência Reuters que companhias voltaram a ter problemas para providenciar a estrutura necessária para a conexão de internet via telefone. Segundo o sindicato, mesmo estádios já concluídos, como o Maracanã, só terão equipamentos em maio. Já no Itaquerão e na Arena da Baixada, a instalação ainda depende de negociações com o Corinthians e o Atlético-PR, donos dos espaços.

O Ministério do Esporte informou que o governo avaliou como eficiente a cobertura de telefonia celular nos estádios, apesar de reconhecer “intermitências”. O órgão disse que espera que esses problemas estejam superados na Copa do Mundo por dois motivos.

Primeiro, porque o número de usuários da tecnologia 4G já chegou a 1,3 milhão (mais de 10 vezes superior à quantidade de usuários no início da Copa das Confederações). Essas pessoas já não devem mais usar as redes 3G nos estádios e vão reduzir a demanda por cobertura. O segundo motivo é que as operadoras de telefonia estão empenhadas em instalar redes de internet sem fio dos estádios (Wi-Fi). Conectados a essa rede, os torcedores acabam desafogando a rede de internet móvel.

Procurados, Atlético-PR e Corinthians não responderam. COL também não se pronunciou sobre o assunto.

4. ACESSO A ESTÁDIOS ENTREGUES EM CIMA DA HORA
4.2
A mobilidade de Recife foi apontada como um ponto negativo da Copa das Confederações em balanço feito pelo COL e governo após o torneio. A capital pernambucana chegou a elaborar um plano para que torcedores pudessem chegar e sair do estádio usando recém-concluídas melhorias no seu sistema de transporte público. O problema é que essas melhorias foram entregues tão perto do início do torneio que acabaram não sendo testadas. Resultado: muitas filas, reclamações e uma péssima impressão deixada pela cidade.

Recife, então, passou a ser tratada como um exemplo. COL e governos concordaram que é necessário incluir nos testes operacionais dos estádios da Copa também o sistema de transporte para acesso às arenas. Acontece que, desde a Copa das Confederações, a entrega dessas obras já foi adiada muitas vezes.

A reforma da estação do metrô ao lado do Maracanã, por exemplo, assim como as passarelas que farão a ligação do espaço com o estádio, só estará pronta em maio, um mês antes do início do Mundial. Já o novo projeto de acessibilidade para o entorno do Beira-Rio, em Porto Alegre, possivelmente só será concluído durante a Copa, levando-se em conta a licitação da obra.

O Ministério do Esporte informou que os planos operacionais da Copa das Confederações, incluindo o de mobilidade urbana, funcionaram. Segundo o órgão, governo e organizadores já estão elaborando esses planos visando a Copa do Mundo. “O governo federal trabalha em conjunto com prefeituras, governos estaduais e COL para garantir a eficiência dos sistemas de transporte nas 12 cidades”, declarou.

5. AEROPORTOS RECEBEM TURISTAS EM OBRAS
5.2
Torcedores que viajarão de avião durante a Copa das Confederações encontraram aeroportos em obras. Melhorias em terminais de passageiros prometidas por governantes ainda em 2010 acabaram não sendo concluídas a tempo e tapumes dividiram espaço com turistas. A Copa das Confederações atraiu cerca de 20 mil estrangeiros e os aeroportos, mesmo em obras, foram até bem avaliados.

Acontece que, na Copa do Mundo, o próprio governo estima que 600 mil turistas de outros países virão ao Brasil. A maior parte deles chegará de avião, e boa parte dos aeroportos ainda estará em obras quando o evento começar.

Segundo a Infraero, estatal que administra os aeroportos federais, todos os terminais aéreos terão condições de atender à demanda do Mundial. Contudo, ela mesmo reconheceu que sete aeroportos ainda estarão em obras quando no início da Copa: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador.

A Infraero informou que uma parte das obras que estarão em execução durante a Copa já estava prevista para ser realizada durante o torneio desde o início. Contudo, o UOL Esporte já apurou que a maior parte das promessas feitas em 2010 relacionadas aos aeroportos não será cumprida. Isso em se tratando só dos aeroportos públicos. Os aeroportos cuja administração foi privatizada (Brasília, Guarulhos, Natal e Viracopos) também devem estar em obras. O contrato de concessão já previa prazos mais longos para reforma.

O Ministério do Esporte ratificou o discurso da Infraero. Informou que a SAC (Secretaria de Aviação Civil) acompanha de perto os prazos e a qualidade de cada obra. Lembrou ainda que a modernização dos aeroportos “servirá não só para o Mundial, mas como importante legado para a população das cidades”.

O COL não se pronunciou.

Reportagem de: 27.02.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/27/cinco-falhas-da-copa-das-confederacoes-repetem-se-em-organizacao-do-mundial.htm

Qual conselho o governo dos EUA dá a americanos sobre protestos anti-Copa?

Protesto anticopa
A escalada de protestos contra a Copa do Mundo, que se iniciou em junho do ano passada e segue até hoje, não passou despercebida pelo governo dos EUA. Na página dedicada ao Brasil em seu site, o Departamento de Estado do país orienta que os cidadãos norte-americanos evitem aglomerações e se fechem em casa caso as manifestações aconteçam em uma área próxima.

“A polícia brasileira tem usado gás lacrimogêneo, controle de distúrbios e unidades de cavalaria para dispersar os manifestantes. Se você souber de um protesto em sua vizinhança, você deve se manter em um local fechado e fechar portas e janelas”, diz um trecho do aviso do Departamento de Estado dos EUA, que pode ser lido na íntegra no box abaixo.

O “conselho” está em uma página que contém informações úteis aos norte-americanos sobre todos os países do mundo. As informações vão desde dados sobre segurança e relacionamento com a população local até datas e necessidades de vacinas. Na mesma seção, o Departamento de Estado também faz alertas e avisos sobre determinados países.

Atualmente, por exemplo, há uma deliberação do órgão sobre a situação na Ucrânia. Devido aos conflitos no país europeu e à mudança de governo, os EUA aconselham seus cidadãos a cancelarem viagens não essenciais ao local.

O Brasil, embora tenha chamado a atenção da mídia mundial em junho do ano passado, nos protestos que marcaram a Copa das Confederações, não chegou a ser alvo de um alerta de viagem. No caso verde-amarelo, a precaução com os protestos ficou restrita à orientação de comportamento aos cidadãos.

O UOL Esporte procurou a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília para comentar as orientações e saber quando elas foram atualizadas. O órgão, porém, não respondeu aos questionamento até o fechamento da matéria.

A reportagem também consultou o Ministério das Relações Exteriores para saber a posição da pasta sobre o assunto. O Itamaraty respondeu que cada país reproduz sua percepção de segurança sobre os outros lugares do mundo e o procedimento é considerado normal pela chancelaria.

O ministério faz algo parecido em seu site, dentro da página “alerta aos viajantes”, indicando aos brasileiros riscos que correm em outros países. O Itamaraty preferiu não comentar diretamente as recomendações feitas pelo Departamento de Estado dos EUA.

LEIA O “CONSELHO” DOS EUA SOBRE OS PROTESTOS

Manifestações e atos políticos ou de trabalhadores são comuns em áreas urbanas e podem causar falhas temporárias nos transportes público e privado. Apesar de os protestos não serem direcionados aos cidadãos norte-americanos, aconteceram incidentes de vandalismo que afetaram instalações do governo dos EUA.

Em alguns casos, a polícia brasileira tem usado gás lacrimogêneo, controle de distúrbios e unidades de cavalaria para dispersar os manifestantes. Se você souber de um protesto em sua vizinhança, você deve se manter em um local fechado e fechar portas e janelas. Os cidadãos norte-americanos no Brasil são aconselhados a monitorar noticiários locais e planejar suas atividades de acordo com eles.

Protestos em qualquer lugar do mundo têm o potencial para se tornarem violentos. Mesmo manifestações programadas para serem pacíficas podem se transformar em confrontos com potencial para a violência.

Cidadãos norte-americanos residentes ou viajando ao Brasil são aconselhados a usarem o bom senso para tomar precauções, evitar grandes reuniões ou outros eventos em que multidões se reuniram para se manifestar ou protestar, e a atender as instruções das autoridades locais. Cheque o site da embaixada ou do consulado mais perto de você para mais informações atualizadas.

Professor do curso de Relações Internacionais da USP (Universidade de São Paulo), Carlos Eduardo Lins e Silva acredita que o comunicado contra os protestos feito pelo governo dos Estados Unidos é uma amostra de como a imagem do Brasil pode ser afetada pela realização da Copa do Mundo.

“Tudo o que está acontecendo prejudica a imagem do país. Muita gente achava que a Copa poderia funcionar como um grande relações públicas para mostrar o Brasil para o mundo, mas acho que o tiro pode sair pela culatra. Há uma lente de aumento em cima do Brasil. Tudo o que acontecer de errado, será notícia no exterior”, argumenta.

Lins e Silva, porém, acredita que o comunicado não deve interferir na relação entre os dois países. Para ele, mostra um cuidado do governo norte-americano com seus cidadãos. “É como uma bula de remédio que fala para você não dirigir após tomar um comprimido que dá sono. É mais uma precaução, ainda mais em um país que tem uma cultura de entrar com processo judicial por qualquer coisa. Caso aconteça alguma coisa com um cidadão norte-americano durante um protesto, o governo pode se eximir de culpa, pois já tinha avisado sobre o risco.”

O governo dos EUA não está sozinho na preocupação com os protestos, que começaram como uma revolta contra o aumento das tarifas do transporte público e hoje têm a Copa como alvo. Universidades norte-americanas que têm estudantes fazendo intercâmbio no Brasil também se assustaram com os acontecimentos.

“Eu recebi muitos e-mails das universidades parceiras. Logo na orientação, um dia antes do início das aulas, surgiu o questionamento dos alunos sobre o que estava acontecendo. Não impedimos alunos de se informarem, fomos claros. , mas como instituição não recomendamos que os estrangeiros participassem por questão de segurança. Tenho de zelar pela segurança do aluno estrangeiro”, disse Lourdes Zilberberg, diretora de internacionalização da Faap.

A universidade paulistana é uma das que mais atraem estudantes de fora do país. Em 2013, a escola estima ter recebido quase 500 jovens de mais de 50 países. Por meio da Isep (Programa Internacional de Intercâmbio de Estrangeiros, na sigla em inglês), as faculdades americanas que enviaram alunos à Faap manifestaram sua preocupação.

“Os primeiros e-mails foram deles. Eles queriam saber se havia algum risco, se as aulas seriam canceladas, se o protesto era muito perto da faculdade. Eu respondi e eles se acalmaram, mas seguirem acompanhando o andamento das coisas”, disse Lourdes.

O problema não foi exclusivo da Faap. “No segundo semestre de 2013, preparando para esse ano, perguntavam das manifestações. ‘Vão acontecer?’ Os estudantes veem com curiosidade, mas há uma orientação das instituição às quais eles pertencem para que tenham cuidado”, disse Antonio Manzatto, assessor de assuntos internacionais e institucionais da PUC-SP.

Manzatto ressalta que a universidade brasileira não acompanha a orientação, e deixa os alunos livres para tomarem suas decisões. Acrescenta até que, em junho do ano passado, alguns alunos participaram dos protestos.

Golaço e recorde dão moral a Fred em ‘despedida’ do Flu antes de seleção

Fred
O último jogo de Fred pelo Fluminense antes da tão esperada volta à seleção brasileira após um afastamento de mais de seis meses não teve a comemoração de uma vitória sobre a Cabofriense, mas o único gol no empate por 1 a 1 na noite de quarta-feira serviu para encher de moral o camisa 9 preferido de Felipão. Tudo porque, além de marcar um golaço, o atacante entrou para a lista de 10 maiores goleadores da história do clube.

Fred deve ser o centroavante titular no Brasil em amistoso marcado para a próxima quarta-feira, contra a África do Sul, em Johanesburgo. Essa será uma das últimas partidas da seleção brasileira antes da Copa do Mundo. Uma boa impressão, portanto, é mais que necessária para o camisa 9, que passou tanto tempo afastado.

O belo gol marcado aos 47 minutos do segundo tempo contra o Boavista e que salvou o Fluminense da segunda derrota consecutiva veio em boa hora para Fred. O jogador chegou a encerrar um jejum de mais de seis meses na vitória por 1 a 0 sobre o Macaé, mas vinha de críticas por ter perdidos pênaltis contra Botafogo e Boavista, na mesma semana.

O golaço torna Fred parte ainda mais importante da história do Fluminense. O jogador é agora o 10º maior goleador da história do clube, ao lado de Magno Alves, com 114 gols. Na média, porém, o atual camisa 9 leva ampla vantagem: ele conseguiu o feito com 80 jogos a menos que o concorrente. O capitão do Tricolor fez 185 partidas pelo time, enquanto o ex-jogador vestiu a camisa 265 vezes.

“Fred é jogador de Seleção, diferenciado, está voltando à boa fase dele. Não me surpreende que ele volte a jogar bem”, disse Renato Gaúcho, que lamentou apenas uma chance perdida no empate com a Cabofriense. “Perdeu um gol feito, mas acontece”, minimizou.

Daqui para frente, Fred parece ter o caminho livre para subir ainda mais no ranking de goleadores da história do Fluminense. O nono colocado, Ézio, tem 119 gols, apenas quatro a mais, enquanto, o oitavo marcou apenas 10 gols a mais que o atual camisa 9. Se repetir bons anos do passado, o atacante pode chegar até a sétima colocação, que é de Preguinho, com 128 gols.

O certo é que o golaço e o recorde deixam Fred mais tranquilo para se reapresentar à seleção brasileira. O jogador não atua com a camisa canarinho desde o dia 14 de agosto do ano passado, quando enfrentou a Suiça em amistoso vencido pelo Brasil por 1 a 0. Depois, o camisa 9 desfalcou a equipe de Felipão em seis jogos por causa de uma lesão na coxa direita.

A expectativa de Felipão pela volta de Fred é grande. O treinador atrasou a convocação de jogadores que atuam no Brasil até a última segunda-feira só para saber se o jogador estaria apto a enfrentar a África do Sul na próxima quarta. Com a convocação, o técnico deu novo voto de confiança ao camisa 9 que sofreu com lesões em 2013.

Agora resta saber se Fred corresponderá à expectativa de Felipão contra a África do Sul. Apesar dos momentos difíceis no começo da temporada, confiança não falta para o camisa 9 retomar a boa fase pela seleção brasileira, ainda mais depois do golaço da última quarta-feira.

Reportagem de: 27.02.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/27/golaco-e-recorde-dao-moral-a-fred-em-despedida-do-flu-antes-de-selecao.htm

Odebrecht define plano e prazo para concluir cobertura do Itaquerão

Itaquerao
O Corinthians e a Odebrecht tentarão, até o dia 10 de março, instalar a peça da cobertura do Itaquerão que causou a tragédia no estádio em novembro do ano passado. O procedimento, que depende apenas das condições climáticas ideais, é um dos últimos passos para a finalização do palco de abertura da Copa do Mundo, que tem de estar pronto até 15 de abril.

O prazo para a cobertura foi confirmado por Andrés Sanchez, responsável pelo estádio, por meio de sua assessoria de imprensa. A peça, de 77 metros de comprimento e 420 toneladas já está sendo montada no canteiro de obras, e é idêntica àquela que caiu no acidente que vitimou dois funcionários da construção.

Os procedimentos de segurança, explicam pessoas que comandam a obra, serão os mesmos. Na visão dos responsáveis, o protocolo utilizado em novembro era correto, e o que aconteceu foi uma fatalidade cujas causas ainda não foram reveladas.

A única diferença será o modo de içamento da peça. Em novembro passado, um guindaste de 114 metros, o maior do Brasil, tentou levar a cobertura até o seu ponto de encaixe, sem sucesso. Dessa vez, o peso será dividido entre dois veículos, que, espera-se, conseguirão fazer o mesmo serviço.

Para que o prazo seja cumprido, o Corinthians e a Odebrecht têm de torcer por um clima tranquilo. A operação, considerada delicada, só é autorizada com condições ideais de vento e sem chuvas. Por isso, não é possível precisar a data em que a cobertura será içada.

Quando isso acontecer, e se for um sucesso, o Itaquerão voltará ao estágio em que estava em novembro passado. Na verdade, na prática, terá avançado um pouco, já que as obras em outros pontos da construção não foram afetadas pelo desastre.

A Odebrecht tem o compromisso, assumido com a Fifa, de entregar o Itaquerão em 15 de abril para a entidade e o Corinthians. A partir dessa data, os eventos-teste começarão a deixar o local pronto para a Copa do Mundo.

Reportagem de: 27.02.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/27/obebretch-define-plano-e-prazo-para-concluir-cobertura-do-itaquerao.htm

Pode faltar água em São Paulo durante a Copa. Mas não para os turistas

seca
São Paulo enfrenta uma situação de risco de racionamento de água próximo à Copa do Mundo. O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece cerca de 14 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na Região Metropolitana de Campinas, atingiu 16,8% nesta quarta-feira, 26. Meteorologistas e técnicos acreditam que as chuvas do outono podem ser insuficientes para aumentar esse nível. O racionamento seria, então, necessário para manter o abastecimento até a próxima estação chuvosa, só no fim do ano.

Na última vez que o Estado enfrentou um grande racionamento de água, em dezembro de 2003, o nível dos reservatórios ficou abaixo de 5%. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu, na terça-feira, que o racionamento de água na capital “é uma decisão técnica que está sendo monitorada dia a dia pela Sabesp”. Por enquanto, a companhia aposta em uma campanha que dá descontos na conta para quem economizar mais de 20% de água.

Soma-se ao problema o fato de que algumas cidades da região receberão turistas que vão acompanhar a Copa do Mundo, aumentando o consumo de água. Além da capital paulista, que é sede do Mundial, Campinas será a casa das seleções de Portugal e Nigéria. O turista, porém, não precisa se preocupar tanto. A maior parte dos hotéis com mais de três estrelas já têm dois reservatórios de água para enfrentar períodos de estiagem, segundo a Abih (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira).

Grandes redes de hotéis mantêm, ainda, contratos com empresas que entregam água em caminhões-pipa. O procedimento é adotado por hotéis de luxo em cidades como Guarujá, no litoral paulista. No fim do ano, é comum que haja falta d’água devido ao excesso de turistas.

Para não secar o reservatório, Francisco Lahòz, secretário executivo do Consórcio PCJ, que engloba as bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, defende a adoção de medidas de racionamento. “Fizemos uma lista com 25 recomendações [para a Sabesp], que faz desde o uso consciente de água até fazer a distribuição com caminhão pipa em caso de racionamento”, disse.

Lahòz, no entanto, se diz otimista com relação à situação do reservatório Cantareira. “Se cada uma das 14 milhões de pessoas economizar três minutos de banho, é uma melhora bem grande para o reservatório.”

Março terá chuvas
Desde dezembro de 2013, parte do sudeste vive uma situação climática excepcional, segundo meteorologistas. A formação de um bloqueio atmosférico nos últimos meses barrou a passagem das frentes frias no oceano, impedindo a formação de nuvens de chuva. O bloqueio já não existe mais, segundo o meteorologista Alexandre Nascimento, da Climatempo.

A quantidade de chuva em março, segundo ele, deve até ser acima da média para o período. Isso não significa, porém, que será suficiente para recuperar os últimos três meses de seca, já que a população continuará consumindo água.

O MP (Ministério Público) também se preocupa com a questão. Segundo a promotora Alexandra Facciolli, do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Meio Ambiente), a Promotoria já havia pedido para que a capital poupasse água do Sistema Cantareira.

Atualmente, entram por dia 10 metros cúbicos de água e saem 32 metros cúbicos – 28 para a Grande São Paulo e 4 para a Região Metropolitana de Campinas. “A situação é gravíssima. Precisamos reduzir o consumo para garantir a segurança do abastecimento das duas regiões”, afirma a Alexandra.

A Sabesp, responsável pelo abastecimento de água no Estado, sustenta que não há risco de falta de água. A empresa informou que contratou uma empresa especializada no serviço de indução de chuvas localizadas por meio de aviões.

Reportagem de: 27.02.2014

Disponível em:
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Governo federal responde à Adidas: “Brasil é sensacional”

Brasil responde Adidas
O governo federal, através da conta do Ministério do Esporte no Twitter, rebateu as polêmicas camisas que estavam sendo vendidas pela Adidas nos Estados Unidos, que fazem referência ao Brasil com conotações sexuais. A controvérsia fez com que a Adidas cancelasse a comercialização dos produtos.

“O Brasil é sensacional e nós amamos esse país!”, diz o post do Ministério do Esporte, junto com a hashtag “Brasil é muito mais” e imagens com os dizeres “eu amo o Brasil” e “nós amamos o Brasil”, em inglês, que aludem às polêmicas camisetas.

A primeira imagem diz respeito à camiseta de cor verde onde, originalmente, o coração tinha o formato de um bumbum de biquíni – na mensagem do Ministério do Esporte, o biquíni foi transformado em um sorriso.

A segunda imagem troca a mensagem “lookin’ to score” – que pode ser traduzida como “buscando gols”, mas que também pode ser uma alusão a “pegar garotas” – pela frase “nós amamos o Brasil”. A imagem de uma garota de biquíni foi substituída pela de uma baiana tradicional, sem conotações sexuais.

Na terça-feira, a presidente da República, Dilma Rousseff, havia indicado, também no Twitter, ter ficado contrariada com a campanha. “O Brasil está feliz em receber turistas que chegarão para a Copa, mas também está pronto para combater o turismo sexual”, disse a presidente.

No mesmo dia, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência publicou uma nota de repúdio à “confecção de camisetas com ilustrações de cunho sexual associado às cores e aos símbolos do Brasil”.

Mais tarde, a Adidas cancelou a comercialização das camisas e disse acompanhar “de perto” a opinião de seus consumidores e parceiros. “É importante frisar que trata-se de uma edição limitada que estaria disponível apenas para os Estados Unidos”, ressalta a nota da empresa alemã.

Reportagem de: 26.02.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/26/governo-federal-responde-a-adidas-brasil-e-sensacional.htm

Cuidado! Texto da France Football que circula no Facebook é falso

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Uma reportagem da revista francesa France Football, edição de 28 de janeiro de 2014, virou febre para alguns usuários do Facebook. Há um quase mês, um post é compartilhado aos milhares com informações erradas sobre o conteúdo escrito pelos jornalistas Éric Champel, Éric Frosio e François Verdenet.

O UOL Esporte leu e já relatou a reportagem nas seguintes matérias O que a imprensa internacional faz para (tentar) entender o Brasil da Copa e Blatter diz que Copa no Brasil está mais atrasada que a da África do Sul. Abaixo, você verá o confronto do que diz a matéria francesa e o post apócrifo divulgados por vários perfis do Facebook, alguns com centenas de milhares de compartilhamentos. Até o apresentador Fernando Vannucci o fez (mais de 25 mil compartilhamentos).

A tradução começa com as seguintes frases “Revista francesa, resume o Brasil em todos os sentidos. 12 páginas de uma Revista Francesa (France Football) que resumem o Brasil em todos os sentidos”. Não há a menção destas frases na revista. O tom da publicação é crítico, sim. Na primeira página da matéria, o texto diz “Brasil, o medo sobre o Mundial. Atraso nas obras dos estádios, aumento dos preços, riscos de novas manifestações nas ruas, grande diferenças de temperatura entre as sedes, o Mundial do Brasil suscita inquietudes a menos de 140 dias da partida de abertura, no dia 12 de junho em São Paulo”. Mas não chega perto ao falado e escrito no texto que circula nas mídias sociais. É possível dizer que parte dos temas citados são exageros na tradução e outra parte é inventada e não encontra qualquer relação na reportagem da revista francesa.

OS EXAGEROS NA TRADUÇÃO
– “Todo o alto escalão do governo Lula está preso por corrupção, mas os artistas e grande parte da população acham que eles são honestos, e fazem campanhas para recolher dinheiro para eles”. A France Football fala, sim, de corrupção. Mas de forma genérica e não cita os artistas e sua colaboração com Lula. Diz também que a inércia política atrapalha as obras da Copa. E relata, como uma forma de comprovar essa corrupção, que as empreiteiras a cargo da construções dos estádios seriam financiadoras de campanhas eleitorais.

– “O Deputado mais votado do Brasil é um palhaço analfabeto e banguela, que faz uma dança ridícula, com roupas igualmente ridículas, e seu bordão é: “pior que está não fica”. Será? A reportagem não usa o deputado Tiririca, nem cita as roupas do parlamentar, nem as músicas. Mas, para ilustrar o tom das manifestações, descreve um homem (Eron Morais de Melo, um dentista) que se fantasiou de Batman em uma manifestação popular no dia 9 de janeiro. Aliás, logo no primeiro parágrafo.

– “O que falta no Brasil é educação. Os números são assustadores, mesmo quando comparados com seus vizinhos sul-americanos”. A revista não usa essa frase. Para comparar o uso de dinheiro público em obras da Copa com investido na educação afirma que, em 2013, o orçamento federal para a Educação foi de 12,8 bilhões de euros. Para construir e reformar 12 estádios, foram até agora 11 bilhões de euros.

– “O francês Jérome Valcke, secretário geral da Fifa criticou o Brasil pelos atrasos. O governo brasileiro disse que não conversaria mais com Jérome Valcke”. A France Football não crava em qualquer momento esse rompimento de relação. Cita, sim, a crítica do secretário-geral da Fifa, mas afirma que, em março de 2012, ele foi “provisoriamente” declarado “persona non grata” por afirmar que os organizadores do Mundial deveriam levar um “chute no traseiro”.

AS INVERDADES DA TRADUÇÃO
Problemas Copa Br
– A imagem atribuída à revista como parte da matéria sobre a Copa por alguns blogs nunca foi publicada pela France Football. A foto mostra Vanessa e Clara, duas integrantes do BBB 14, fazendo topless. Na revista, a foto de abertura é a imagem do guindaste caído no Itaquerão, tragédia que matou dois operários na construção do estádio;

– “Reze para não ter problemas de saúde quando estiver no Brasil”: a frase que não foi publicada pela revista;

– Lula é amigo íntimo de Marcelo Bahia, diretor da Odebrecht, vencedora da licitação (para construção do Itaquerão). Além de não ter sido publicada pela France Football, a informação é falsa: não houve licitação para construir o estádio corintiano, pois ele é privado. A reportagem faz alusão ao ex-presidente ao dizer que o futuro estádio corintiano é chamado de “Lulão” no bairro “Itaquerão”;

– A revista francesa também não fala desta forma dos ataques a ônibus: “Diariamente os ônibus são atacados por gangues que lhes ateiam fogo sob ordem de criminosos. Às vezes não dá tempo do passageiros sair correndo e morre carbonizado”;

– Mais um trecho que não existe: “Ônibus lotados a toda velocidade dividem faixas com carroças, mendigos, motoqueiros cruzando faixas sem sinalizar, pessoas xingando, engarrafamentos”;

– “A atual presidente garantiu que faria um trem-bala, nos moldes do TGV francês, que ligaria 4 cidades-sede: São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília”. O trecho não foi publicado, e o projeto do governo federal era fazer um trem-bala ligando Rio e São Paulo;

– “Todo brasileiro conhece alguém que foi assassinado” e “Recomenda-se levar uma pequenas quantidade de dinheiro para caso de assaltos. É comum assassinarem as pessoas que nada tem para o assalto.” Não há citações desse tipo na matéria

NÃO ESTÁ NO FACEBOOK, MAS ESTÁ NA FRANCE FOOTBALL
3.1
– No editorial da edição de 28 de janeiro, o editor da revista, Gérard Ejnès, sugere que a Copa deixará nada além de estádios e bons jogos, ao afirmar que “é de virar o estomago a ideia de uma enorme falha que vamos assistir neste encontro dos sonhos. Haverá estádios suficientes e, no coração desses estádios, belas pelejas. Mas além disso…”;

– Há uma entrevista com Respicio Espirito Santo, especialista em ação civil e professor de engenharia na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), criticando as reformas dos aeroportos e alertando para possíveis falhas: “Os terminais de passageiros não devem ser um problema na Copa. Minha grande preocupação, por sua vez, é o espaço atribuído aos aviões, a definição de posições e as zonas para manobras. Um trabalho que deve ser realizado com minúcia. Eu creio que não será o caso”;

– Os repórteres entrevistam também um representante da Mídia Ninja, Felipe, que afirma; “Os turistas? Eles serão bem recebidos, Eles se beneficiarão da hospitalidade brasileira e presenciarão um espetáculo bacana.” E também fala do Rio Surreal, página do Facebook que critica os excessos nos preços na capital fluminense. A matéria diz que um voo do Rio para São Paulo custará 35 euros no dia 10 de maio. “Será faturada 8 vezes mais cara um mês depois 250 euros”;

– Sobre segurança, a revista francesa cita o episódio em que o carro do papa foi travado pela massa no Jornada Mundial da Juventude, em julho de 2013. “Em privado, Valcke não disfarça sua irritação quanto à inércia da força policial local”, afirma a revista. Relata que 150 mil militares e policiais serão mobilizados em todo o país. “Serão eles capazes de gerir movimentos de massa e serão eles mais eficazes do que a visita do Papa Francisco?”;

– O texto fala da temperatura e a preocupação dos dirigentes com o clima quente em algumas cidades, como Recife e Manaus. “As temperaturas no Brasil podem ser irritantes”, dizem os jornalistas. “Mais do que as temperaturas médias 25 graus, a umidade superior a 80% e radiações do sol são riscos elevados aos atletas. E não é somente em Manaus e Recife”, afirmou à revista Vincent Gouttebarge, pesquisador, 38 anos, ex-jogador;

– A reportagem afirma, categoricamente, que “se a Fifa assume parte da responsabilidade, é porque deixou Ricardo Teixeira agir por tanto tempo sozinho”. “[A copa] Era um trampolim para a candidatura de Ricardo Teixeira para 2015 [na presidência da Fifa]”;

– A France Football, ainda, que a FFF (Federação Francesa de Futebol) está vendendo duas vezes mais bilhetes do que há quatro anos, na África. A FFF diz que espera 1500 a 2500 mais franceses a cada jogo da França no Mundial do Brasil.

Reportagem de: 25.02.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/25/cuidado-texto-da-france-football-que-circula-no-facebook-e-falso.htm

Adidas cancela venda de camisas de conotação sexual para a Copa

Adidas Camiseta
A Adidas emitiu nota oficial nesta terça-feira informando que cancelou a comercialização de produtos com conotação sexual projetando a Copa do Mundo. De acordo com a fornecedora de material esportivo alemã, a decisão foi tomada após consultas a consumidores e parceiros.

Em duas camisetas que estavam sendo vendidas no site americano da marca alemã, as imagens que remetem à beleza da mulher brasileira causaram incômodo. O problema é o fato de a Copa do Mundo também atrair muitos estrangeiros para o “turismo sexual”.

Uma camiseta de cor verde mostra a frase “Eu amo o Brasil”, cujo coração tem o formato de um bumbum de biquíni.

A outra camiseta, amarela, mostra: “lookin’ to score”, o que pode ser traduzido como “buscando gols”, mas que também pode ser uma alusão a “pegar garotas”. As camisetas custavam de US$ 22 a US$ 25 (de R$ 50 a R$ 60).

A presidente da República, Dilma Rousseff, usou sua conta no Twitter para externar descontentamento com a mensagem de cunho sexual feita pela Adidas.

“O Brasil está feliz em receber turistas que chegarão p/ a Copa, mas também está pronto para combater o turismo sexual”

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência publicou nesta terça-feira uma nota de repúdio à “confecção de camisetas com ilustrações de cunho sexual associado às cores e aos símbolos do Brasil”.

“A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) vem a público repudiar qualquer iniciativa que vincule a imagem do nosso país a conteúdos de apelo sexual, como o ocorrido no episódio no qual a empresa Adidas anunciou a confecção de camisetas com ilustrações de cunho sexual associado às cores e aos símbolos do Brasil. Qualquer estímulo nesse sentido significa associar-se a criminosa prática do turismo sexual, que se constitui em uma grave violação de Direitos Humanos combatida permanentemente pelo país”.

Confira a nota oficial da Adidas sobre o cancelamento das vendas:

A Adidas sempre acompanha de perto a opinião de seus consumidores e parceiros, e por isso anuncia que os produtos em questão não mais serão comercializados pela marca. É importante frisar que trata-se de uma edição limitada que estaria disponível apenas para os Estados Unidos.

Reportagem de: 25.02.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/25/adidas-cancela-venda-de-camisas-de-conotacao-sexual-para-a-copa.htm

Para jornal inglês, um hooligan é uma flor perto de organizadas brasileiras

Atletico X Vasco
Por que os estádios brasileiros estão tão vazios? Esta foi a pergunta feita pelo jornalista inglês Jonathan Watts quando veio morar no Brasil em 2012. Para ele, não fazia sentido que, no país de grandes jogadores como Zico e Pelé, os torcedores não fossem aos estádios. Após ouvir diferentes explicações e alertas de amigos, porém, Watts chegou a uma conclusão: as pessoas deixam de ir ao estádio por medo da violência.

Em artigo publicado nesta terça-feira no jornal inglês The Guardian, o jornalista faz uma análise sobre o comportamento das torcidas organizadas pelo país e chega a compará-las a gangues criminosas que competem por espaço e ameaçam e intimidam os próprios clubes. Esta postura, somada a casos recentes de violência em jogos, como a morte do torcedor santista após o clássico contra o São Paulo e a briga entre torcedores do Atlético-PR e do Vasco em 2013, são os fatores que, segundo Watts, afastam o torcedor dos estádios.

“Jogos já foram interrompidos e os jogadores estão tão aterrorizados com casos de lesões físicas e invasões de treinamentos que têm medo de reagir. Provavelmente é a frequência com que casos violentos acontecem que mais assusta”, escreve ele.

No texto, o jornalista ainda diz que nossos torcedores fazem os piores ‘hooligans’ ingleses parecerem bonzinhos. Sobre esta afirmação ele destaca sobre o fato de, às vésperas da Copa do Mundo, não haver preocupação com possíveis ameaças dos ‘hooligans’ ao Mundial, algo que o jornalista diz ser comum antes das Copas.

“Viagens ao Brasil foram proibidas para 2.500 arruaceiros condenados no Reino Unido e haverá policiais ingleses cooperando com a polícia local, mas estas medidas têm gerado menos atenção do que no passado. Isto porque, em comparação com o que está acontecendo no Brasil, até mesmo o mais sórdido ‘hooligan’ inglês parece relativamente manso”.

Neste cenário, a Copa do Mundo aparece como um avanço. A infra-estrutura, os padrões de comportamento demandados pelo Mundial e a renda arrecadada para o esporte são apontados pelo jornalista como um legado positivo da Copa ao país, que devem diminuir a violência nos estádios. “Assim como aconteceu no Reino Unido a partir dos anos 80, o aumento do preço dos ingressos também significa afastar os torcedores mais violentos”, explica.

Assim, Watts acredita que, logo que a Copa terminar, as autoridades brasileiras devem trabalhar para acabar com a impressão de que os jogos são desastres esperando para acontecer. Caso isso não aconteça ele alerta: “Os grandiosos novos estádios ficarão tão vazios quanto os antigos”.

Reportagem de: 25.02.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/25/jornal-ingles-chama-torcidas-organizadas-brasileiras-de-gangues.htm

Adidas lança camisetas sobre a Copa com conotação sexual e causa polêmica

Adidas Camiseta
Uma linha de camisetas inspirada na Copa do Mundo lançada pela marca de material esportivo Adidas está causando polêmica. Isso por causa das imagens que retratam o Brasil e da conotação sexual que pode ser vista nas ilustrações destas roupas, algo que se tem tentado combater, até por parte do governo brasileiro.

De acordo com os jornais O Estado de S.Paulo e O Globo, a polêmica chegou a altas esferas, a ponto de a Embratur prometer formalizar uma reclamação. Na tarde desta terça-feira, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência publicou uma nota de repúdio à “confecção de camisetas com ilustrações de cunho sexual associado às cores e aos símbolos do Brasil”.

Em duas camisetas que estão sendo vendidas no site americano da marca alemã, as imagens que remetem à beleza da mulher brasileira causaram incômodo. O problema é o fato de a Copa do Mundo também atrair muitos estrangeiros para o “turismo sexual”.

Uma camiseta de cor verde mostra a frase “Eu amo o Brasil”. Mas o que seria um coração tem na verdade o formato de um bumbum de biquíni. A outra camiseta, amarela, mostra: “lookin’ to score”, o que pode ser traduzido como “buscando gols”, mas que também pode ser uma alusão a “pegar garotas”. As camisetas custam de US$ 22 a US$ 25 (de R$ 50 a R$ 60)

“Vamos entrar em contato com a direção da Adidas, fazendo um apelo para que reveja essa atitude e tire os produtos do mercado. Essa campanha vai no sentido contrário ao que o Brasil defende”, explicou ao Estado Flávio Dino, presidente da Embratur. “Nosso esforço é voltado para a promoção do Brasil pelos atributos naturais e culturais. Uma iniciativa dessas ignora e desrespeita a linha de comunicação que o governo adota.”

“Não aceitaremos que a Copa seja usada para práticas ilegais, como o chamado turismo sexual. Exigimos que a Adidas ponha fim à comercialização desses produtos. Lembramos que no Brasil há leis duras para reprimir abusos sexuais e as polícias irão atuar nesses casos no território nacional. O povo brasileiro é acolhedor e temos certeza de que aqueles que nos visitarão irão respeitar o Brasil”, completou Dino, ao O Globo.

Procurada pela reportagem do UOL Esporte, a Adidas ainda não se posicionou sobre o assunto.

Veja a íntegra da nota divulgada pela Secretaria de Direitos Humanos:

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) vem a público repudiar qualquer iniciativa que vincule a imagem do nosso país a conteúdos de apelo sexual, como o ocorrido no episódio no qual a empresa Adidas anunciou a confecção de camisetas com ilustrações de cunho sexual associado às cores e aos símbolos do Brasil. Qualquer estímulo nesse sentido significa associar-se a criminosa prática do turismo sexual, que se constitui em uma grave violação de Direitos Humanos combatida permanentemente pelo país.

O governo federal trabalha com determinação, por meio da Agenda de Convergência, para combater quaisquer tipos de violência contra crianças e adolescentes, com especial atenção às questões de exploração e abuso sexual. Esse esforço está sendo dirigido aos grandes eventos e festas regionais, como a Copa do Mundo e o Carnaval, articulando as diferentes esferas de governo e a sociedade civil.

O período da Copa do Mundo será uma oportunidade para recebermos turistas dos mais diferentes países, reforçando os laços de amizade e cooperação. Porém, também estaremos prontos para combater energicamente quaisquer situações que envolvam exploração sexual.

O Disque Direitos Humanos – Disque 100 – recebe e encaminha denúncias de violações de Direitos Humanos contra crianças e adolescentes, enquanto o Ligue 180, da Secretaria de Política para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), registra violações de direitos das mulheres. Os dois serviços se constituem em importantes instrumentos para proteção desses públicos.

Neste sentido, esperamos que a empresa em questão reformule a identidade visual desses produtos e que este episódio sirva como referência para evitar outras situações semelhantes, oriundas de quaisquer outras empresas, grupos econômicos, pessoas ou entidades.

Reportagem de: 25.02.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/25/adidas-lanca-camisetas-sobre-a-copa-com-conotacao-sexual-e-causa-polemica.htm