Turcos são presos com 140 ingressos da Copa do Mundo em Brasília

Ingressos
Dois cidadãos turcos foram presos nesta quinta-feira em Brasília com 140 ingressos verdadeiros para a vitória de Portugal sobre Gana por 2 a 1 no estádio Mané Garrincha (as duas seleções estão eliminadas) e para o jogo das oitavas de final que acontecem na capital federal na segunda-feira, entre França e Nigéria.

Os estrangeiros foram presos pela Polícia Civil em um quarto de hotel no Setor Hoteleiro Sul com as entradas após uma investigação motivada por denúncia. Segundo a polícia, os ingressos são legítimos, emitidos em nome de diversas pessoas, e havia também entradas para jogos que já aconteceram em Brasília. Não foi encontrado dinheiro vivo.

De acordo com os turcos, a venda das entradas era feita por meio de uma página na internet — hospedada em um país europeu – e eles estavam no Brasil apenas para entregar as entradas aos compradores. Eles foram presos em flagrante por estelionato e tem de pagar uma fiança de R$ 10 mil cada para poder responder ao inquérito em liberdade – o que não havia acontecido até o início da noite.

De acordo com Jefferson Lisboa, delegado titular da Corf (Coordenação de Crimes contra o Consumidor, Ordem Tributária e Fraude), este site pode ser o maior esquema de vendas irregulares de ingressos para a Copa, é conhecido das polícias de outros países e tem causado dor de cabeça em outros grandes eventos esportivos.

Até agora, a polícia prendeu 14 pessoas – sete brasileiros e sete estrangeiros – por cambismo, venda irregular ou venda de ingressos falsos para a Copa no DF. Cerca de 700 ingressos para diversos jogos já foram apreendidos.

Na quarta-feira um venezuelano naturalizado português foi preso vendendo ingressos para jogos do Mundial também um quarto de hotel em Brasília. José Daniel Rodrigues de Caires, de 28 anos, tinha 46 entradas para diversas partidas. A polícia apreendeu também R$ 19 mil, 14 mil dólares e mil e quinhentos euros em dinheiro vivo.

Na segunda-feira (23), dia da vitória do Brasil por quatro a um contra Camarões no Mané Garrincha, foram presas onze pessoas, quatro delas estrangeiras, R$ 34 mil em dinheiro e 400 ingressos – 50 deles falsos – no entorno do estádio.

Reportagem de: 26.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/26/turcos-sao-presos-com-140-ingressos-da-copa-do-mundo-em-brasilia.htm

Técnicos argentinos mostram melhor custo benefício no Mundial do Brasil

As malvinas sao argentinas
Não é só dentro de campo com Lionel Messi que a Argentina está se destacando nesta Copa do Mundo. No banco também. Com treinadores no comando de três seleções, os técnicos do país conseguiram um aproveitamento de 100% nesta primeira fase do Mundial.

E não foi de qualquer jeito. José Pekerman, pela Colômbia, e Alejandro Sabella, pela própria Argentina, venceram seus grupos. Jorge Sampaoli pode não ter ficado na primeira posição de sua chave com o Chile, mas deixou a atual campeã Espanha para trás.

Resultado parecido foi conquistado apenas pelos alemães. Três dos quatro treinadores do país europeu na Copa passaram às oitavas de final: Joachim Löw, da própria Alemanha, Ottmar Hitzfeld, com a Suíça, e Jürgen Klinsmann, pelos Estados Unidos. O único a falhar foi Volker Finke, que comandou a seleção de Camarões.

Só que existe uma grande diferença entre os argentinos e os alemães: o salário. Os três treinadores da Alemanha que chegaram à segunda fase do Mundial estão entre os 10 técnicos mais bem pagos do torneio. A média salarial dos quatro é de R$ 5,7 milhões por ano. Se tirarmos Finke desta conta, o número salta para R$ 7,3 milhões.

Já os argentinos, o mais bem pago aparece apenas na 14ª posição da lista, Sampaoli. A média dos três é de R$ 3,1 milhões, o que mostra um bom custo benefício para as federações que os contrataram.

Do lado oposto de argentinos e alemães estão os italianos. Dos três que disputaram o Mundial, nenhum conseguiu passar à segunda fase. Cesare Prandelli, com a prória Azzurra, Fábio Capello, pela Rússia, e Alberto Zaccheroni, com o Japão, falharam em suas missões na Copa. Para piorar, os três estão entre os dez mais bem pagos do torneio, com uma média de R$ 13,6 milhões entre eles. É verdade que só o salário de Capello já puxa bem esse número, já que ele tem um ganho de R$ 25,1 milhões na Rússia.

Colômbia e Portugal são os outros países com três técnicos na Copa e viram apenas um de cada passar: Jorge Luis Pinto, com a surpreendente Costa Rica, e Fernando Santos, com a Grécia, respectivamente. A média salarial portuguesa não é a das mais baixas, com os salários de Paulo Bento, em Portugal, e Carlos Queiroz, no Irã, acima da casa dos R$ 4,5 milhões.

França e Bósnia tinham dois técnicos e também tiveram um classificado cada: Didier Deschamps, com os “Bleus”, e Vahid Halihodzic, pela Argélia.

Brasil, com Luiz Felipe Scolari, e Holanda, com Louis Van Gaal, estão entre as federações que também mais desembolsam com seus treinadores: gastos de R$ 8,8 milhões e R$ 6,1 milhões, respectivamente. Os dois são os únicos técnicos dos dois países nesta Copa.

Técnicos da Copa do Mundo por nacionalidade

Alemanha
Ottmar Hitzfeld (Suíça) – R$ 8,3 milhões por ano
Joachim Löw (Alemanha) – R$ 8 mi
Jürgen Klinsmann (Estados Unidos) – R$ 5,8 mi
Volker Finke (Camarões) – R$ 0,8 mi

Argentina
Jorge Sampaoli (Chile) – R$ 3,9 mi
José Pekerman (Colômbia) – R$ 3,7 mi
Alejandro Sabella (Argentina) – R$ 1,8 mi

Colômbia
Luis Fernando Suarez (Honduras) – R$ 1,4 mi
Reinaldo Rueda (Equador) – R$ 1,2 mi
Jorge Luis Pinto (Costa Rica) – R$ 985 mil

Itália
Fábio Capello (Rússia) – R$ 25,1 mi
Cesare Prandelli (Itália) – R$ 9,6 mi
Alberto Zaccheroni (Japão) – R$ 6,1 mi

Portugal
Paulo Bento (Portugal) – R$ 4,83 mi
Carlos Queiroz (Irã) – R$ 4,6 mi
Fernando Santos (Grécia) – R$ 1,9 mi

Bósnia-Herzegovina
Vahid Halihodzic (Argélia) – R$ 2,2 mi
Safet Susic (Bósnia) – R$ 788 mil

França
Didier Deschamps (França) – R$ 4,83 mi
Sabri Lamouchi (Costa do Marfim) – R$ 2,3 mi

Inglaterra
Roy Hodgson (Inglaterra) – R$ 13,1 mi

Brasil
Luiz Felipe Scolari (Brasil) – R$ 8,8 mi

Espanha
Vicente del Bosque (Espanha) – R$ 7,5 mi

Holanda
Louis Van Gaal (Holanda) – R$ 6,12 mi

Austrália
Ange Postecoglou (Austrália) – R$ 3,1 mi

Uruguai
Oscar Tabárez (Uruguai) – R$ 2,8 mi

Bélgica
Marc Wilmots (Bélgica) – R$ 1,9 mi

Coreia do Sul
Hong Myung-Bo (Coreia do Sul) – R$ 1,7 mi

Nigéria
Stephen Keshi (Nigéria) – R$ 877 mil

Croácia
Niko Kovac (Croácia) – R$ 607 mil

Gana
Jams Kwesi Appiah (Gana) – R$ 563 mil

México
Miguel Herrera (México) – R$ 469 mil

Reportagem de: 27.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/27/bons-e-baratos-tecnicos-argentinos-mostram-melhor-custo-beneficio-na-copa.htm

Salvador tem cartilha contra racismo e 0800 para denúncias na Copa

Salvador
Com quase 3 milhões de habitantes e cerca de 80% de afrodesdendentes, Salvador é considerada a maior capital negra do Brasil. Aproveitando a passagem da Copa do Mundo pela cidade, as secretarias da Promoção da Igualdade Social e a Secopa-BA (Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo), prepararam uma cartilha que traz de maneira didática trechos da Constituição Federal, do Estatuto da Igualdade Racial e da Legislação Esportiva. E incentiva que os casos de racismo sejam denunciados. Para isso foi disponibilizado o telefone 0800-284-0011.

Representante da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Darci Xavier, afirma que a cartilha traz em seu conteúdo conceitos e definições sobre o que é racismo e o histórico sobre o tema no futebol. “É imporante lembrar que nem todos os casos de racismo vieram a público e as providências foram tomadas”.

O Secretário da Copa, Ney Campello, diz que a ideia é a aproveitar a passagem da Copa do Mundo pelo Estado para chamar a atenção de um tema central para os baianos. “No momento em que o mundo olha para nós, é a hora de darmos destaque aos assuntos de relevância”, diz ele. “Nossa intenção é que as discussões contribuam e ultrapassem o período dos jogos”, diz ele.

Para o secretário, existem a Copa do espetáculo e a Copa das pessoas. “Estamos criando um mecanismo de estímulo para uma virada. A Copa do Mundo não é só o brilho que aparece na televisão. Existe o submundo da Copa e o racismo é um deles”, disse.

Para o secretário, o racismo é como a poliomielite. ‘Enquanto tivermos uma pessoa doente, é preciso atenção total, para que não se alastre”.

“Para nós, essa campanha é de extrema importância porque é uma demonstração de que é preciso fazer muito para combater o racismo, algo de extrema perversidade na nossa sociedade”, disse Ivonei Pires, coordenador do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela.

Reportagem de: 27.06.2014

Disponível em:
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Curitiba dá adeus à Copa como patinho feio; Manaus e Natal vibram com jogos

Baixada
Quatro cidades-sede se despediram da Copa do Mundo com o encerramento da primeira fase. Manaus, Natal, Cuiabá e Curitiba cumpriram os seus papeis ao receberem 16 jogos e já estão na história do segundo Mundial realizado no Brasil. Com suas particularidades, os locais foram elogiados por seleções, dirigentes e autoridades. Porém, a capital paranaense destoou e finalizou a participação como o “patinho feio” do torneio.

Curitiba sofreu com as quatro partidas direcionadas pelo sorteio da Fifa. Além de sediar o que para muitos analistas e torcedores foi o pior jogo da Copa 2014 – Irã 0 x 0 Nigéria -, a cidade apostou todas as fichas na Espanha para fazer a competição decolar em seu território. A própria Fúria escolheu o centro de treinamento do Atlético-PR como base, mas as expectativas foram frustradas pela eliminação precoce.

Quando atuou na inacabada Arena da Baixada, a seleção espanhola apenas cumpriu tabela com uma vitória por 3 a 0 sobre a Austrália. O triunfo do Equador sobre Honduras por 2 a 1 foi mais uma partida sem apelo na cidade. O desespero depositou as esperanças no último confronto. Entretanto, o empate entre Argélia e Rússia por 1 a 1 esteve longe de entrar para a galeria dos bons jogos da Copa e ficou marcado apenas pela emoção da classificação inédita dos africanos.

O fato de a tabela não ter favorecido Curitiba foi somente um aspecto do clima morno vivido na Copa. Em comparação com outras sedes, a cidade recebeu menos turistas do que o esperado. A competição “só rolou dentro do estádio” e não foi possível observar torcedores uniformizados circulando diariamente pelas ruas, algo mais do que comum em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Manaus e Natal vibram com jogos

Se Curitiba sofreu com o nível das partidas, Manaus e Natal riram à toa. Pelo menos dois jogos disputados na Arena da Amazônia estão entre os melhores da primeira fase. A vitória da Itália por 2 a 1 sobre a Inglaterra e o empate entre Estados Unidos e Portugal por 2 a 2. O ponto negativo no estádio ficou por conta das constantes falhas nas lanchonetes. Torcedores reclamaram das filas e perderam minutos preciosos dos duelos.

Já Natal deixou a Copa do Mundo com o mérito de ter recebido quatro seleções com vaga garantida nas oitavas de final – México, Estados Unidos, Grécia e Uruguai. Além disso, a Arena das Dunas sediou o emblemático Uruguai 1 x 0 Itália. O confronto entrou para a história das Copas pela classificação sul-americana e a mordida de Luis Suaréz no italiano Giorgio Chiellini. A atitude resultou no banimento do atacante da competição pela Fifa.

Colômbia sobra em Cuiabá

A Arena Pantanal também não recebeu os melhores jogos da Copa do Mundo. Mas os torcedores puderam acompanhar a goleada por 4 a 1 da Colômbia sobre o Japão. A partida fechou a participação da cidade no torneio com mais uma bela atuação colombiana.

Outro fator que marcou tanto Cuiabá quanto Natal foi o exemplo de civilidade dos japoneses. Os torcedores da seleção recolheram o lixo produzido por eles nos estádios e ensinaram aos brasileiros mais uma vez a conhecida educação oriental. A Copa do Mundo vai deixar saudade nas quatro cidades, que concentram-se nas Fan Fests para acompanhar as seguidas decisões que estão por vir.

Reportagem de: 27.06.2014

Disponível em:
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Copa do Mundo decepciona comércio e restaurantes; setor prevê perda no Rio

Torcedor bebida
A Copa do Mundo de 2014 chega nesta sexta-feira ao seu 16º dia. Centenas de milhares de turistas já vieram ao Brasil por causa do torneio e uma boa parte deles já está até indo embora. Até hoje, o Mundial corre sem problemas e a avaliação geral sobre ele é positiva. Mas e o retorno financeiro? Bem, aí é diferente, pelo menos na opinião dos donos de lojas e restaurantes do Rio de Janeiro. Segundo os comerciantes, o tão esperado lucro do Mundial não ainda veio, e nem virá.

Na cidade que mais recebeu e receberá visitantes durante a Copa do Mundo, o clima no comércio e nos restaurantes é de decepção. Alguns estabelecimentos, principalmente os localizados nos arredores de pontos turísticos da capital fluminense, até registram um aumento em suas vendas. Quem representa o todo dos comerciantes cariocas, no entanto, afirma: a Copa não é um bom negócio.

“Se você pensar no comércio como um todo, a Copa do Mundo é ruim”, avalia Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio (Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro). “Os feriados decretados por causa do torneio atrapalham as vendas. Ganha só quem tem uma loja de souvenir ou lembrancinhas.”

Segundo Gonçalves, a cada vez que há um jogo do Mundial no Rio ou uma partida da seleção brasileira, o funcionamento das lojas fica prejudicado. Nesses dias, o consumidor também desvia seu foco de atenção e acaba não comprando. O resultado de tudo isso é perda, e das grandes.

“Dá para falar em uma perda de faturamento de até R$ 2 bilhões com a Copa. Um mês normal tem uma faturamento R$ 10 bilhões. É considerável”, diz Gonçalves. “Talvez os bares, restaurantes e hotéis comemorem, mas o comércio não.”

Acontece que nem os donos de restaurantes estão tão felizes quanto Gonçalves imagina. O presidente do SindRio (Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes), Darcilio Junqueira, também afirma que há uma diferença no movimento de estabelecimentos de lugares turísticos e de locais não turísticos. Na média, o resultado é negativo.

“Quem está na Zona Sul ou ao lado do Maracanã ganha até 20% a mais. Mas quem está fora disso perde até 50%”, diz Junqueira. “É muito feriado num mês só.”

Hotéis lotados

Junqueira ressalta que só o setor hoteleiro não tem o que reclamar. Segundo ele, a taxa de ocupação é de 90% –semelhante à do Carnaval e Réveillon, duas festas com alta demanda de turistas.

“Eu acho que a Copa do Mundo no Brasil é positiva. Traz gente para cá e mostra nosso país para o mundo. Agora, não dá para pensar que ela da lucro. Isso não dá”, argumenta o presidente do SindRio.

Neste ponto, Gonçalves, da CDL, concorda. “Não digo que não tínhamos que fazer a Copa, mas a situação do comércio com o torneio é bastante preocupante.”

Governo vê diferente

O governo federal aponta que a Copa do Mundo de 2014 terá retorno financeiro positivo para o país. O investimento total para a realização do torneio está estimado em cerca de R$ 25 bilhões. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, reafirmou na terça-feira em redes sociais que o Mundial trará R$ 30 bilhões à economia brasileira –ou seja, R$ 5 bilhões a mais.

Os dados citados pelo ministro são de uma pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) encomendada pelo Ministério do Turismo. Essa mesma pesquisa indica que a Copa gerou 1 milhão de empregos no país.

A Prefeitura do Rio também considera a realização da Copa algo positivo. Segundo o município, os feriados decretados por causa do evento são uma necessidade do esquema de segurança do Mundial.

Reportagem de: 27.06.2014

Disponível em:
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Chuva alaga principais avenidas do Recife e dificulta acesso de torcedores

Recife Alagado
A chuva que cai no Recife desde a noite dessa quarta-feira (25) deve dificultar o acesso de torcedores à Arena Pernambuco. Segundo a CTTU (Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife), vários pontos da cidade apresentam alagamento na manhã desta quinta-feira (26). Às 13h, Alemanha e Estados Unidos se enfrentam pelo grupo G da competição.

A companhia informou que o trânsito está complicado na avenida Abdias de Carvalho, principal acesso dos torcedores à arena. No local há pontos de alagamento. A avenida é por onde passam as delegações a caminho do estádio.

Na avenida Conselheiro Aguiar, a mais importante ligação entre o setor sul hoteleiro e o centro da capital pernambucana, apresentava alagamento em pelo menos duas das cinco faixas. A avenida Domingos Ferreira, no sentido inverso, também apresenta retenções.

Por conta da chuva, um grupo de americanos hospedado em um hotel no bairro do Pina contratou um ônibus e está pagando R$ 90 pelo trajeto de ida e volta até a arena.

Por volta das 8h30, a CTTU informou que a faixa da direita da avenida Cruz Cabugá, sentido Olinda-Centro do Recife, está alagada. Já avenida Recife, importante corredor viário da região norte do Recife, enfrenta trânsito intenso nesta manhã. A avenida Conde da Boa Vista, no Centro e região do cais de Santa Rita também tem lentidão por conta de alagamentos.

Na avenida Bernardo Vieira de Melo uma árvore caiu e dificulta o trânsito na região. A Defesa Civil do Recife informou que, durante a noite e início da manhã, nenhuma ocorrência grave foi registrada. O órgão, porém, está em alerta máximo por conta da chuva.

Segundo a Apac (Agência Pernambucana de Águas e Clima), choveu aproximadamente 60 milímetros nas últimas 24 horas. O volume é 1/4 da média da chuva que cai nos meses de junho e a previsão é de que a chuva continue por todo o dia na capital pernambucana.

Reportagem de: 26.06.2014

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Festa de gringos em Porto Alegre rende ‘dois carnavais’ para ambulantes

Ricardo Correa
No mínimo dois dias antes, e um depois de cada jogo que Porto Alegre recebeu na Copa do Mundo o movimento de estrangeiros pelas ruas do bairro Cidade Baixa, conhecido pela vida noturna, foi muito grande. Nesta quarta-feira, a festa gringa teve ponto alto quando mais de 3 mil argentinos tomaram as ruas do local. E onde tem gente interessada em beber, há vendedores ambulantes. Com sorriso no rosto, os comerciantes informais explicam que os lucros de cada noite de Copa lucram o dobro do Carnaval.

“O movimento foi mais forte com os holandeses. Tinha menos gente, mas com mais dinheiro. Foi a melhor noite. Os argentinos não gastam muito, mesmo que venham em maior número”, explicou Ricardo Correa, que estacionou sua banca de bebidas na Avenida General Lima e Silva na noite desta quarta.

Segundo os ambulantes, as vendas aumentaram muito. Dias que normalmente não há movimento algum, como segunda e terça-feira, viraram atrações. E estoques precisaram ser reforçados.

“Tive que me preparar bem. Comprei mais do que normalmente. É um estoque bem ao estilo grande evento, tipo Carnaval mesmo”, comentou.

E a comparação com o Carnaval é inevitável. Com lucro beirando os R$ 500 por noite, começando o trabalho perto das 22h e levando a banca aberta até por volta das 04h, um dia de festa gringa dobra o resultado da comemoração típica brasileira.

“É muito maior que o Carnaval. Nosso lucro chega a ser duas vezes maior. Quem chega mais cedo, acaba lucrando até mais que isso”, disse Jeferson Ferreira, que estacionou sua banca alguns metros mais para frente.

“No Carnaval há muito mais gente vendendo. E ainda temos que respeitar as promoções das marcas de cerveja que patrocinam o evento. Então, com a liberdade que temos em dias comuns, nosso lucro acaba sendo bem maior sim. Bom se fosse Copa do Mundo todo ano”, sorriu Ricardo.

E não é somente com bebidas que o fluxo de caixa aumentou. Cachorro-quente, churrasquinho, tudo acaba sendo consumido pelos que aproveitam a festa ao ar livre.

“Os argentinos não gastam muito, mas estamos esperançosos com os alemães. Eles bebem bastante”, brincou Jeferson.

A Alemanha jogará em Porto Alegre na próxima segunda-feira, caso confirme o primeiro lugar no grupo H da Copa do Mundo. Nesta quinta, o time europeu enfrenta os Estados Unidos e depende apenas de um empate para confirmar tal situação.

Reportagem de: 26.06.2014

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Ciclo de críticas e depois elogios à Copa segue padrão, mostra pesquisa

camera seguranca estadio
A onda de críticas, avaliações negativas e, mesmo, a projeção de cenários catastróficos antes da Copa do Mundo de 2014 não é um fenômeno incomum. Igualmente, a mudança de percepção, durante e possivelmente depois do evento, com a predominância de elogios, também já ocorreu antes e segue um padrão internacional.

Diferentes pesquisadores que estudam mega-eventos, como Jogos Olímpicos e Copa do Mundo, já perceberam esses dois ciclos. “Isso está acontecendo aqui no Brasil neste momento”, observa Lamartine da Costa, pesquisador de mega-eventos da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e da Univesity East London.

Um estudo de 2010, feito pela pesquisadora Jiajun Yao, na Iowa State University, nos EUA, detalhou como isso ocorre. Ela analisou o conteúdo de três dos principais jornais americanos, “New York Times”, “Los Angeles Times” e “Washington Post”, durante um ano antes e até um ano depois dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), Barcelona (1992), Seul (1988) e Moscou (1980).

“Os resultados oferecem evidência empírica que sustentam a observação que, depois dos Jogos, a cobertura dos jornais sobre o país-sede melhorou em termos de visibilidade e valor”, escreve ela na conclusão.

“Este é um tema que interessa muito a todos os estudiosos de mega-evento. Gostaria de entender, também, como funciona esta mudança de humor da mídia”, diz Costa. Ele mencionou esta tendência durante painel realizado no Centro Aberto de Mídia aberto pelo governo do Brasil no Rio para dar apoio a jornalistas estrangeiros.

Com exceção da Espanha, que antes mesmo dos Jogos de Barcelona já contava com uma cobertura um pouco mais equilibrada entre críticas e elogios, o estudo de Jiajun Yao mostra que a Coréia do Sul, a então União Soviética e a China viram o vento virar a favor na imprensa americana depois que suas cidades hospedaram os Jogos.

“Os resultados da pesquisa mostram claramente que o número de reportagens com tom negativo sobre o país-sede declinaram significativamente depois de cada Olimpíada”, escreve Jiajun Yao.

Outra conclusão interessante: “Os resultados sugerem que os Jogos Olímpicos podem, de fato, servir como uma ferramenta para reparar a imagem do país-sede diante da comunidade mundial”.

E por fim, ela escreve: “Além disso, os resultados sugerem que eventos esportivos grandiosos como os Jogos Olímpicos são difíceis de separar da política, como fica claro pelo ângulo político da cobertura dos jornais aos quatro Jogos Olímpicos.”

Lamartine da Costa nota um fenômeno interessante no Brasil, neste momento. “A própria mídia está percebendo que o seu humor mudou.”

Reportagem de: 26.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/26/ciclo-de-criticas-e-depois-elogios-a-copa-segue-padrao-mostra-pesquisa.htm

Suspensão de Suárez é a maior punição disciplinar da história das Copas

Uruguai Suarez
A decisão do Comitê Disciplinar da Fifa, anunciada na manhã desta quinta-feira (26), de suspender o atacante uruguaio Luis Suárez por 9 jogos pela mordida dada no ombro esquerdo do zagueiro Chiellini é a mais pesada punição por um ato violento cometido em campo ocorrida dentro da disputa de uma Copa do Mundo.

Nem episódios lendários da história dos Mundiais, envolvendo agressões do brasileiro Leonardo e do italiano Tassotti, em 1994, e do francês Zidane, em 2006, receberam da Fifa uma resposta tão severa.

A cotovelada desferida pelo lateral-esquerdo Leonardo, nas oitavas-de-finais, contra o americano Tab Ramos durante a vitória por 1 a 0 do Brasil contra os Estados Unidos, por exemplo, rendeu suspensão de 4 jogos, o que tirou o jogador do resto do Mundial disputado em território americano. Na fase seguinte, o defensor Tassotti também deu uma cotovelada, no espanhol Luís Enrique. Levou oito jogos de suspensão e não pode disputar a semifinal e a final da Copa daquele ano.

Em 2006, em uma das cenas mais emblemáticas da história das finais das Copas do Mundo, o meia francês Zidane respondeu às provocações do zagueiro italiano Materazzi com uma cabeçada no peito do adversário. Foi expulso pelo árbitro argentino Horácio Elizondo. Como já havia anunciado sua aposentadoria após o Mundial da Alemanha, recebeu apenas uma multa, de 7,5 mil francos (cerca de R$ 13 mil, àquele época).

A suspensão de Luis Suárez – que além dos 9 jogos oficiais pela seleção uruguaia também foi banido do futebol por quatro meses, não podendo nem treinar por seu clube, e multado em cerca de R$ 250 mil – é a segunda decidida pela Fifa durante a disputada da Copa do Mundo realizada no Brasil. Após a segunda rodada, o volante camaronês Song tomou um gancho de três jogos por ter dado uma cotovelada nas costas do atacante croata Mandzukic.

Reportagem de: 26.06.2014

Disponível em:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/26/suspensao-de-suarez-e-a-maior-punicao-disciplinar-da-historia-das-copas.htm

Seleção de Gana ganha ‘bicho’ atrasado e jogador beija calhamaço de notas

Participação na Copa Gana
O clima na seleção de Gana segue tenso – vide a expulsão de Kevin-Prince Boateng e Sulley Muntari do plantel -, mas ao menos uma das reinvindicações dos jogadores foi atendida. Nesta quarta-feira, véspera do jogo importante contra Portugal, uma escolta policial levou a premiação exigida pelos atletas, um “bicho” de US$ 3 milhões, de acordo com a AFP.

Imagens da TV Globo mostradas no “Bom Dia Brasil” mostraram a reação de alguns jogadores ao receberem sua parte. Alguns enrolaram em peças de roupa ou simplesmente colocaram nos bolsos. Um dos atletas é visto beijando um calhamaço de dinheiro – que pode chegar ao valor de US$ 100 mil para cada um.

Os ganenses exigiram a premiação em dinheiro, e não por transferência bancária, o que gerou todo um esquema especial para que o valor em espécie chegasse às mãos dos jogadores. A quantia chegou de avião e teve escolta pesada da polícia em Brasília para chegar ao seu destino. A crise foi tanta, que houve ameaça de greve e a recusa na participação dos treinos de terça-feira, que acabou sendo cancelado em cima da hora.

“A prática em Gana tem sempre sido pagar em dinheiro e essa é a prática há vários anos”, disse o técnico James Appiah, em coletiva de imprensa. “Alguns jogadores não t}em nem conta em Gana. Fazer esse depósito na África ia ser um problema, o sistema bancário é completamente diferente do que na Europa. Somos todos de lugares diferentes e o mais fácil é pagar em dinheiro”.

“Essas coisas tinham que ter sido resolvidas antes da competição, mas conversamos com o grupo, o presidente de Gana interveio e vai dar tudo certo”, garantiu ele.

O jogo contra Portugal, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, ainda tem Gana esperançosa de avançar às oitavas de final do Mundial. As duas seleções tem um ponto na Copa, enquanto Estados Unidos e Alemanha, que também se enfrentam às 13h, estão empatados com quatro.

Reportagem de: 26.06.2014

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http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/26/selecao-de-gana-ganha-bicho-atrasado-e-jogador-beija-calhamaco-de-notas.htm