Governo admite falta de preparo de profissionais para a Copa 2014

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A Comissão de Turismo e Desporto admitiu que ainda há falta de preparo dos profissionais que vão lidar com os 600 mil turistas estrangeiros esperados durante a Copa do Mundo 2014.

“A qualificação ainda não deslanchou. Os cursos precisam ser reavaliados e isso demanda tempo. Precisamos fidelizar o turista, o que ocorrerá se ele receber um bom tratamento”, afirma o presidente da Comissão de Turismo, deputado José Rocha (PR-BA).

Segundo o Ministério do Esporte, a competição vai gerar 330 mil empregos permanentes e 380 mil temporários. Os profissionais serão absorvidos pelo evento nas áreas de hospedagem, alimentação, recepção, segurança e serviços em geral. Os novos trabalhadores atenderão a oito milhões de visitantes em 2014, 600 mil somente no mês da competição.

“As qualificações são feitas no escuro. O governo precisa fazer esse diagnóstico em cada cidade”, reclamou o diretor-presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh), Moacyr Roberto Tesch Auersvald, num dos debates realizados pela comissão.

Para resolver o problema, o Ministério do Turismo pretende oferecer 250 mil vagas até 2014 em diversos cursos de capacitação profissional com recursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec).

Legado
Além de fiscalizar os preparativos para a Copa do Mundo, a Câmara está empenhada em discutir o legado do mundial. Os parlamentares questionam o destino que será dado aos estádios nas cidades que não têm times fortes de futebol, como Brasília e Manaus. Os investimentos, defendem os deputados, devem retornar para a população, mesmo após o torneio.

“A Câmara tem a dívida de construir esse legado imaterial. Deve pensar em políticas para a prática esportiva, a formação de atletas, o fortalecimento dos clubes”, diz o deputado Vicente Candido (PT-SP), que foi relator da Lei Geral da Copa (12.663/12).

O jornalista esportivo José Cruz vê com reservas os planos de se aproveitar esse legado. “Quando o governo fala em legado temos que nos lembrar do legado anunciado pelos jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, em 2007, que foi um verdadeiro fracasso, um prejuízo enorme para a cidade, para a população, para o esporte principalmente.”

“Precisamos de uma Copa do Mundo, de uma Olimpíada para projetar melhorias de uma cidade? Sem elas não seria obrigação dos governos fazerem melhorias?”, questiona o jornalista.

Mas para o assessor especial de Grandes Eventos do Ministério do Esporte, Eugenius Kaszkurewicz, a Copa do Mundo é uma oportunidade. “Sim. É uma chance de ter esforços para que essas obras sigam adiante. Essas obras serão exemplos a serem seguidos pelas cidades, e para ter um transbordamento para toda a cidade ou toda a região.”

Reportagem de: 12.07.2013

Disponível em:

http://www.portal2014.org.br/noticias/12022/GOVERNO+ADMITE+FALTA+DE+PREPARO+DE+PROFISSIONAIS+PARA+A+COPA+2014.html

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