Ídolo do Internacional, o argentino D’Alessandro não atingiu o mesmo sucesso em sua seleção, pela qual não chegou a disputar uma Copa do Mundo, apesar de ter participado dos ciclos dos Mundiais de 2006 e 2010. Com Alejandro Sabella, ele ficou longe das convocações. A falta de oportunidades no time que viria se tornar vice-campeão mundial frustrou o meia, que se via em condições de fazer parte do grupo na Copa.
Pela Argentina, D’Alessandro disputou a Copa América e Olimpíadas de 2004, além de jogos das Eliminatórias e amistosos.
– Tive o meu momento na seleção, com Marcelo Bielsa, jogando Copa América, Olimpíada e Eliminatórias. Infelizmente depois fiquei fora em 2006, 2010 e 2014. Me senti muito mais perto tanto em 2006 como em 2010, porque eu tinha sido convocado. Nesse último Mundial não tinha sido convocado e a chance ficou muito mais longe. Não tenho como saber se poderia ter estado, mas sei que poderia ter tido essa chance de mostrar que poderia ter sido um dos 23 que jogou o Mundial no Brasil. Tenho confiança no meu trabalho, caráter e personalidade e se eu tivesse tido essa chance teria aproveitado muito bem – disse o jogador em entrevista ao “Arena SporTV”.
Aos 33 anos, D’Alessandro se notabilizou por ser um meia habilidoso, posição que considera cada vez mais rara. Para ele, a razão é a mudança do estilo de jogo das equipes que passaram a abdicar de jogadores com estas características.
– O futebol mudou muito, a cabeça do atleta mudou muito. A tática mudou e uma coisa que está em extinção é o camisa 10, o camisa 10 clássico que eu admirei muito e que Argentina e Brasil sempre tiveram. Nesse último tempo não surgiram tantos e parte dessa mudança se deve a que hoje tem muitos times que jogam sem camisa 10.
Na quarta, D’Alessandro completou seis anos de Internacional. Pelo clube, ele foi campeão da Libertadores, Sul-Americana, Recopa e pentacampeão gaúcho.
Reportagem de: 30.07.2014
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